O maior supergrupo da DC Comics chega aos mangás nessa obra de 4 volumes lançada originalmente entre 2017 e 2019. Batman e a Liga da Justiça de Shiori Teshirogi traz o Morcego de Gotham se aliando aos principais heróis da DC para enfrentar uma ameaça com ares sobrenaturais que reúne grandes antagonistas da editora como Coringa, Sinestro, Lex Luthor, Orm e outros!
O mangá Batman e a Liga da Justiça de Shiori Teshirogi foi originalmente publicado na revista japonesa “Champion Red” e os 4 volumes foram lançados no Brasil pela Panini. Vale dizer que a história traz uma premissa simples e não pressupõe nenhum conhecimento prévio do leitor.
Comumente, no decorrer da narrativa, a autora faz recapitulações contando grandes passagens dos heróis que estão sendo abordados. Fica a sensação que é um material pensado para atrair um público japonês que talvez não conheça tanto os heróis da DC Comics.
Dica para o leitor: Shiori Teshirogi é um nome conhecido dos leitores brasileiros mais atentos. A mangaká é a responsável pela obra Saint Seiya: Lost Canvas – considerada por muitos o melhor mangá da franquia. É para nos deixar no mínimo curiosos né?
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Gotham City ganha destaque no mangá Batman e a Liga da Justiça de Shiori Teshirogi
A trama do mangá Batman e a Liga da Justiça de Shiori Teshirogi
Rui Aramiya é um jovem japonês que está visitando Gotham em busca de seus pais que desapareceram após um acidente em uma usina. A história de Shiori Teshirogi estabelece desde o começo que Gotham é uma espécie de “inferno na Terra” com alta criminalidade e perigos diversos e constantes. A versão da cidade criada pela mangaká é tão extrema que o taxista que está levando Rui se recusa a cruzar a ponte que dá na cidade. E ele estava certo pois após atravessar Rui é imediatamente vítima de bandidos de alta periculosidade.
Esse assalto coloca Rui e o Cavaleiro das Trevas frente a frente e vemos que o jovem não é apenas um garoto procurando os pais – ele possui algumas habilidades de luta e tudo isso está diretamente ligado ao plot principal da obra. A grande violência que assola a perigosa Gotham está ligada a um novo plano do Coringa que envolve a Linha de Ley: basicamente uma fonte de poder inesgotável que ressurge e tem como epicentro a cidade do Homem-Morcego. O palhaço do crime está engarrafando essa energia que é capaz de liberar o lado mais primitivo das pessoas.
Depois de um primeiro confronto de Batman e Coringa, descobrimos que a busca do jovem Rui tem relação com esse perigo. Entra em cena o Homem de Aço que deixa claro que o Coringa não é o único buscando esse poder e Lex Luthor também quer o controle da Linha de Ley – que é basicamente capaz de recriar o mundo inteiro a partir do desejo de seu dono.
Os principais heróis da DC aparecem em Batman e a Liga da Justiça de Shiori Teshirogi
Tudo que citamos acima se passa no primeiro volume da história de Shiori Teshirogi. Podemos dizer que é aqui que a mangaká estabelece as diretrizes da sua narrativa – digo isso pois do volume dois em diante a história ganha um outro ritmo com mais ação e mais presença de outros heróis e vilões da DC. Temos ótimos confrontos como Aquaman x Orm e Lanterna Verde x Flash Reverso. Rui, o personagem novato da HQ, também é bem desenvolvido e sua relação com a tal Linha de Ley é bem explicada.
Vale dizer que a narrativa propõe um mergulho, mesmo que rápido, na história de cada personagem e parece que os vilões foram escolhidos justamente para gerar oportunidades para essas explicações. Vemos o Batman tendo que lidar com a morte de Robin, o Aquaman relembrando de sua história com Orm e até o Flash sabendo da morte de sua mãe nas mãos do Flash Reverso. Shiori Teshirogi realmente passeia pelos principais acontecimentos da vida desses heróis da DC.
É importante contextualizarmos o leitor e ressaltar que é uma história de apresentação para dosar as expectativas – o intuito é fazer a Liga funcionar em formato mangá e não criar uma história marcante e inovadora (ao menos é o que parece).
A narrativa funciona, temos cenas de ação empolgantes, a ameaça que se apresenta é interessante (justamente por “misturar” mais a cultura japonesa com a americana) e é isso. O famoso “feijão com arroz bem feito” que entrega algo divertido e funcional. Aliás, vale destacar que a autora consegue expressar o heroísmo de cada integrante da Liga ao mesmo tempo que deixa as personalidades de cada um aparecerem.
A trindade da DC está presente no mangá Batman e a Liga da Justiça de Shiori Teshirogi
Batman e a Liga da Justiça de Shiori Teshirogi é um mangá interessante que se propõe a fazer uma aventura da maior equipe da DC Comics em um formato diferente. A trama é simples mas funciona e entrega uma história burocrática mas divertida e cheia de boas cenas de ação.
Para os leitores mais novos que nunca leram nada da DC Comics, é uma forma de apresentar bem a equipe. Para os leitores antigos, como é meu caso, é interessante ler para ver os heróis adaptados a um estilo diferente. Fica a sensação de que talvez mais volumes para desenvolver a história tivessem dado o espaço para que Shiori Teshirogi fizesse algo que fosse além do bom e funcional.
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Avaliação: Bom!
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Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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