Ultimato do Bacon

John Wick 3 – Parabellum – O Ultimato

Em 15 de Mai de 2019 3 minutos de leitura
Keanu Reeves como John Wick e Anjelica Houston em cena de John Wick 3 Parabellum
John Wick 3 – Parabellum (John Wick: Chapter 3 – Parabellum)
Ano: 2019Distribuição: Paris Filmes
Estreia: 16 de MaioDireção: Chad Stahelski

Roteiro: Derek Kolstad, Shay Hatten, Chris Collins, Marc Abrams

Duração: 131 Minutos  

Elenco: Keanu Reeves, Halle Berry, Laurence Fishburne, Mark Dacascos, Asia Kate Dillon, Lance Reddick, Saïd Taghmaoui, Jerome Flynn, Jason Mantzoukas, Tobias Segal, Boban Marjanovic, Anjelica Huston, Ian McShane

Sinopse: “O lendário John Wick é perseguido por homens e mulheres depois de matar um importante membro de uma organização de assassinos internacionais, e tem fixado o prêmio de US$ 14 milhões em sua cabeça.”

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

John Wick 3 – Parabellum é tudo o que os fãs da saga esperam ver de John Wick

Com uma trama bem alinhada, novo longa de Chad Stahelski estrelado por Keanu Reeves cresceu em escala sem perder as origens

por Alexandre Baptista

John Wick é John Wick. Sempre foi assim. Desde o primeiro filme, que começava com esse parâmetro repetido a exaustão. O espectador não fazia ideia de quem era John Wick. Mas sabia que com ele não se mexe.

Se você não sabe quem é John Wick, então não perca tempo com o novo longa de Chad Stahelski sem antes conferir os dois primeiros capítulos da história. Toda a mitologia do personagem, trabalhada nos longas anteriores é imprescindível para que se aproveite completamente a parte 3.

O longa começa de onde termina o anterior, da mesma cena. O que garante a Parabellum uma velocidade logo em seu início bastante intensa. Ainda que John tenha uma hora antes da excomunhão fazer efeito e seu contrato estar valendo, seu desespero por conseguir ao menos se recuperar de um dos ferimentos do capítulo 2 antes de enfrentar seus algozes é visível, angustiante e bastante acelerado. Não há tempo a perder.

O roteiro do filme é muito bem amarrado e convincente, revelando aos poucos uma escala cada vez maior da mitologia wickiana. Quem se lembra do episódio inicial, com uma escala local e pessoal fica maravilhado ao constatar a proporção deste novo filme e sua grandiosidade, sem se distanciar da origem urbana e simples do primeiro.

Revelações sobre o passado de John são mostradas sem que isso seja uma grande subversão ou momento épico do filme: apenas sabemos de mais um pedacinho do cânone que ainda tem muita lenha para queimar. O mesmo vale ser dito para a Alta Cúpula (The High Table), sua organização e seu verdadeiro alcance.

A trilha sonora é perfeita, acompanhando os grandes showdowns, perseguições e confrontos de maneira impecável.

A direção de Stahelski, está em casa. Espere ângulos interessantes, cenas impossíveis, frases de efeito, cabeças explodindo, facadas em globos oculares e… letreiros grifando falas dos personagens!

“Se vis pacem… parabellum!”

Stahelski tem um domínio tão intenso nesse tipo de filme que até coreografias mal executadas entre Dacascos e Reeves parecem épicas.

O elenco está sensacional, com Keanu dominando o elemento que conhece melhor: a inexpressividade eloquente, as frases monossilábicas e monocórdicas e a violência gráfica. Destaque para todo o restante do elenco: Ian McShane, Mark Dacascos (com um personagem totalmente babaca e hilário), Anjelica Houston, Laurence Fishburne e Halle Berry.

A cena de Berry, na personagem Sofia, com seus cachorros, durante um tiroteio é algo tão singular e majestoso que merece sozinho uma matéria especial. O treinamento dos animais, a exuberância física da atriz em realizar a coreografia e a crueza da sequência, são de tirar o fôlego.

Fishburne, por outro lado, segue em seu personagem que parece uma versão mendicante de Morpheus de Matrix e fica difícil não comparar John Wick com Neo a partir disso.

O que me faz lembrar dos easter eggs e da comédia no filme. Sobre a comédia, não espere o tipo de humor dos filmes da Marvel; o sarcasmo e a piada está na entrelinha, tão sutil que espectadores mais acostumados ao humor de claque talvez não percebam ou sequer entendam.

Sobre os easter eggs, fiquem atentos para as referências visuais ao já citado Matrix (The Matrix, 1999), com uma invasão que lembra demais a cena do saguão; Yayan Ruhian e Cecep Arif Rahman da franquia Operação Invasão (Serbuan maut / The Raid: Redemption, 2011; Serbuan maut 2: Berandal / The Raid 2: Berandal, 2014) num duelo que é visivelmente um aceno aos filmes indoneso-estadunidenses; a participação de Tiger Hu Chen como membro da Tríade, ator que foi estrela de O Homem do Tai Chi (Man of Tai Chi, 2013), primeiro filme dirigido por Reeves; a cena em que Wick pede por “Armas. Muitas armas”; entre outros.

Keanu Reeves como Neo em cena de Matrix (The Matrix, 1999)

“Guns. Lots of Guns.”

A fotografia do filme é também bastante deslumbrante, numa ambientação no chamado neo-noir que funciona de maneira belíssima, num certo requinte decadente que evoca inclusive as milionárias produções dos anos 60 e 70 em Hollywood. Coisa digna de Elliot Gould em filme de Robert Altman.

De maneira geral, John Wick 3 – Parabellum cumpre o que se propôs, inclusive na entrelinha. Se deseja a paz, prepare-se para a guerra.

Ao que tudo indica, o capítulo 3 foi só a preparação realmente. Que venha John Wick 4.

 

 

Avaliação: Excelente!

 

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Trailer


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