Graphic MSP Horácio Mãe (2018) – O Ultimato

Horácio Mãe, do Fabio Coala (Roteiro, Arte e Cores), é a 19ª Graphic MSP. Foi lançada em Julho de 2018.

Uma das coisas que eu mais gosto no selo Graphic MSP é como há um resgate do histórico dos personagens. Eu me lembro de gostar bastante de ler as histórias do Horácio, nas revistinhas da turma, mas não me lembrava de vários detalhes (provavelmente pelo tanto de tempo que fiquei sem ler), como o fato de ele ser um tiranossauro comedor de alface ou a questão da mãe dele.

Aliás, essa foi uma HQ de várias descobertas. Por exemplo, o fato do Maurício de Sousa ter pedido ao Sidão (@sidney_gusman) deixar o Horácio intocado, pois por muitos anos, o próprio Maurício era o único que escrevia e desenhava as histórias do personagem.

Fato é que Fabio Coala (@mentirinhasdocoala) botou a banca de ser o desbravador desse mundo jurássico nos trazendo a história de Horácio e seu reencontro com sua mãe. A história conta com um enredo rápido e divertido. Cheio de aventuras de dinossauros ao melhor estilo “Em busca do vale encantado”.

Na trama, são abordados personagens clássicos da Turma do Horácio, como Lucinda, a dinossaurinha cor-de-rosa, o Tecodonte, e os Napões. É claro que temos uma infinidade de dinossauros por ali. De todas as espécies, tipos e tamanhos. Pra quem, como eu, é apaixonado por dinos, um prato cheio!

Com esse pano de fundo lindo, a HQ trata temas como o sentimento de abandono (as vezes, auto imposto, às vezes, trazido de fora) e uma boa dose de críticas à dificuldade da sociedade de aceitar o novo e o diferente.

Como bem disse o Cortella (@cortellaoficial) no seu texto de quarta capa “… à edificação da vida harmônica e plural, sem sujeição ao que parece não ter saída”. Forte né? Perceber o quanto podemos aprender, absorver e evoluir como seres humanos (ou dinossauros), com este tipo de (pré-)histórias.

Num prólogo, vemos uma paleontóloga trabalhando em cima de uma ossada completa de um tiranossauro Rex. La, ela encontra um jovem garoto e conta para ele que apesar de enormes, os dinossauros já foram pequenos.

Então, cortamos para a história propriamente dita, que começa num momento qualquer na vida do Horácio. No meio de sua rotina de comer alface, fugir de predadores, dormir, e comer mais alface, Horácio conhece Napinho, um pequeno mamífero (marsupial ou roedor?) que logo fica assustado com Horácio.

Os dois começam a andar juntos pelas terras jurássicas, até napinho contar do lugar de onde veio. Uma cratera enorme onde vivem muitos animais de várias espécies.

Na esperança de encontrar sua mãe nesta cratera, Horácio e Napinho partem em busca do lugar. E no caminho, encontram Tecodonte, um outro dinossauro carnívoro que após ser salvo por Horácio de uma poça de areia movediça, logo se torna amigo dos dois.

Durante toda a HQ, temos flashbacks da mãe do Horácio defendendo seu ovo de várias perturbações, como um estouro de manada de Triceratops, mas principalmente o ataque constante de Velociraptores.

A HQ termina com um plot emocionante e inesperado do Horário aceitando que não importava encontrar sua mãe. Ele sabia que não havia sido abandonado. Então descobrimos o que de fato aconteceu com ela (e que Horácio não estava errado) e por fim, a mãe do Horácio nos dias de hoje, como um fóssil.

Por último, acho importante pontuar o quanto os desenhos do Fabio são bonitos. As cores, as sombras, o design dos personagens… tudo parece uma tentação de arrancar as páginas da revista e emoldurar.

Outro acerto do selo! MARAVILHOSO! E você já leu Horácio – Mãe? Me conta ai o que achou e não deixe de conferir as reviews de Louco Fuga e Turma da Mata!

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