Ultimato do Bacon

As Melhores HQs da Mulher Maravilha

Em 21 de Out de 2021 18 minutos de leitura
As Melhores HQs da Mulher Maravilha

As melhores HQs da Mulher Maravilha certamente variam de acordo com o gosto do leitor. Será que você concorda com a nossa lista?

A heroína mais amada dos quadrinhos faz 80 anos e é chegada a hora de fazermos uma lista de melhores HQs da Mulher Maravilha!

Criada em 1941 pelo psicólogo-escritor William Moulton Marston (pseudônimo de Charles Moulton), por sua esposa e advogada Elizabeth Marston e desenhada por Harry G. Peter, a amazona estreou nos quadrinhos em All Star Comics #8. Em maio de 1942 a personagem, um sucesso imediato, ganhava sua primeira HQ própria e em 1944 se tornava exclusiva da DC Comics.

Nossa lista, totalmente baseada no gosto dos redatores do Ultimato do Bacon, visa enumerar histórias, runs e fases que foram importantes para o crescimento da personagem e que ajudam o leitor a entender porque a heroína é um fenômeno até hoje!

Vale lembrar que a lista não está em nenhuma ordem específica, então se sua HQ favorita está mais para o final ou mesmo fora dela, não se irrite e conte para a gente nas redes sociais o que achou da nossa seleção! 😉

Vamos lá?

Índice

Mulher Maravilha: Hiketeia de Greg Rucka e J. G. Jones

por Lucas Souza

As Melhores HQs da Mulher-Maravilha Hiketeia
Greg Rucka é um dos grandes nomes que trabalharam com a amazona!

Greg Rucka e sua HQ Hiketeia não poderiam ficar de fora da nossa lista de Melhores HQs da Mulher Maravilha!

Rucka cria uma história que ganha destaque ao colocar a Princesa Amazona e o Homem-Morcego em lados opostos. Esqueça o confronto físico, o importante aqui é o debate ideológico que se dá ao redor de uma menina que comete atos de vingança na cidade do Batman.

Utilizando-se de um antigo ritual das amazonas, a jovem busca proteção da heroína enquanto é caçada pelo Batman. Qual crime cometido? Ele é justificado?  Vingança e justiça sempre caminham lado a lado? 

As visões antagônicas dos dois heróis da DC e o ritmo da história são o que fazem Hiketeia ser inesquecível para o leitor.

Confira aqui nosso review completo de Mulher Maravilha Hiketeia

Mulher Maravilha de Brian Azzarello e Cliff Chiang

por Lucas Souza

A revitalização da Mulher Maravilha dos Novos 52 não poderia ficar de fora da nossa lista!

Os Novos 52 foram um recomeço para a DC Comics e seus personagens. A amazona foi revitalizada por Brian Azzarello, que conseguiu dar uma nova roupagem para Diana ao mesmo tempo em que respeitou e honrou a maior parte de sua mitologia.

Revitalizar a Mulher Maravilha, uma deusa grega, não é uma tarefa fácil. Para isso, o autor recria toda a origem da amazona e dá uma roupagem diferente à lenda da heroína que passa a ser filha de Zeus e enfrenta Deuses completamente repaginados.

Não é à toa que essa fase entrou também em nossa lista das Melhores HQs da DC Comics.

A arte incrível e estilizada de Cliff Chiang nos ajuda a mergulhar ainda mais nessa trama que conta com Órion, Poseidon, Hera e outros olimpianos em uma trama que gira ao redor de uma misteriosa criança…

Confira aqui nosso guia de leitura da fase da Mulher Maravilha dos Novos 52!

Confira também as reviews em vídeo de algumas HQs dessa fase – Direito de Nascença; Sangue e Força – no Sobrecapa.

Sacrifício de Greg Rucka, Mark Verheiden, Gail Simone

por Lucas Souza

Mulher Maravilha precisa derrotar um Superman controlado por Maxwell Lord!

Sacrifício foi uma história lançada em 4 partes no ano de 2005 pela DC Comics. A história se liga a Crise Infinita de Geoff Johns e mostra Maxwell Lord controlando o Superman com seus poderes telepatas.

