Ultimato do Bacon

Medo Profundo: O Segundo Ataque – O Ultimato

Em 20 de Nov de 2019 3 minutos de leitura
Medo Profundo: O Segundo Ataque (47 meters down: Uncaged)
Ano: 2019 Distribuição: Paris Filmes
Estreia: 20 de Novembro (Brasil)

Direção: Johannes Roberts

Roteiro: Johannes Roberts, Ernest Riera

Duração: 90 Minutos  

Elenco: Sophie Nélisse, Corinne Foxx, Brianne Tju

Sinopse: O filme segue a história de quatro adolescentes que mergulham em uma cidade subaquática em ruínas. Rapidamente se encontram em um inferno aquático enquanto seu passeio divertido se transforma em um medo de parar o coração quando descobrem que não estão sozinhas nas cavernas submersas.

 

 

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

Medo Profundo: O Segundo Ataque é um exemplo do que há de pior em Hollywood

Longa que estreia nesta quarta-feira, 20 de novembro, é fraco, ruim, previsível e entediante

por Alexandre Baptista

 

Nos anos 80, quando o cinema estadunidense viu a explosão das franquias e continuações nas produções, um outro fenômeno começou a ganhar impulso: as “continuações” e os similares. Geralmente eram filmes de baixo orçamento com atores desconhecidos e que se prestavam a um papel de ser a versão genérica de um determinado ator ou atriz.

De lá pra cá, essa prática não morreu: seguiu ganhando corpo e força, gerando aberrações como os famosos Garotas Selvagens 2 (Wild Things 2, 2004), Ace Ventura Jr.: Pet Detective (2009), Titanic II (2010) e outras bizarrices.

Medo Profundo: O Segundo Ataque segue nessa linha.

O primeiro Medo Profundo (47 meters down, 2018) saiu no ano passado e, mesmo sendo fraco e previsível, fez bilheteria suficiente pra empolgar o estúdio a tentar repetir o feito – e ganhar mais uma graninha. A sinopse do original diz o seguinte:

 

“De férias no México, duas irmãs estão prestes a passar pelos momentos de maior tensão em sua vida: presas em uma gaiola de tubarões a 47 metros de profundidade no oceano, eles [SIC] terão que lutar contra o tempo para permanecerem vivas. Mas com apenas uma hora de oxigênio e com tubarões brancos rondando o local, as chances se tornam cada vez menores.”

 

Só que essas duas irmãs aí não são as mesmas do segundo filme. Aliás, nenhum dos personagens do primeiro filme está de volta… A única relação entre os dois filmes são tubarões e o México.

Pelo menos quem não viu o primeiro não precisa se preocupar em não entender o segundo e pode conferir essa bomba sem medo – o que num filme chamado “medo profundo” talvez não seja uma boa coisa (piada ruim intencional, pra entrar no clima).

O roteiro, como vocês já viram, repete muita coisa da primeira história. Só que, além disso, é repleto de furos horríveis. O desenvolvimento dos personagens é raso (badumtsss) e a conexão dos mesmos com o público é zero. Sem empatia, a plateia está pouco se lixando se as garotas irão sobreviver ou não e a desconexão só faz com que o filme seja ainda mais sofrível.

Outro grande problema do filme é a tentativa de resgatar um clima anos 80, numa espécie de trash vintage que se esforça para parecer um S.O.S. Malibu (Baywatch, 1989 – 2001), misturado com Tubarão 3 (Jaws 3-D, 1983). Usa da trilha sonora pra reforçar isso, incluindo Roxette, com She’s Got the Look na trilha musical e tudo mais. Infelizmente é artificial demais e tropeça ao se levar a sério, tentando passar uma credibilidade que já foi perdida nos momentos iniciais do longa.

Espere por cenas extensas e bastante desnecessárias, num esforço hercúleo do diretor em ganhar segundos e minutos para aumentar a duração do filme que não tem nada de conteúdo pra conseguir a duração esperada sozinho.

Espere também por inconsistências físicas que só acontecem em Medo Profundo: O Segundo Ataque. Onde mais pessoas em baixa atividade física gastariam mais oxigênio que pessoas em uma fuga desesperada, regada a adrenalina e grande esforço? Onde mais um gigantesco tubarão branco mutante atravessaria uma fenda em que uma garota magérrima acabou de ficar presa por ser muito estreita?

No entanto, não espere um filme “tão trash que ficou divertido”. O filme é chato. As personagens são sofríveis. O elenco não ajuda, com um desempenho simplesmente ruim. Não, não é exagerado e hilário. Nem absurdo como The Sand (2015) a ponto de ser engraçado. É enfadonho, acachapante e chato, recheado de jump scares irritantes.

Outro detalhe é que toda cena de ação no filme é montada como se estivéssemos vendo o trailer do mesmo, com uma trilha sonora exagerada e cortes que deixam o espectador esperado o letreiro e o narrador: “Medo Profundo: O Segundo Ataque. Breve nos Cinemas”.

Infelizmente, o ato final do longa dá uma pequena mostra de que poderia ter sido interessante, com a protagonista encarando os tubarões ao melhor estilo Rambo/Conan/John Wick. Tristemente chutaram o balde (de iscas) tarde demais para recuperar qualquer coisa que fosse. Bacon então, de jeito nenhum.

Caso tenha vontade de conferir Medo Profundo: O Segundo Ataque, faça um favor a si mesmo, fique em casa e escolha em algum streaming ou locação digital entre Tubarão (Jaws, 1975), Sharknado (2013) e Águas Rasas (The Shallows, 2016), de acordo com sua propensão para maior ou menor seriedade cinematográfica e simplesmente me agradeça depois.

 

 

Avaliação: Péssimo

 

 

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Trailer

 

 


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