Depois do final acelerado da Fronteira Infinita, a Liga da Justiça Encarnada precisa enfrentar um desafio ainda maior para poder salvar o multiverso nessa minissérie de Joshua Williamson que prepara o terreno para a morte da Liga da Justiça e a Crise Sombria nas Infinitas Terras.
Para aqueles que não leram Fronteira Infinita, fica aqui o aviso de que essa minissérie é uma continuação direta, então além da possibilidade de ficarem duvidas na leitura, esse texto terá spoilers.
Se ainda estiver na dúvida sobre embarcar nessa jornada, confira aqui nosso texto sobre a Fronteira Infinita.
Qual é a trama de Liga da Justiça Encarnada
A trama se inicia logo após os acontecimentos bombásticos do final da Fronteira Infinita. Na terra 8, ainda sem conhecer o destino do Maquinário, os Retaliadores confrontam a Doutora Multiverso, recém-chegada ao Universo DC, porém estabelecida como uma antiga membra do grupo, que por algum motivo a ressente (provavelmente devido ao coletivo ressentimento dos heróis da terra 8 a existência do Multiverso).
Depois da batalha da terra Ômega, o Flash foi libertado antes que Darkseid pudesse obter os poderes da rachadura no multiverso, que aumentaria seus poderes exponencialmente. É então que ele revela que a terra ômega como um todo era na verdade uma prisão para um mal ancestral, a Grande Escuridão.
Começa então uma corrida entre heróis e vilões para obter e controlar a rachadura no multiverso e encontrar Barry Allen. A primeira parada da Liga da Justiça Encarnada é a terra 8, arrasada pelo vilão Tartarus que busca para si o poder. Quando Darkseid se envolve na batalha, só resta aos heróis recrutar a Doutora Multiverso e liberar a rachadura que começa a pular de terra paralela em terra paralela.
Enquanto Darkseid e os heróis viajam pelo multiverso, a Casa dos Heróis acaba se tornando o centro de uma disputa entre Orion e seus irmãos. Que eventualmente os coloca em risco iminente ao lança-los na destruída terra 7, sob o comando do Mão Vazia.
A disputa entre Darkseid e os heróis da Liga da Justiça Encarnada, além da ameaça da eminente ascensão da Grande Escuridão garantem uma leitura dinâmica e cheia de ação, além de ser mais uma chance de dar um passeio pelo grande multiverso da DC Comics.
Sempre desconfiei que Williamson tinha grandes e ambiciosos planos e aqui ele mostra mais uma vez sua capacidade. Além disso, depois de trazer belas histórias para o Flash, ele deixou mais do que claro que sabe trabalhar muito bem com os personagens além das mega sagas.
É muito interessante ver a Liga da Justiça Encarnada em ação e como Superman e Batman parecem ser uma constante universal. A amizade improvável entre o Presidente Superman e o Batman do Ponto de Ignição é uma das coisas mais fantásticas da HQ. Além disso, ele também aproveita para trazer um pouco mais para a luz Avery Ho, a Flash da China para ajuda-los na missão de resgatar Barry.
Como já mencionei, o autor faz um bom trabalho também ao escolher as terras a serem visitadas na minissérie, fazendo uma ótima seleção de personagens coadjuvantes, além de uma excelente passagem metalinguística pela terra 33.
Desde o começo da Fronteira Infinita o caminho tem sido pavimentado para a chegada da Crise Sombria e este novo capítulo envolvendo a Liga da Justiça Encarnada é uma de suas partes mais interessantes, por permitir observar a chegada da crise e como os heróis multiversais lidam com essas batalhas, dando o foco a personagens diferentes, ou pelo menos, versões diferentes daqueles que vemos sempre.
Aliás, para quem gosta de versões diferentes, confiram nosso ultimato sobre o especial do Sindicato do Crime, a versão maligna da Liga oriunda da Terra 3!
Avaliação: Ótimo!
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Créditos:
Texto: João Pedro Maia – JP
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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