A personagem precisa deter seu companheiro de Liga da Justiça antes que danos irreversíveis sejam feitos. A história é marcante pois mostra um combate brutal que termina com Diana rasgando a garganta do Superman e quebrando o pescoço do vilão como último recurso, em uma cena que lembra muito a mostrada no final do filme O Homem de Aço (2013) .

A HQ mostra como Diana é uma exímia lutadora e deixa claro que ela é uma guerreira resiliente e com extremo preparo, disposta a fazer escolhas difíceis e o que deve ser feito em casos de grande necessidade.

O arco Sacrifício foi publicado no Brasil na HQ Superman (1ª série) #46 da Panini Comics.

Superman contra Mulher Maravilha de Gerry Conway e José Luis Garcia-López

por Lucas Souza

O confronto épico com o Superman, feito por Gerry Conway, não podia ficar de fora da nossa lista de Melhores HQs da Mulher Maravilha

Mais um confronto da Mulher Maravilha com o Homem de Aço chega a nossa lista de Melhores HQs da personagem!

Geralmente os confrontos entre super-heróis podem ser bobos e muitas vezes não passam de um mal entendido, certo?

Nessa história de 1978, a coisa acontece de uma forma completamente diferente do habitual. Aqui temos a Mulher Maravilha e o Superman em verdadeira rota de colisão por conta de seu posicionamento em relação ao famoso Projeto Manhattan.

Superman quer proteger as bombas para que elas não caiam em mãos erradas e a Mulher Maravilha entende que o melhor é destruí-las. Prepare-se para um confronto realmente fora de série e que não fica devendo em nada para o outro confronto da nossa lista realizado em 2005.

Superman contra Mulher Maravilha de Gerry Conway e Garcia-López foi publicada no Brasil pela Ebal em Super-Homem versus Mulher Maravilha (1978) e em Superman: Lendas do Homem de Aço – Jose Luis Garcia-López #1 (2016) pela Panini.

Quer ver outras HQs do Azulão? Confira nossa lista de Melhores HQ´s do Superman!

Trindade de Matt Wagner

por Lucas Souza

Matt Wagner reconta, em uma trama leve, o primeiro encontro da Trindade da DC Comics!

A primeira reunião da trindade da DC, reimaginada por Matt Wagner, não poderia ficar de fora da nossa lista de Melhores HQs da Mulher Maravilha.

Em Batman/Superman/Wonder Woman: Trinity, que foi lançada em 2003 nos EUA, os heróis se unem para deter um plano de Ra’s Al Ghul que envolve um clone do Superman e até uma amazona renegada!

A trama faz questão de mostrar o universo dos três heróis, suas diferenças e similaridades. Este tremendo acerto, torna a aventura justamente no tipo de história idela para um leitor novato na mitologia DC.

Uma ótima pedida que mostra como a dimensão da heroína mais importante dos quadrinhos é rica, ainda mostrando, de quebra, sua personalidade única.

Trindade foi publicada no Brasil em capa dura pela Eaglemoss em DC Comics – Coleção de Graphic Novels #21 (2016).

Confira aqui a review em vídeo no Sobrecapa.

Liga da Justiça Dark de James Tynion IV e Alvaro Martinez

por Lucas Souza

A Mulher Maravilha assume o comando da equipe mágica da DC Comics nessa ótima série de James Tynion IV

O Universo DC está uma bagunça após a queda da muralha da fonte! O caos reina no mundo e a magia está mais descontrolada do que nunca.

Vendo esse cenário, a Mulher Maravilha decide criar uma nova equipe que terá como função combater as ameaças mágicas. A personagem acredita que pode trafegar nesse universo – o que faz muito sentido se pensarmos que ela é uma Amazona que enfrenta bruxas e tem relação direta com Deuses antigos.

A formação da Liga da Justiça Dark muda completamente e temos agora Mulher Maravilha, Detetive Chimp, Monstro do Pântano, Zatanna, Constantine e Morcego-Humano. 

O novo super grupo enfrenta diversos desafios: bruxas antigas, o próprio Senhor Destino e até uma nova espécie mágica: a Outrespécie. O interessante é que a HQ passeia por todo Universo Mágico da DC Comics e temos a oportunidade de rever personagens como Traci 13, Demônio Azul, Andrew Bennett, Fausto, Etrigan e tantos outros!

