Se você, assim como eu está na faixa dos 30 anos, deve sentir uma ressonância ao ouvir o nome Kamen Rider. Quando criança, na extinta TV Manchete eu era fã de Kamen Rider Black e Black RX. E agora, graças a New Pop, finalmente tive a oportunidade de conhecer o Kamen Rider de Shotaro Ishinomori, o primeiro desses heróis.
Em primeiro lugar, se você não conhece o Rei dos Mangás, Shotaro Ishinomori, não se sinta mal, eu também não conhecia, então veja nossa lista com os maiores trabalhos dele e se prepare para conhecer a fundo o Kamen Rider.
Qual é a trama do Kamen Rider de Shotaro Ishinomori
Uma trama recorrente nas series de Kamen Riders (e são várias) é a derivação dos poderes dos heróis da mesma fonte maligna que eles precisam combater, e no mangá que conta a história do primeiro deles, não seria diferente. Takeshi Hongo é um estudante comum até ser sequestrado pela organização maligna Shocker e transformado em um cyborgue, porém ele consegue escapar antes de ter sua memória apagada para completar sua transformação.
Com a ajuda do cientista Hiroshi Midorikawa que resolve trair a Shocker, Hongo veste um traje especial que aumenta suas habilidades e resolve se opor a Shocker como o herói Kamen Rider (Motoqueiro Mascarado). A moto é parte importante da mitologia do personagem, diferenciando-o dos Metal Heroes e Super Sentais.
Como Kamen Rider, Hongo enfrenta diversos outros ciborgues criados pela Shocker até que ele é finalmente tirado de ação. Para quem assistiu a série (ou pelo menos está familiarizado), por volta do episódio 13, o protagonista é substituído por um novo herói, Hayato Ichimonji. Na série de TV, é dito que Hongo partiu para enfrentar a Shocker em outros países. Nos bastidores, o ator Hiroshi Fujioka sofreu um acidente e precisou se afastar.
Assim, o mangá também troca de protagonista, porem assim como em alguns outros pontos, é dado uma justificativa diferente para a mudança (sem spoilers, mesmo sendo uma obra de 50 anos), e acompanhamos então como Ichimonji assume a missão de destruir a Shocker.
Diferentemente da série de TV, que eventualmente cria um novo antagonista, o mangá se resume exclusivamente a batalha de Hongo e Ichimonji contra a Shocker, numa saga relativamente curta, que será completada pela New Pop em 3 volumes.

Vale a pena ler Kamen Rider
Como algumas pessoas tem certos preconceitos, vale lembrar que o manga é de 1971. Ainda que por ser uma banda desenhada ele tenha “vantagens” sobre a série de TV que precisava de certos artifícios para criação de efeitos especiais, a trama ainda sim segue certos conceitos que eram difundidos na época, além de ser uma trama bem simples em termos de bem contra o mal, além de por exemplo, contar com uma quantidade considerável de vilões a menos.
Quanto a arte, espero que poucos tenham a coragem de criticar, uma vez que Ishinomori era discípulo de ninguém menos que Osamu Tezuka, e podemos perceber claramente as influências de seu mestre em sua arte, sendo que em alguns pontos, alguns personagens parecem homenagens diretas.
Além do valor histórico, vale aqui salientar que a história apesar da ressalva temporal é bem interessante sim, com a temática de invasão alienígena e transformação de humanos em maquinas sendo uma boa lembrança da época (esse viés da ficção estava em alta). Ver os esforços de Hongo e Ichimonji contra a Shocker anima quanto qualquer shonen, e é uma ótima oportunidade de conhecer a franquia Kamen Rider que completa 50 anos e segue cheia de novidades.
Para aqueles saudosistas e também para os que não tem medo de se aventurar, Kamen Rider de Shotaro Ishinomori é uma peça fundamental da coleção de todo aficionado pela cultura oriental, com seus Super Sentais, Metal Heroes e, obviamente, os Kamen Riders!

Avaliação: Bom!
Quer debater sobre quadrinhos, livros, filmes e muito mais? Venha conhecer nosso grupo no Whatsapp clicando aqui!!!
Créditos:
Texto e Edição: João Maia
Imagens: Reprodução
Compre pelo nosso link da Amazon e ajude o UB!