Ultimato do Bacon

Rambo: Até o Fim – O Ultimato

Em 19 de Set de 2019 3 minutos de leitura
Rambo: Até o Fim (Rambo: Last Blood)
Ano: 2019 Distribuição: Imagem Filmes
Estreia: 19 de Setembro

Direção: Adrian Grunberg

Roteiro: Matthew Cirulnick, Sylvester Stallone (roteiro); Dan Gordon, Sylvester Stallone (história); David Morrell (baseado no personagem de)

Duração: 101 Minutos  

Elenco: Sylvester Stallone, Paz Vega, Yvette Monreal

Sinopse: O tempo passou para Rambo (Sylvester Stallone), que agora vive recluso em um rancho. Sua vida marcada por lutas violentas ficou para trás, mas deixou marcas inesquecíveis. No entanto, quando uma jovem de uma família amiga é sequestrada, Rambo precisará confrontar seu passado e resgatar suas habilidades de combate para enfrentar o mais perigoso cartel mexicano. A busca logo se transforma em uma caçada por justiça, onde nenhum criminoso será perdoado.

 

 

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

Rambo: Até o Fim aposta em roteiro batido e fórmula consagrada

Produção que estreia hoje, 19 de setembro nos cinemas, promete ser a despedida do personagem

por Alexandre Baptista

 

O cinema, já tem um tempo, está mais povoado por adaptações, continuações e remakes do que por filmes e ideias originais. Por esse motivo, quando uma tentativa de reviver uma consagrada franquia é bem realizada, já consideramos um certo lucro como espectadores.

Foi o caso de Creed: Nascido para Lutar (Creed, 2015) de Ryan Coogler, que realizou uma gigantesca volta às origens para a franquia Rocky Balboa, estrelada por Sylvester Stallone; e poderia ter sido o caso de Rambo: Até o Fim, de Adrian Grunberg.

Infelizmente, a opção do diretor sobre o roteiro de Matthew Cirulnick e do próprio Stallone, foi seguir um caminho muito diferente da “volta às origens” com um apelo mais artístico, apesar de a maior parte do novo longa se ambientar em solo norte-americano, no Arizona, e do título original realizar um aceno a Rambo: Programado Para Matar (Rambo: First Blood, 1982).

O longa original, infinitamente menos violento que suas continuações, tinha até que uma crítica bacana sobre o retorno dos jovens soldados que combatiam na Guerra do Vietnã, o preconceito enfrentado e falta de espaço e trabalho para eles na sociedade americana.

Suas continuações apostaram em outro caminho, com John Rambo em seu ambiente “natural”: a batalha em qualquer território inimigo. Seja para resgatar prisioneiros de guerra no Vietnã; treinar o Talibã contra o exército russo no Afeganistão ou guiar um grupo de mercenários na Birmânia, o set up dos demais filmes seguiam por uma linha mais bélica.

Talvez por isso eu tenha sido pego de surpresa em Rambo: Até o Fim e seu posicionamento como algo totalmente deslocado da franquia.

No novo capítulo, John está em sua fazenda no Arizona, vivendo uma vida em família – uma informação grandemente negligenciada nos demais filmes – e após Gabrielle (Yvette Monreal), uma garota a quem John trata como filha, ser sequestrada por uma quadrilha mexicana, Rambo parte ao resgate e à vingança.

A ideia da história tem algo de Comando para Matar (Commando, 1985) e mais ainda de Busca Implacável (Taken, 2008), obviamente. E fica só nisso.

Apesar de, ainda no primeiro terço do filme, existirem pequenas menções ao impacto que John ainda sente vindo de seus traumas da Guerra do Vietnã, Até o Fim não explora isso de maneira elegante, reflexiva ou mesmo metafórica, abandonando tais ecos como um velhinho senil esquece o que ia dizendo.

De forma geral, o longa simplesmente não parece ser um filme de Rambo ou, pelo menos, não até que ele esteja de fato em combate. Seu trecho final faz frente às mortes de Rambo II – A Missão (Rambo: First Blood Part II, 1985) e apresenta um festival de eviscerações, mortes e mutilações dignas de slashers tradicionais.

A trilha sonora evoca de maneira um tanto fraca os temas tradicionais da franquia, não estabelecendo conexão emocional com a plateia e aparecendo como um mero enfeite auditivo, bastante dispensável.

Em suma, ainda que com muito boa vontade alguém consiga enxergar nas atitudes de Rambo uma crítica velada e sutil à responsabilidade do Estado americano com a saúde mental de seus ex-combatentes, prejudicados e traumatizados por toda a vida após o retorno da guerra, ainda assim, a exposição é fraca e não emociona; especialmente porque as atuações estão exageradas de uma forma divertida para quem busca nesse tipo de filme os defeitos para fins cômicos.

Rambo: Até o Fim até merece ser visto no cinema. Mas precisa ser conferido dessa forma: por fãs do gênero, do personagem, e sem nenhuma expectativa. No entanto, estejam avisados: ele é, infelizmente, o pior de toda a saga, mostrando mais uma vez a diferença que um bom roteiro pode fazer e tornando o adeus ao personagem em algo tão trágico quanto sua fictícia vida…

 

 

Avaliação: Bom

 

 

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Trailer

 

 


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