Prophecy de Tetsuya Tsutsui (2014) – O Ultimato

O mangá Prophecy de Tetsuya Tsutsui de foi lançado originalmente no Japão e 2012 pelo mangaká Tetsuya Tsutsui. A obra chama atenção por tratar de temas mais voltados para internet e seus crimes virtuais e por ter uma pegada mais “realista”. Os exageros característicos de uma obra japonesa são mais contidos e o foco real é no jogo de gato e rato entre “Homem-Jornal” e o departamento anti crimes cibernético. 

Prophecy de Tetsuya Tsutsui foi lançado no Brasil em 2014 pela JBC. A obra possui apenas 3 volumes e traz todo o material original. É uma boa pedida para quem gosta de mangás mais curtos e com desenvolvimento rápido.

O “Homem-Jornal” comete crimes virtuais e os divulga na internet no mangá Prophecy

A trama e o debate do mangá Prophecy de Tetsuya Tsutsui 

A história do mangá Prophecy acompanha a sub-delegada Erika Yoshino. A personagem é a líder do recém criado departamento anti crimes cibernéticos e, logo de saída, já vemos sua atuação em crimes de falsificação de games.

Fica claro que a personagem é uma entusiasta da lei e que ela fará de tudo para que a legislação seja respeitada. A personagem ainda tem outra característica marcante (que acaba servindo como alívio cômico): é muito bonita. Isso faz com que alguns colegas policiais ajam de forma engraçada na tentativa de conquistar a sub-delegada.

O “Homem-Jornal” começa a aparecer logo nas primeiras páginas. A premissa da atuação do personagem é simples: ele vai na internet e pune pessoas que tiveram comportamento inaceitável (e as punições são as mais variadas).

Quer debater sobre quadrinhos, livros, filmes e muito mais? Venha conhecer nosso grupo no Whatsapp clicando aqui!!!

Temos diversos confrontos com pessoas que cometeram crimes no ambiente online como: com um homem que fez um comentário sobre uma pessoa que sofreu abuso, um homem que debochou de uma pessoa que estava buscando emprego e até com um famoso grupo ambientalista que debochou de um tsunami ocorrido no Japão. Esse justiceiro virtual entra- rapidamente – em rota de colisão com o departamento de Erika Yoshino e tem início uma verdadeira caçada.

Mangá Prophecy traz alguns momentos de fúria de Erika Yoshino: na imagem o alvo é um garoto que disponibiliza jogos ilegalmente

Dois pontos chamam a atenção no mangá que já chegou a ganhar um live-action em 2015: a ambientação da história e a motivação por trás do “Homem-Jornal”. A trama criada por Tetsuya Tsutsui é muito “pé no chão” e é o tipo de história que poderia acontecer no mundo real – não espere robôs-gigantes nem nada do gênero.

Dito isso, é importante vermos como os locais e as perseguições são bem construídos. Um bônus é a forma como a sub-delegada utiliza jargões de crimes digitais – mas fique tranquilo: eles são sempre explicados para um policial ou suspeito menos informado.  

O segundo ponto, a motivação por trás do “Homem-Jornal”, é o que realmente me fascinou no mangá. Não darei spoilers para não estragar a experiência de leitura mas posso dizer que somos apresentados a uma dura realidade que faz com que pessoas sejam tratadas de forma sub-humana. O bacana é que, a partir do segundo volume, a história também é contada sob o ponto de vista do “Homem-Jornal” e o dinamismo da obra aumenta ainda mais!

“Homem-Jornal” prestes a anunciar mais um crime no manga Prophecy de Tetsuya Tsutsui

Divertido, emocionante, dinâmico e veloz são alguns dos adjetivos que definem bem o manga Prophecy de Tetsuya Tsutsui. A obra traz uma história cotidiana e realista que é recheada de tecnologia e usa tudo isso para mostrar como os justiceiros virtuais afetam a sociedade – que se posiciona de maneira “esquisita” no ambiente digital (isso é muito bem abordado na obra). O número baixo de volumes é perfeito porque ajuda a fazer a obra caminhar rápido. Um ótimo mangá!

Quer conhecer outros mangás incríveis? Conheça nossas matérias sobre o tema e confira os 16 melhores mangás já publicados no Brasil!