Ultimato do Bacon

Os Órfãos – O Ultimato

Em 30 de Jan de 2020 3 minutos de leitura
Os Órfãos (The Turning)
Ano: 2020 Distribuição: Universal Pictures
Estreia: 30 de Janeiro

Direção: Floria Sigismondi

Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes; Henry James (baseado no livro "A Volta do Parafuso" de)

Duração: 94 Minutos  

Elenco: Mackenzie Davis, Finn Wolfhard, Brooklynn Prince

Sinopse: Baseado no best-seller “A Volta do Parafuso”, de Henry James, o thriller “Os Órfãos” (The Turning), da Universal Pictures, acompanha a mudança de rotina dos órfãos Flora (Brooklynn Prince, de “Projeto Flórida”) e Miles (Finn Wolfhard, de “Stranger Things”) com a chegada da nova babá Kate, vivida por Mackenzie Davis. O filme chega aos cinemas brasileiros em 30 de janeiro.

 

 

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Os Órfãos: longa mediano que tropeça na retal final

Adaptação de A Volta do Parafuso, de Henry James, que estreia nesta quinta-feira 30 de janeiro, é insossa e se perde em detalhes desnecessários

por Alexandre Baptista

 

A internet atualmente tem um problema gigantesco com spoilers. Alguns sites entregam demais de tramas, enredos, fotos e cenas de filmes e séries; outros, fazem críticas tão genéricas que poderiam ter sido escritas por qualquer criança que tenha lido a sinopse da obra.

Então, se você não quer spoilers de Os Órfãos, aqui vai a crítica: filme de terror que segue a fórmula do gênero de maneira competente, porém burocrática. Enredo baseado em livro de 1898, mas que adapta situações para colocar o filme – desnecessariamente – nos anos 90. Atuações bacanas, trilha sonora genérica, jump scares fracos e final pretensioso, porém medíocre. 2 bacons.

 

Agora, se você quer uma crítica mesmo, saiba que, daqui pra baixo, teremos spoilers.

O segundo longa de Floria Sigismondi tem problemas. Mesmo para os fãs do gênero, a sensação de que falta algo é latente. É um filme de terror limpo demais, bonito demais em que falta mais podreira, mais sujeira, mais nojeira.

Sim, o longa acerta nas fórmulas do terror, colocando em tela todos os clichês do gênero: a criança assustadora, a velha fantasmagórica, o casarão imenso e com barulhos noturnos, a protagonista com um passado obscuro e uma história de família perturbadora, os sustos, as aparições nos espelhos e massas d’água.

No entanto, ele é burocrático. Desfila os clichês como um cozinheiro iniciante segue uma receita, colocando os ingredientes sem método, sem jeito e sem entender realmente como funciona a química culinária.

Outro problema do roteiro de Chad e Carey Hayes, responsáveis pelos dois primeiros A Invocação do Mal (The Conjuring, 2013 /The Conjuring 2, 2016) é a escolha de elementos desnecessários para a história, como se fossem elementos cruciais, como a ambientação nos anos 90, a constante menção ao real suicídio de Kurt Cobain e a presença de uma foto do músico, que remete às fotos veiculadas à época que mostravam o cantor morto, a inserção de personagens inexistentes na trama original, como a mãe de Kate (Mackenzie Davies)… numa tentativa de confundir o espectador e desorientá-lo.

E claro, sem mencionar os reais equívocos da trama como fatos, objetos e situações que são colocadas no primeiro terço do filme simplesmente para serem absolutamente abandonadas e descartadas posteriormente, sem aviso.

Além disso, ao contrário do livro, que sugere nas situações apresentadas a dúvida ao leitor a respeito das aparições fantasmagóricas ou da sanidade da preceptora dos irmãos Fairchild, em Os Órfãos o espectador é levado durante quase a totalidade do filme, a acreditar no lado sobrenatural da história para, praticamente nos créditos, ser levado à revelação de que Kate perdeu a sanidade mental. Uma inversão de intenção totalmente equivocada e fraca.

As atuações de Mackenzie Davis, Finn Wolfhard, da soberba garotinha Brooklynn Prince e da assustadora Barbara Marten não são suficientes para segurar o interesse no filme, que é genérico demais e erra demais para conseguir se manter entre os bons do gênero.

Isso sem falar nos efeitos especiais que transformam Quint (Niall Greig Fulton), o vilão fantasmagórico do filme, numa espécie de “Sirius Black na lareira” ridículo. Fica bastante difícil levar sustos ou se amedrontrar com um personagem de quem se está rindo.

Em todo caso, se você é fã do gênero, confira o longa. Porque mesmo um filme ruim pode ser uma boa fonte de entretenimento, se você estiver no espírito correto para aquilo.

 

 

Avaliação: Regular

 

 

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Trailer

 

 


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