É um verdadeiro passeio de conceitos e personagens esquecidos que ganham importância na história de James Tynion IV. Lançada em 2018, o arco nos ajuda a ver um outro lado da Mulher Maravilha.

A série foi lançada na íntegra no Brasil pela Panini Comics em Mulher Maravilha/Liga da Justiça Dark e Liga da Justiça Dark #1- #4. Saiba mais sobre Liga da Justiça Dark aqui.

Paraíso Imperfeito de Joe Kelly e Doug Mahnke

por Lucas Souza

O laço mágico ganha os holofotes nesta trama que merece lugar na nossa lista de Melhores HQs da Mulher Maravilha.

Paraíso Imperfeito (Golden Perfect no original) é uma trama de Joe Kelly para a Liga da Justiça que foca na Princesa Amazona.

A história em três partes mostra o que acontece quando o místico e poderoso laço da heroína é rompido e coloca Diana em rota de colisão com seus parceiros de equipe. É muito interessante ver como Kelly aborda a relação de Diana com um dos seus mais famosos adereços.

A trama é a estreia de Kelly na equipe e seu final acaba sendo um “gancho” para outra trama incrível chamada A Era Obsidiana. Prepare-se para ver a Princesa Amazona em uma situação bem diferente e instigante.

Desenhada por Doug Mahnke, Paraíso Imperfeito foi publicado no Brasil pela Panini Comics em Liga da Justiça (1ª Série) #5 – #7 em 2003. Nos EUA foi publicado em 2002 em JLA #62 – #64.

Mentiras de Greg Rucka e Liam Sharp

por Lucas Souza

Greg Rucka mostra que entende muito de Mulher Maravilha e aceita um desafio incrível no primeiro arco pós-Renascimento.

O Renascimento da DC Comics deixou os leitores se perguntando quais detalhes das origens e das vidas de seus heróis são verdadeiros… e Greg Rucka assume a difícil missão de mostrar aos leitores quem é Diana de Themyscira! Ela é filha de Zeus? Quais são seus poderes? Onde estão as Amazonas?

A trama nos deixa perdidos em grande parte de suas edições e conforme o mistério vai sendo resolvido, vemos a Mulher Maravilha emergir renovada mais uma vez.

A trama lançada em 2016, com a incrível arte de Liam Sharp, mostra uma heroína perdida que busca se reconectar com suas origens e descobrir o paradeiro da Ilha de Themyscira. O arco pode ser lido no Brasil em Mulher Maravilha #1 – #6 da Panini Comics.

Mulher Maravilha Espírito da Verdade de Paul Dini e Alex Ross

por Lucas Souza

O papel da Mulher Maravilha é abordado pela dupla Paul Dini e Alex Ross.

Quem é a Mulher Maravilha? Uma diplomata? Uma guerreira? Como ela, uma mulher superpoderosa de uma ilha paraíso, pode ajudar a humanidade?

A obra de Dini e Ross é indispensável para a nossa lista de melhores HQs da Mulher Maravilha. Isso porque a HQ aborda – de forma incrível – o papel de Diana entre os mortais.

Ao longo de seus 80 anos, a personagem já foi tratada por diferentes abordagens: dos autores que enaltecem mais seu lado guerreira àqueles que focam em seu lado diplomata, ponderado e sábio.

O roteiro de Dini é de uma sensibilidade incrível e mostra a personagem tendo dificuldades para cumprir seu papel como guia da humanidade. O que ela estaria fazendo errado? A HQ dá um show de empatia e nos mostra que estar no lugar do outro é a melhor forma de começar a entender como ajudar e fazer a diferença…

Mulher Maravilha – O Espírito da Verdade foi lançado originalmente em 2001 nos EUA. A obra chegou ao Brasil em 2002 e foi republicada em um belo álbum chamado Os Maiores Super-Heróis do Mundo. O álbum compila também os outros trabalhos da dupla.

Confira o review em vídeo do Sobrecapa aqui e saiba mais sobre Os Maiores Super-Heróis do Mundo aqui.

Noites de Trevas: Death Metal de Scott Snyder e Greg Capullo

por João Pedro Maia

Mulher Maravilha assume a outra ponta do protagonismo em Noites de Trevas: Death Metal.

