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O que já podemos dizer de “Twilight Zone” de Jordan Peele?

Em 16 de Abr de 2019 2 minutos de leitura

Por Lucas Souza

Jordan Peele, o premiado diretor de “Corra!” e “Nós”, assumiu um tremendo desafio quando aceitou ser o responsável pelo reebot da clássica série “The Twilight Zone” de 1958. Contando com 3 episódios já exibidos, vamos falar um pouco sobre o estilo narrativo que o diretor, que também faz o papel de apresentador do programa, está trazendo. Vale lembrar que o seriado “The Twilight Zone” traz contos de suspense e terror onde fatos inusitados e inexplicáveis levam os personagens ao esgotamento mental.

Jordan Peele já havia provado em seus dois longas que sabe trabalhar muito bem com o terror e suspense – sejam eles psicológicos ou não. Nos 3 primeiros episódios de “The Twilight Zone” ele mostra que vai trazer para a série a tensão que nos acostumamos a sentir nos seus filmes. Os três episódios, que tratam de temas variados, sabem nos prender nas bizarrices e estranhezas dos acontecimentos – e os três souberam nos fazer acreditar que entendemos para que caminho a história estava indo, até que conseguiram surpreender na tirada final.

 

Segundo episódio da série intitulado “Nightmare at 30,000 Feet” traz um misterioso podcast encontrado em um avião.

 

Acho que a maior dificuldade em uma antologia como “The Twilight Zone” é justamente o final. Temos pouco tempo para criar uma situação inusitada que desperta curiosidade ao mesmo tempo em que prepara o espectador para um final que vai deixá-lo pensativo. Por mais que consigamos antever o que está por vir, é a forma como as coisas acontecem (ou não acontecem) que nos chama a atenção. O segundo episódio da série, intitulado “Nightmare at 30,000 Feet” retrata muito bem essa ansiedade que a história deve criar. Somos apresentados a um repórter que encontra um misterioso pen drive que relata, em detalhes, como o avião que ele está dentro vai desaparecer. A angústia do personagem é palpável e conseguimos antever o desfecho conforme a história se desenvolve – mas é a forma como tudo acontece que realmente faz a diferença.

 

Jordan Peele dirige e apresenta os episódios de “The Twilight Zone”

 

O terceiro episódio da série, intitulado “Replay”, é o que mais tem similaridade com os outros trabalhos do diretor e mostram sua versatilidade em trabalhar qualquer assunto da forma que for melhor para a sua narrativa. Ele consegue trazer um tema que está razoavelmente batido, o looping temporal, e transformar o assunto em um tema muito mais amplo enquanto uma mãe tenta desesperadamente sair da situação que vai provocar a morte do seu filho.

Pelo que vimos nos primeiros 3 episódios, “The Twilight Zone” não poderia estar em melhores mãos. Saber fazer terror/suspense sem ter que jorrar sangue ou criar monstros aterrorizantes parece ser uma dificuldade para a maioria dos diretores e roteiristas atuais. Peele conseguiu, nos três primeiros episódios, criar narrativas envolventes e angustiantes que são completamente diferentes entre si: um comediante, um passageiro de avião e uma mãe em uma lanchonete. A diversidade dos temas e o tom dos episódios nos deixam ansiosos para as próximas histórias que o diretor vai trazer para o seriado.

Obs. Fique atento pois tem sempre algo que faz referência ao episódio anterior. Uma capa de revista, uma placa de carro.. Se isso quer dizer algo, ou é só uma brincadeira do diretor, ainda não sabemos. Mas toda atenção é pouca quando se está na “Twilight Zone”…

 


 

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