Ultimato do Bacon

O Renascimento do Arqueiro Verde

Em 8 de Fev de 2019 3 minutos de leitura

por Lucas Souza

 

É muito comum ouvirmos reclamações sobre os Novos 52 da DC Comics. A iniciativa, que terminou com o surgimento do Rebirth, realmente foi péssima para alguns personagens (principalmente na fase DC YOU – que visava abordar os personagens de formas “diferentes”). O Superman, por exemplo, ganhou uma roupagem mais atual e mais jovem. Com personalidade mais “explosiva”, ele lembrava pouco o nosso Homem de Aço tradicional – a moto e a camisa na fase DC YOU também não ajudaram.

Mas ninguém sofreu tanto quanto o Arqueiro Verde. Era como se não soubessem onde encaixar ou o que fazer com o personagem. Toda a veia rebelde e o espírito de protesto do personagem haviam se perdido. Agora mais jovem, e sem o icônico cavanhaque, ele se assemelhava mais a um Batman Hi Tech e menos competente. O personagem chegou ao ponto de ser retratado como um “fã boy” rejeitado da Liga da Justiça – tentou entrar no grupo de todas as formas possíveis e foi rejeitado de forma patética.

Durante os Novos 52, o Arqueiro ainda teve uma boa, porém breve, fase nas mãos de Jeff Lemire. Seu passado foi completamente reinventado e, apesar dos elementos tradicionais não estarem presentes, as histórias agradaram muito o público. Ao lado da Mulher-Maravilha de Azzarello e do Batman de Scott Snyder, a fase de Lemire foi considerada um dos pontos altos desse período. Infelizmente, o que é bom dura pouco. E após a fase o Arqueiro ficou ainda mais parecido com o do seriado da CW Arrow e tivemos até a inclusão de John Diggle (personagem do seriado) nas HQ´s.

 

Renascimento mudou tudo para o Arqueiro Verde : Elementos clássicos de volta!

 

E então veio o Renascimento da DC. A proposta de trazer de volta os elementos clássicos e restaurar o Universo DC fez muito bem ao Arqueiro. A Panini está publicando a fase no Brasil em encadernados capa cartão. Atualmente, está nas bancas o encadernado #06 que fecha a primeira grande fase do Arqueiro pós Novos 52. A edição #06 compila as originais Green Arrow 33-38.

Nessa nova fase, que tem Benjamin Percy como roteirista principal, os elementos clássicos estão todos de volta: cavanhaque, consciência social, histórias mais urbanas e.. Canário Negro. O relacionamento dos dois volta com tudo e mostra que os heróis não precisam ser solteiros para serem interessantes (Tomasi dá uma aula disso no título do Superman também). O primeiro encadernado da fase é, ainda, um pouco atrapalhado. A tentativa de restabelecer todas as antigas conexões e de melhorar as novas enquanto apresenta um novo vilão torna as 06 primeiras edições, presentes no encadernado #01 da Panini, extremamente corridas. É nítida a preocupação do roteirista em mostrar que a fase ruim acabou e que as coisas vão mudar.

 

 

A dupla voltou: Arqueiro Verde e Canário Negro em grande estilo

 

A história acha seu compasso e tom certo a partir do segundo encadernado. Sem a necessidade de restabelecer velozmente a mitologia do personagem, ela foca em dar profundidade ao grupo de vilões Nono Círculo – que é uma seita muito similar a Corte das Corujas e também uma espécie de crítica a algumas práticas sociais. A relação com a Canário se torna cada vez mais fluída e eles acertam a mão na relação de Ollie com os outros heróis. A forma como eles mostram que a transformação do personagem é real frente a LJA é sensacional. E o clímax/desfecho dessa fase está no encadernado #06.

Uma série que vai crescendo a cada edição, Arqueiro Verde Renascimento é um marco para o herói. Para os fãs do Arqueiro, é obrigatória. O casamento entre os elementos antigos e os (melhorados) novos é perfeito e não dá a sensação de estarmos lendo mais do mesmo e sim de estarmos vendo um Arqueiro preparado para novas fases e aventuras. Esqueça o personagem “velhaco” questionador e deslocado que ressuscitou na excelente  “Espírito da Flecha”. Esqueça também o jovem “babaca”  e perdido dos Novos 52. O Arqueiro Verde passou por um liquidificador que misturou todos os elementos…E o que saiu é versão ideal do herói: que sofre, se diverte, protesta, se preocupa e está, constantemente, descobrindo seu lugar.

 

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