Ainda que Noites de Trevas: Metal como um todo tenha sido um evento focado no Batman e que grande parte dos antagonistas dessa saga sejam versões do Homem Morcego, podemos acabar deixando passar que a verdadeira estrela desta saga não é outra se não nossa amazona, a Mulher Maravilha.

A saga de Scott Snyder e Greg Capullo – em especial o trecho Death Metal – desvenda o protagonismo da filha de Themyscira: é ela quem lidera as forças contra Perpetua num primeiro momento e sua aparente falha é o que a motiva a criar novas armas e se rebelar contra o Batman que Ri.

Enquanto Superman e Batman tem seus próprios problemas, é sua busca pela verdade e sua inabalável esperança que mantém o espírito de luta dos demais heróis.

Não vamos dar spoilers do final da saga, mas o papel da Mulher Maravilha é enorme e sua posição no grande esquema cósmico da DC Comics é cimentada como nunca antes, fazendo desta uma das melhores HQs da Mulher Maravilha. Além disso, é uma ótima chance para ver a guerreira empunhar uma serra elétrica.

Noites de Trevas: Death Metal (Dark Nights: Death Metal) foi publicado nos EUA em 2020 em 7 edições com capas principais e diversas variantes, incluindo algumas trazendo grandes bandas de metal. No Brasil, a Panini manteve a saga em 7 edições com duas versões de capa: a principal e a variante com as bandas.

Os Olhos da Górgona de Greg Rucka, Drew Johnson e Sean Philips

por Alexandre Baptista

Um sacrifício pela vitória: equilíbrio entre diplomacia e ação fazem desta uma das melhores hqs da Mulher Maravilha.

Os Olhos da Górgona (Eyes of the Gorgon) foi o nome dado ao encadernado que reuniu três histórias da fase de Greg Rucka frente a Mulher Maravilha: A Vingança de Medusa; Aos Vencedores os Espólios e Golpe de Estado.

Publicado originalmente em Wonder Woman (vol.2) #206 – 213 em 2005 e 2006, a aventura mostra a qualidade com que Rucka balanceia as diversas facetas de Diana: promotora da paz, embaixadora, amazona, guerreira feroz, figura pública… e entrega uma aventura que poderia facilmente ser transposta para filmes e animações.

Com um roteiro que equilibra os bastidores e o jogo da política com a ação, que vai crescendo ao longo das edições, Rucka nos apresenta Diana como uma representante de Themyscira no mundo, claramente inspirado na fase de George Perez, mas ampliando seus conceitos.

Com embaixada nos EUA, Themyscira passa a fazer parte da política e conflitos globais e a Mulher Maravilha passa a atuar não somente nos EUA. Rivais públicos da amazona passam a ser os perfeitos aliados para os Deuses que – talvez seguindo um pouco o sucesso de Neil Gaiman em Sandman – passam a agir de maneira mais presente e atualizada, com visuais modernos e repaginados (os anos 90 ainda deixavam sua marca).

Na aventura, Circe traz de volta a Medusa original, morta há 3.000 anos, numa trama de vingança contra a campeã de Atena. E Diana se entrega ao sacrifício para poder vencer essa rival… numa cena incrível.

No Brasil, Os Olhos da Górgona foi publicada em Superman & Batman #7-11 com os nomes Petrificada,  Ao Vencedor os Espólios e Questão de Bravura em 2006; e no encadernado DC Comics – Coleção de Graphic Novels #47 da Eaglemoss em 2017.

Mulher Maravilha Terra Um (Vol.1) de Grant Morrison e Yanick Paquette

por Yuri Mazetti

Mulher Maravilha é julgada por seus atos na versão de Grant Morrison e Yanick Paquette para as origens da princesa amazona

Terra Um é uma série de publicações da DC que reimagina todo o universo da editora fora da cronologia principal, focando nas primeiras aventuras de diversos personagens. Assim, são remodeladas as origens ou com pequenas alterações do que já conhecemos.

Nessa publicação, uma das melhores HQs da Mulher Maravilha, o badalado Grant Morrison ao lado do desenhista Yanick Paquette, aproveitam o conceito da Terra Um para trazer uma Mulher Maravilha mais provocativa e ousada.

