O Parque dos Sonhos (Wonder Park) | |
Ano: 2019 | Distribuição: Paramount Pictures |
Estreia: 14 de Março |
Direção: Dylan Brown Roteiro: André Nemec, Josh Appelbaum |
Duração: 85 Minutos |
Elenco: Sofia Mali, Jennifer Garner, Mila Kunis, Matthew Broderick, Ken Hudson Campbell |
Sinopse: “A jovem otimista e sonhadora June encontra escondido na floresta um parque de diversões chamado Wonderland, que é cheio de passeios e animais que falam. O único problema é que o parque está confuso e desorganizado. June logo descobre que o parque veio de sua imaginação e que ela é a única que pode deixar o lugar mágico de novo.”
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Com belos efeitos 3D e um roteiro competente, O Parque dos Sonhos é uma boa aposta para a família
Longa com roteiro de André Nemec e Josh Appelbaum estreia nesta quinta, 14 de março
por Alexandre Baptista
Nem só de blockbusters e cults vive o cinema. Ele também é povoado por filmes mais diretos e simples, voltados às lacunas ou espaços de baixa – a entressafra dos grandes lançamentos – almejando um público que não pretende vivenciar e não se importa tanto com “a grande arte” do cinema. São filmes que, assim como biscoitos recheados industriais não podem ser considerados alta gastronomia, querem como espectador o consumidor e não o cinéfilo.
Vez ou outra um desses filmes se destaca por possuir uma ou outra qualidade mais artística, alçando a equipe ao patamar de visionária – sejam os roteiristas, atores ou diretores do longa em questão.
O Parque dos Sonhos não cabe neste último quesito, talvez por pisar em temas que já foram retratados intensamente no cinema: criança alegre e com boa relação familiar sofre alguma decepção da vida e “perde sua magia”. Durante o processo de amadurecimento, redescobre a alegria de viver e entende que, apesar de ser dolorido crescer, a vida fica mais fácil com alegria e uma boa família.
O roteiro de André Nemec e Josh Appelbaum (As Tartarugas Ninja, 2014) é competente mas recheado de clichês e, por vezes, lembra bastante Divertida Mente (Inside Out, 2015). No entanto, de forma geral, convence por ter uma história divertida, bem-feita e com um ótimo ritmo. Chega até a ser um pouco acelerada em alguns trechos, mas faz bastante sentido quando pensamos no irrequieto público alvo a que se destina o longa.
A trilha sonora é um tanto genérica. Não incomoda, mas também não se destaca.
O design de personagens e cenários, a palheta de cores e todos os efeitos visuais são muito agradáveis e de bastante bom gosto, sendo um dos pontos altos do filme.
Nesse sentido, o maior destaque vai para o 3D. Sei que muitas crianças acabam se incomodando com o efeito, preferindo as tradicionais sessões 2D. Mas O Parque dos Sonhos usa essa tecnologia de uma forma muito interessante, algo que a maioria dos filmes atualmente parece não levar em consideração.
Por fim, apesar de preferir sempre o áudio original em qualquer produção, aprecio muito o trabalho de dublagem (especialmente por ser profissional da área) e conferi o trabalho dirigido por Wendel Bezerra, com Lucas Veloso e Rafael Infante na voz de Steve e Cooper, os castores gêmeos do parque. A dublagem e adaptação de texto está ótima, com uma pequena crítica à voz de June – um tanto madura para a personagem na minha opinião. Também vale apontar que, logo no começo do filme, duas falas de Boomer, o urso, começam “cortadas”, com a palavra já começada. Uma falha na mixagem que “fechou” demais a trilha de voz, mas que não é culpa dos dubladores em si.
De modo geral, O Parque dos Sonhos é uma excelente produção para se conferir com toda a família, especialmente aquelas que possuem pequenas e pequenos cinéfilos. Certamente não será o destaque do verão, o filme do ano ou a grande aposta no Oscar do ano que vem. Mas é, sem dúvida, uma ótima opção de atividade em família e que vai empolgar e animar as crianças.
Avaliação: Bom!
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Trailer:
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