Fabulosos X-Men em quator edições servem para amarrar algumas coisas antes da nova fase nas mãos de Hickman.
Não é segredo para ninguém que os X-Men tiveram tempos sombrios. Aliás, tempos sombrios e X-Men são quase sinônimos na Marvel. Entre serem caçados pelos humanos, o genocídio em Genosha e mais recentemente a praga trazida pela terrigênese dos Inumanos, os mutantes estavam nas cordas. Isso sem falar dos rumores de que os X-Men eram boicotados pela Marvel por eles pertencerem a Fox. Parece que a recente aquisição da Disney sinalizou novos dias para os mutantes.
Lá fora já estão rolando os novos títulos mutantes, era inaugurada por Jonathan Hickman (Vingadores/Quarteto Fantástico) com House of X/Powers of X (sem título no Brasil), mas antes disso, os X-Men estão prontos para sua última missão.
Já está nas bancas o primeiro volume da nova Fabulosos X-Men, série em 22 edições por Ed Brisson, Matthew Rosenberg e Kelly Thompson. Das 22 edições, a história se divide em 2 arcos: A Queda que compõe as 10 primeiras edições, Isto É Para Sempre nas próximas 6 e por fim Nós Sempre Fomos.
Qual a trama de Fabulosos X-Men
O arco da queda reúne a maior parte do elenco disponível (leia-se vivos) dos X-Men, principalmente os que formaram os times Dourado e Vermelho (o time azul acabou em Extermínio). O desafio aqui surge na forma de X-Man (sim, o indivíduo, o nome está no singular). X-Man é uma versão de Cable, sendo um Nathan Summers criado através do material genético de Scott Summers e Jean Grey pelo Sr Sinistro da Era do Apocalipse. Como é bem corriqueiro no universo dos X-Men, personagens de universos paralelos circulam pela terra 616.
De qualquer forma, X-Man está tentando refazer o mundo a sua imagem, e melhor para os mutantes (tipo o Ciclope fez em Vingadores vs X-Men), utilizando para isso seus Quatro Cavaleiros da Salvação. No geral, a história é razoavelmente corrida e com diversos plots que servem apenas para culminar na “Era de X-Man”, uma linha paralela de títulos para que os leitores tenham que comprar mais HQs.
Um ponto interessante levantado nas 10 primeiras edições de Fabulosos X-Men é que os mutantes nunca souberam lidar realmente com o futuro. Antigamente denominados como “filhos do átomo”, agora eles são confrontados pela incapacidade de lidar com os “netos do átomo” na figura de X-man e Legião (David Heller, o filho do professor Xavier).
A parte mais interessante destes arcos se inicia na edição 11. Vindo diretamente do anual da HQ que narrou com detalhes o retorno do Ciclope (fora toda uma minissérie para trazer de volta o Wolverine), a edição mostra como esses dois amigos/inimigos/aliados/rivais se encontram num mundo onde não existem mais X-Men e nem mesmo alguns dos seus mais notórios inimigos. Os mutantes se foram e o mundo não sente sua falta, o que leva Ciclope a reunir os poucos aliados que ele ainda tem para remover do tabuleiro as últimas ameaças que ainda restaram aos mutantes e também a humanidade.
Ainda que as últimas 12 edições de Fabulosos X-Men sejam divididas em 2 arcos, a trama segue basicamente essa linha, com as missões lideradas por Ciclope se tornando cada vez mais perigosas e com mais corpos ficando pelo caminho. No geral, as últimas 6 edições não mantem o nível das 6 primeiras, mas ainda são bem mais interessantes que as 10 primeiras do título.
Muitos podem se perguntar se vale a pena ler essas HQs, considerando o grande “reboot” que chega pelas mãos do Hickman. No geral, eu diria que para os fãs do Wolverine e do Ciclope, as 12 últimas edições são uma ótima opção para vê-los trabalhando junto, além de ser uma ótima oportunidade de rever o Ciclope estrategista e guerrilheiro.
Fiquem atentos para as grandes novidades que estão chegando para os mutantes!
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Créditos:
Texto: João Maia
Imagens: Reprodução
Edição: João Maia
Texto publicado originalmente em 22 de janeiro de 2020. Atualizado em 25 de maio de 2020.
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