Nesse primeiro volume, sua origem é contada pela ótica da “moça isolada na Ilha Paraíso”, porém buscando sempre fugir para o mundo proibido. Através da chegada de um militar ferido, ela consegue enfim conhecer o mundo dos homens, mas isso acarretará consequências.

Já de cara os artistas dessa publicação já trazem um elemento diferente, polêmico para os puristas, que é a inspiração para as feições de Diana. Não sabe do que estou falando? Deixo você leitor (maior de idade claro), encontrar essa referência – que pode ser encontrada aqui no Sobrecapa.

E não só nesse ponto existem peculiaridades, também na luta de Hipólita e Hércules, muito mais brutal do que vimos na origem contada pelo grande George Pérez.

Definitivamente, Morrison não quis reinventar a roda, apenas dar sua visão para os mitos envolvidos, trazendo detalhes como a mudança de etnia de Steve Trevor – caso você comece ler por aqui, esse será o seu Steve, como para o cara que redige esse texto, John Stewart é o Lanterna Verde; ou o relacionamento entre as Amazonas de amor e companheirismo.

Em resumo, fica o gostinho para dar continuidade na leitura dos próximos volumes de Mulher Maravilha: Terra Um. Mulher Maravilha: Terra Um – Volume1 (Wonder Woman: Earth One – Volume 1) foi publicada tanto nos EUA em 2015, ganhando versão nacional em 2016.

Confira aqui nosso review completo de Mulher Maravilha Terra Um.

Confira também outros títulos do universo Terra Um.

Mulher Maravilha: A Verdadeira Amazona de Jill Thompson

por Yuri Mazetti

Diana é uma princesa mimada na versão de Jill Thompson da Mulher Maravilha.

Mulher Maravilha: A Verdadeira Amazona é uma da melhores HQs da Mulher Maravilha e foi publicada em uma edição de capa dura em 2019 pela Panini. Originalmente lançada nos EUA em 2016, a obra é escrita e ilustrada por Jill Thompson.

Já no título temos pistas sobre a toada do quadrinho. Mas o que a autora quis nos contar já nas primeiras palavras dessa publicação? Mesmo sem folhearmos essas maravilhosas páginas, temos um bom questionamento que segue durante todo o encadernado.

Aqui, Jill Thompson reconta a origem da Amazona mais famosa dos quadrinhos. Mas dessa vez, a autora nos mostra a princesa, uma criança mimada que cresce sem amarras. Em sua fase adulta, o egoísmo é seu maior adversário e cria uma situação em que terá de buscar somente uma coisa: redenção.

Além do roteiro pouco explorado na mitologia de Diana, as belas artes de Jill são como grandes obras de arte a cada página, com cores que saltam aos olhos, tornando essa história bem especial e a diferenciada em relação às demais.

Outro pronto é ser um quadrinho que se fecha em si, podendo ser uma ótima porta de entrada para novos leitores conhecerem a personagem. Mas para os leitores mais experientes, o quadrinho mostra um novo olhar sobre a criação dessa personagem tão importante, valendo sim ser consumida por todos os amantes da nona arte.

Uma aventura fluída, com toques de drama e reflexões; doses interessantes de mitologia, monstros estranhos e, claro, um ótimo momento onde são mostrados os jogos de guerra e onde o quadrinho ganha muito em emoção, configurando uma das melhores HQs da Mulher Maravilha.

Volta ao Lar/Deusas em Luta/A Nova Mulher Maravilha de William Messner-Loebs e Mike Deodato

por André Brazuka

Ártemis é a nova Mulher Maravilha na fase de Messner-Loebs e Deodato.

Seguindo a jornada após a aclamada fase de George Pérez, a Mulher Maravilha passou por um período nos quadrinhos em que vários personagens da DC Comics se encontravam diante de desafios que testariam seus limites até a exaustão.

Foi o caso de Batman, Superman e Lanterna Verde, dentre outros, que foram influenciados pela era Image Comics em meados da década de 1990 e que afetou profundamente a indústria dos quadrinhos com desenhos extravagantes, personagens excessivamente musculosos e sensualizados – principalmente as femininas, repletas de curvas, transparências e decotes.

