Adaptação da HQ de 2011, Castelo de Areia de Frederik Peeters e Pierre-Oscar Lévy, Tempo (2021), novo filme de M. Night Shyamalan entrega mais um filme que promete dividir opiniões, assinatura do diretor.
O filme que alterna várias características de Shyamalan, de drama familiar ao terror, tem uma trama intrigante e acerta ao manter o expectador ligado no filme.
Tempo (2021) – O Ultimato
Sinopse: No filme Tempo (2021) acompanhamos uma família em um feriado tropical que descobre que a praia isolada onde eles estão relaxando por algumas horas está de alguma forma os fazendo envelhecer rapidamente… reduzindo suas vidas inteiras em um único dia.
O filme é estrelado por um elenco internacional impressionante, incluindo o vencedor do Globo de Ouro Gael García Bernal (Mozart in the Jungle da Amazon), Vicky Krieps (Trama Fantasma), Rufus Sewell (The Man in the High Castle da Amazon), Ken Leung (Star Wars: Episódio VII— O Despertar da Força), Nikki Amuka-Bird (O Destino de Júpiter), Abbey Lee (Lovecraft Country da HBO), Aaron Pierre (Krypton da Syfy), Alex Wolff (Hereditário), Embeth Davidtz (Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres), Eliza Scanlen (Adoráveis Mulheres), Emun Elliott (Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força), Kathleen Chalfant (The Affair da Showtime) e Thomasin McKenzie (Jojo Rabbit).
Aqueles estão familiarizados com os filmes de Shyamalan, sabem que o diretor sempre surpreende, para o bem e algumas vezes para o mal, seu público com plot twists, mistérios e algumas vezes a ausência de complexidade, focando mais no tom dramático.
Em Tempo (2021), Shyamalan entrega vários tons e explora um pouco de cada característica que ele apresentou em seus filmes anteriores. Aqui por mais que o tom fique mais voltado para o Suspense/terror, é nítido que o objetivo principal do diretor é explorar todo o drama que envolve o envelhecimento precoce.
Ao confrontar a mortalidade como algo iminente, os personagens entregam diálogos e momentos bem reflexivos e emocionantes, com destaque para alguns belos momentos entre Prisca e Guy, o casal “protagonista”.
As atuações em Tempo (2021) é um dos pontos que achei bem irregular. Parece que faltou certa entrega de alguns personagens o que tira um pouco do peso dramático. É interessante a troca de atores no caso das crianças que tem o envelhecimento mais notável que nos adultos, mas parece que depois de certo ponto ficou meio deixado de lado o detalhe de que apesar de estarem em corpos mais velhos, a idade mental deveria continuar sendo a de crianças.
O filme tenta explicar um pouco esse amadurecimento, mas não me convenceu muito, apesar de não ser um grande problema para o filme com um todo.
Outro ponto que foi definitivamente limitador para o filme foi a classificação indicativa PG-13 (14 anos no Brasil). O filme perde o peso ao não expor mais alguns momentos pesados, de mais impacto e intensidade. Não digo que deveria expor cenas mais gore ou com tom mais sexual, como na HQ, mas faltou a liberdade de expor momentos que acrescentariam ao tom dramático do filme.
Tempo (2021) entrega os mistérios e explicações do que acontece ali de forma sutil durante o filme. No ato final temos aquela já tradicional reviravolta de Shyamalan que me surpreendeu de forma positiva e me fez curtir um pouco mais o filme.
Tempo (2021) pode ser considerado um dos bons filmes de M. Night Shyamalan. Um suspense interessante que me fez refletir um pouco sobre diversas questões da vida e me deixou imerso na experiência cinematográfica que o filme propõe.
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Avaliação: Ótimo!.
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Créditos:
Texto: Diego Brisse
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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