Ultimato do Bacon

Um Ato de Esperança – O Ultimato

Em 19 de Mar de 2019 3 minutos de leitura
Um Ato de Esperança (The Children Act)
Ano: 2019 Distribuição: A2 Filmes
Estreia: 21 de Março

Direção: Richard Eyre

Roteiro: Ian McEwan

Duração: 105 Minutos  

Elenco: Emma Thompson, Stanley Tucci, Fionn Whitehead 

Sinopse: “Com seu casamento com Jack em ruínas, a juíza Fiona Maye, proeminente membro da Alta Corte Britânica, tem em suas mãos uma decisão que pode mudar muitas vidas. Pelo poder que a justiça lhe concede, Fiona pode obrigar um garoto que está entre a vida e a morte a receber uma transfusão de sangue, um procedimento simples, que pode salvar sua vida. Entretanto, ele se recusa a receber o tratamento por motivos religiosos. Quebrando o protocolo, a juíza decide ir visitá-lo no hospital. Essa visita mudará para sempre não apenas sua perspectiva sobre a vida, como também despertará sentimentos que até então ela não se permitia experimentar.

 

 

[tabby title=”Lucas Souza”]

Um Ato de Esperança, ( The Children Act) chega aos cinemas dia 21 de março com um elenco estrelado que conta com Emma Thompson, Stanley Tucci, Fionn Whitehead e outros. Baseado no best seller de Ian McEwan, a história acompanha a juíza Fiona Maye (Emma Thompson) que está passando por um momento delicado no casamento com Jack (Stanley Tucci) enquanto lida com o caso de um garoto que recusa-se a receber uma transfusão de sangue, por motivos religiosos, que pode salvar sua vida.

O diretor de “Um Ato de Esperança”, Richard Eyre, disse que apenas uma atriz poderia interpretar a juíza Fiona Maye do best seller de Ian McEwan: Emma Thompson. E, após ver o filme, temos certeza de que ele estava correto. Apesar de outros personagens terem uma importância considerável na trama, é a atuação de Emma que faz com que o filme se desenvolva. Sua postura rígida e impenetrável dá o tom do filme e nos ajuda a entender o personagem e seu mundo – gerando empatia em alguns momentos e repulsa em outros por conta de sua frieza. De toda forma, a dignidade e a postura da atuação dão vida a sua postura distante e formal – que se replica inclusive na sua relação conjugal.

 

Emma Thompson entrega uma atuação inspirada em “Um Ato de Esperança”

 

O filme começa nos mostrando o quanto a vida pessoal dessa juíza está de pernas pro ar por conta de sua relação com seu marido Jack (Stanley Tucci). E uma série de casos difíceis fazem com que a juíza Fiona Maye comece a demonstrar sinais de cansaço, mesmo com sua postura e atos tentando esconder isso a todo momento. Adam (Fionn Whitehead) é o caso que muda a vida da personagem. O adolescente, uma testemunha de Jeová, se recusa a receber transfusão de sangue por conta de suas crenças religiosas e cabe a Fiona decidir o destino do adolescente.

O filme segue muito bem até a primeira metade do segundo ato. A discussão sobre liberdade de escolha que ele promove é atual e sua habilidade em mostrar os dois lados da moeda podem te fazer mudar de ideia no decorrer do julgamento. O problema é o que acontece depois do julgamento. A sensação é que a história se perde. Questões que deveriam vir a primeiro plano, como o desenvolvimento da crise no casamento da juíza, continuam em um distante segundo plano enquanto a relação de Fionna Maye com o adoentado Adam se desenvolve de forma plástica e pouco usual.  Apesar da excelente atuação de Fionn Whitehead, o personagem Adam parece perdido em termos de narrativa no terceiro ato do filme – que falha em aprofundar a narrativa. Ele se divide entre tantas histórias em desenvolvimento, e perde tanto tempo com eventos menores, que não nos deixa mergulhar nem no drama de Adam nem na mente de Fionna Maye.

 

Fionn Whitehead entrega uma boa atuação no papel do adolescente doente Adam

 

Um Ato de Esperança cria muitas expectativas nos seus dois primeiros atos e levanta debates extremamente relevantes com relação a liberdade de escolha e a comportamentos nocivos a nós mesmos, mas falha no momento crucial onde deveria fechar a narrativa que construiu. No fim, ficamos perdidos em relação a verdadeira natureza da juíza e, por mais sem noção que seja, o único personagem que me pareceu real foi o seu marido Jack – que tenta restabelecer laços ou buscar novos caminhos durante boa parte do longa. Apesar dessa falha, os dois primeiros atos do filme, somados a atuação de Emma Thompson, são tão espetaculares que merecem ser vistos. Fica aquela sensação do que poderia ter acontecido no terceiro ato se a história seguisse a direção que parecia natural e abordasse de uma outra forma os acontecimentos que se desenrolaram nos atos anteriores.

 

Avaliação: Bom!

 

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Trailer:

 
 
 

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