A história? Bem, Hipólita acredita que Diana não cumpriu sua missão de paz no mundo dos homens e realiza um novo campeonato para escolher uma nova Mulher Maravilha – na verdade, a rainha teve visões de um futuro que mostrava a morte da Maravilhosa e, por isso, criou uma nova competição a fim de substituí-la.

Dentre várias candidatas, a vencedora é Ártemis, uma guerreira pertencente a outra tribo (!!!) de amazonas – obviamente, tal situação não impediu Diana de combater o mal e, por isso, ela cria uma nova vestimenta e segue combatendo o crime em Boston, em lutas que vão de mercenários e gangues a demônios.

A escolha de Mike Deodato Jr. para ficar à frente dos desenhos da amazona foi certeira: seu traço inconfundível exala sensualidade quando se trata de desenhar mulheres.

Com uma história cheia de ação, violência extrema e um pouco confusa, a DC Comics promoveu uma fase em que os desenhos sobrepujavam o bom roteiro. Apesar disso, é uma das melhores HQs da Mulher Maravilha por mostrar algo pouco corriqueiro na vida da heroína.

No entanto, o que realmente marca tanto esta história quanto esta fase toda foram os traços do talentoso Deodato Jr., desenhista brasileiro que esteve à frente de personagens como Homem-Aranha e Vingadores (na Marvel) e em projetos autorais.

The Contest (título original deste arco) foi publicada em 4 partes nos EUA em 1994 na revista Wonder Woman (vol.2) #90-92 e #0; no Brasil, foi lançada em formatinho na revista Shazam! #0-3 em 1997. A última parte desta aventura está como bônus no encadernado da Eaglemoss DC Comics – Coleção de Graphic Novels #47 de 2017.

Deuses e Mortais de George Pérez, Greg Potter e Len Wein

por Bruno Sena

A forte presença dos Deuses do Olimpo é uma das marcas registradas da Mulher Maravilha de Geore Perez.

Após a mega-saga Crise nas Infinitas Terras ter abalado todas as estruturas do universo DC, a editora precisava de um nome de peso para trabalhar a sua principal heroína. Após alguns projetos apresentados e rejeitados por alguns autores, como Greg Potter, a lenda George Pérez assume o título da amazona e revoluciona criando a sua origem que para muitos é definitiva.

Em Deuses e Mortais, uma das melhores HQs da Mulher Maravilha, Pérez se aprofunda cada vez mais na mitologia grega, e coloca Diana no centro de todo esse panteão. Aqui, muito é explicado sobre a relação desses deuses mitológicos e os humanos, além de como funciona Themyscira e a relação conflituosa com Ares, o deus da guerra.

Gods and Mortals foi publicada originalmente em 1987 em 7 partes na revista Wonder Woman #1-7. Uma ótima opção para acompanhar esse primeiro run do George Pérez – republicado diversas vezes no Brasil e nos EUA – é a coleção Lendas do Universo DC – Mulher Maravilha, que abrange toda a primeira fase do Pérez com a personagem, e explora a relação da heroína, suas raízes divinas, e sua missão como protetora da terra.

Aqui você vai encontrar embates com a Mulher Leopardo, Circe, Darkseid e várias criaturas mitológicas. Confira o Ultimato completo da saga aqui.

Guerra dos Deuses de George Pérez

por Bruno Sena

Deuses colidem enquanto Mulher Maravilha enfrenta Circe em Guerra dos Deuses.

Em mais uma passagem do lendário George Pérez pela nossa amazona, Mulher Maravilha – Guerra dos Deuses foi um evento comemorativo de 50 anos da personagem, trazendo ainda mais mitologia para quem havia gostado da sua passagem em Deuses e Mortais.

Aqui, Circe se aproveita de um momento de ruptura na Liga da Justiça e executa um de seus maiores e mirabolantes planos: colocar os deuses gregos contra os deuses romanos, a fim de liberar Hécate.

O arco se divide em duas partes, chamados Teias do fogo do inferno e Guerras Sagradas, ambas consideradas duas das melhores hqs da Mulher Maravilha, e mostra os heróis da DC atuando no mundo inteiro para conseguir conter a briga entre os deuses e salvar a humanidade.

