Loki o Deus que Caiu na Terra – O Ultimato

Loki venceu…, mas será que isso é algo bom? Em o Deus que Caiu na Terra, Loki está finalmente onde sempre quis estar, no trono, mas como dizem os antigos, cuidado com o que você deseja.

Qual é a trama de Loki o Deus que Caiu na Terra

Depois da Guerra dos Reinos (confira aqui nossa review), Loki conseguiu sua redenção ao se sacrificar para salvar sua mãe adotiva e ajudar a derrotar seu pai. Como recompensa, seu histórico foi “limpo” e ele agora senta no torno de Jotunheim. E ele não poderia estar mais entediado com isso.

Em o deus que caiu na terra, Loki está reavaliando seu papel no mundo. Nenhuma grande novidade, afinal sempre que o personagem ganha uma nova HQ ele está acompanhado de uma grande mudança. Seja na versão criança, seja um agente de Asgard.

Para o desgosto de seu irmão Thor, que agora é o Pai de Todos em Asgard, Loki não tem tanta intenção de permanecer 24/7 sentado no trono de gelo. Como o nome o Deus que Caiu na Terra sugere, Loki decide vagar pela terra atrás de algo que prenda sua atenção, decidido a quem sabe se tornar um Vingador (????).

Mas o passeio do Deus que Caiu na Terra não ocorre sem percalços, uma vez que em seus milhares de anos não foram apenas os heróis que Loki provocou. Disposto a expandir seus domínios e conseguir uma vingança de brinde, o deus sombrio Pesadelo resolve se livrar do antigo deus da trapaça.

Em sua jornada de autoconhecimento, o Deus que Caiu na Terra acaba caindo em um lugar ainda mais estranho: a Casa das Ideias (introduzida em Sem Rumo). A história contada por Loki tem um que de metalinguagem, e ao encontrar a Casa das Ideias, que nada mais é que uma representação da Marvel em si, a história se torna ainda mais meta. Os debates entre Loki e as crianças da eternidade sobre heroísmo são uma boa parte da HQ.

A história de o Deus que Caiu na Terra não é 100% linear, contribuindo para a loucura da edição. Loki se divide entre um diálogo com seu eu interior e uma conversa com o espectador, comentando brevemente sobre cada uma de suas vidas passadas. Como eu disse, não é novidade que o deus da trapaça seja renascido sob uma nova forma, e aqui o autor não apenas abraça esse fato como a costura para construir sua própria história.

Vale a pena ler o Loki o Deus que Caiu na Terra?

Existe um fato muito importante a ser citado sobre este encadernado: ele é volume único. Uma benção e uma maldição.

Daniel Kibblesmith cria uma história peculiar e interessante. Focado em Loki, o deus das histórias, o autor usa o arco o Deus que Caiu na Terra para plantar sementes que prometeram um futuro incrível e cheio de aventuras para o possível herói. Mas a revista acabou sendo cancelada.

O epilogo da história mostra que o encontro com a Casa das Ideias teve um efeito inesperado no deus, que agora se lembra de histórias de que antes não se lembrava. Será que suas mentiras se tornaram tão poderosas que nem mesmo sua memória é confiável?

Kibblesmith pega uma história já contada e a conta novamente, mas diferente. Se Loki é o deus das mentiras e das histórias, faz todo o sentido não é mesmo?

Infelizmente o cancelamento nos impossibilita de ver exatamente onde o autor pretendia ir, mas quem sabe em breve a Marvel não resolva resgatar essas ideias em outro título? Para os fãs do Deus que Caiu na Terra, Loki ainda é uma presença constante no título de seu irmão além de aparições aqui e ali no título da Valquíria Jane Foster.

Considerando que é um volume único, colocar este volume na coleção não implica comprar dezenas de títulos, porém, há sempre que se considerar a frustração das ideias não aproveitadas. No fim, tudo depende do quanto você se diverte com as histórias de Loki tentando ser um herói, ou pelo menos uma versão supostamente melhor de si.