Temos ainda  a participação de deuses e heróis de vários panteões como o nórdico e o egípcio, sendo um prato cheio para quem gosta de eventos globais e múltiplos personagens.

Publicada originalmente em 1991 na forma de minisserie em quatro partes nos EUA, War of the Gods foi publicada no Brasil em DC Comics – Coleção de Graphic Novels: Sagas Definitivas #20 pela Eaglemoss em 2019.

O Círculo de Gail Simone, Terry e Rachel Dodson

por Alexandre Baptista

Gail Simone explora a maternidade e suas implicações em uma ilha de mulheres inférteis em uma das melhores HQs da Mulher Maravilha.

The Circle, arco publicado originalmente em quatro partes nos EUA nas edições de Wonder Woman (vol.3) #14-17 em 2008 marca a estreia da roteirista Gail Simone frente a Mulher Maravilha.

Com belas ilustrações de Terry Dodson, arte-finalizadas por sua esposa Rachel Dodson – um traço que lembra bastante o de Yanick Paquette em Terra Um – foi publicado no Brasil em DC Comics – Coleção de Graphic Novels #17 pela Eaglemoss em 2016.

O arco vem logo em seguida da saga O Ataque das Amazonas, explorando um período em que, por meio de um encantamento da bruxa Circe, Diana Prince “se transforma” na Mulher Maravilha quando assim deseja. Em seus trajes civis, ela é humana e não apresenta nenhum poder.

Além disso, trabalha como agente do Departamento de Assuntos Metahumanos ao lado de Nêmese e do diretor Steel – onde ninguém sabe de sua identidade secreta.

A história corre em duas linhas, mostrando a rainha Hipólita, sozinha em Themyscira após a queda e suas quatro prisioneiras – integrantes do Círculo; ao mesmo tempo, vemos Diana, como agente e Mulher Maravilha, enfrentando o Capitão Nazista.

A trama apresenta muitas narrativas interessantes, uma vez que seriam bases para o belo run de Simone à frente da princesa amazona. Porém, é na narrativa principal que encontramos uma das melhores HQs da Mulher Maravilha.

O Círculo, guarda pessoal da rainha Hipólita, nos é apresentado aos poucos em recordações, à medida que as prisioneiras escapam de seu confinamento e buscam concluir sua “missão”: assassinar o “dragão” – a princesa Diana.

Uma trama cheia de amor e ciúme é apresentada, tratando de um assunto geralmente ignorado por outros roteiristas: o que acontece quando mulheres inférteis, que dedicam sua vida por uma rainha, veem a atenção de sua soberana ser integralmente direcionada a um bebê?

A chegada de Diana, um verdadeiro milagre para Hipólita, acaba sendo motivo de ódio, inveja, ciúme e traição para as integrantes do Círculo que tentam eliminar o bebê, mas acabam sendo impedidas e aprisionadas.

Agora, muitos anos depois, livres e em rota de vingança, estão mais determinadas que nunca. Para confrontá-las, a Mulher Maravilha terá de recorrer a deuses de outros panteões e aliados recém chegados… além de testemunhar um sacrifício difícil de aceitar. Uma ótima pedida, especialmente para quem gosta do lado mais guerreiro e bélico das amazonas.

Diana: Princesa das Amazonas de Shannon e Dean Hale e victoria Ying

por Alexandre Baptista

Diana é uma garota grande demais para bonecas e jovem demais para as batalhas numa das melhores HQs da Mulher Maravilha.

Diana: Princess of the Amazon foi publicada originalmente em 2020 nos EUA, ganhando uma publicação similar no Brasil no mesmo ano. Encabeçando as primeiras publicações do então estreante selo DC Kids, focado na literatura em quadrinhos infantil, a aventura à rigor não deveria estar na lista de melhores hqs da Mulher Maravilha.

Isso porque a excelente narrativa dos Hale foca no fim da infância da princesa Diana, anos antes dela passar pelos desafios que a tornarão a Mulher Maravilha. Detalhe: à exceção da capa da HQ, Diana veste a mesma túnica branca durante toda a história, passando longe, inclusive dos adereços típicos da heroína.

Na trama, Diana começa a perceber que a alegria e empolgação das amazonas perante o fato de um bebê, uma criança, ter vindo ao mundo na(s) Ilha(s) Paraíso está minguando: a atenção dada por suas “irmãs” já não é a mesma; o interesse em brincar com ela já não existe e suas peripécias já não extraem o mesmo interesse.

Diana então tenta seguir os passos de sua mãe e esculpe no barro uma amiga para si… e incrivelmente “Mona” aparece viva momentos depois. A amiga torna-se inseparável da princesa e ambas passam então a testar os limites da paciência das demais amazonas, pregando peças e fazendo “artes”.

O traço engraçadinho de King dá leveza e diversão à aventura, perfeita para os pequenos leitores e interessante mesmo aos adultos. As aventuras de Diana e Mona ficam cada vez mais ousadas… até que passam dos limites.

A verdadeira surpresa é então revelada, criando uma situação grave e perigosa em que Diana testemunhará o amor de sua mãe e das amazonas, entendendo que crescer é inevitável e o melhor que podemos fazer diante disso é… amadurecer.

Paraíso Perdido de Phil Jimenez

por Alexandre Baptista

Ataque a Gotham e a destruição de Themyscira: Paraíso Perdido

Paradise Lost é a compilação do segundo e terceiro arcos da run de Phil Jimenez frente a Mulher Maravilha, lançado originalmente nos EUA em 2002 em onze edições de Wonder Woman, do número 164 ao 170.  

A compilação agrega os arcos Deuses de Gotham – publicada no Brasil pela Panini em Superman #2-5 em 2003 – e Paraíso Perdido (Paradise Island Lost) – publicada no Brasil em Mulher Maravilha – Paraíso Perdido pela Abril em 2002. A saga foi publicada reunida na edição da Eaglemoss DC Comics – Coleção de Graphic Novels #26 em 2006.

Com um incrível time que envolveu George Pérez e Devin Grayson no enredo da história e J.M. DeMatteis e Joe Kelly como corroteiristas, esta é sem nenhuma dúvida uma das melhores HQs da Mulher Maravilha.

Saindo dos exagerados anos 90 em que a Mulher Maravilha deixou o manto para Ártemis, morreu junto com a nova Mulher Maravilha e ressuscitou como Deusa da Verdade, Phil Jimenez assume a árdua tarefa de restabelecer a heroína no panteão da DC Comics de uma maneira mais em linha com a reformulação do pós-Crise de George Perez.

Para tanto, Diana abre mão de seu status como Deusa; Carrie Sandsmark aparece no universo DC como a Garota-Maravilha; Donna Troy é tratada como irmã mais nova de Diana, usando o manto de Tróia; e Hipólita – que assumiu o manto de Mulher Maravilha junto à Sociedade da Justiça durante o período de ausência de Diana – segue alternando seus deveres como rainha das amazonas e como Mulher Maravilha.

A saga se inicia em Gotham, com vilões conhecidos do Batman – Espantalho, Hera Venenosa e Coringa – agindo de maneira estranha e poderosa; aliados a Maxie Zeus e alguns adoradores, cultivam frutos da discórdia que colocam as pessoas em estado de fúria.

A trama é densa, apresentando diversas reviravoltas, com participação do Batman, Justiça Jovem, Tróia, Ártemis, a Mulher Maravilha Hipólita e muitos vilões e Deuses. O roteiro de Jimenez cresce rapidamente em uma narrativa permeada de ação, ao mesmo tempo em que percebemos a “guerra fria” entre Diana e sua mãe.

Ao final, a destruição da Ilha Paraíso e uma mudança profunda no status quo de Themyscira – com Hipólita abandonando o trono e partindo para o mundo do patriarcado para continuar como Mulher Maravilha ao lado da SJA – faz jus ao título da saga.

Se alguém soube como resgatar o legado de Perez – inclusive no estilo dos desenhos – foi Phil Jimenez em sua fase perante a heroína, entregando uma das melhores HQs da Mulher Maravilha.


Créditos:
Texto: Lucas Souza, Alexandre Baptista, Yuri Mazetti, Bruno Sena, André Brazuka e João Pedro Maia
Imagens: Reprodução
Edição: Alexandre Baptista
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