Ultimato do Bacon

Death Note – O Ultimato

Em 4 de Set de 2017 4 minutos de leitura

 

Death Note
Ano: 2017 Estúdio: Netflix
Estreia: 25 de Agosto   Diretor: Adam Wingard
Duração: 100 min Elenco: Willem Dafoe, Nat Wolff, Shea Whiqham e Keith Stanfield

Sinopse: “Um jovem usa os poderes de um caderno sobrenatural para matar bandidos, mas acaba atraindo a atenção de um detetive, um demônio e uma colega.”

[tabby title=”João Pedro”]

Em primeiro lugar vamos estabelecer uma coisa: parem! Não é legal ficar fazendo ameaças de morte só porque alguém fez algo que você não gosta, isso está longe de ser “ok”.

Então vamos prosseguir e falar sobre o filme, seus acertos e erros. Sim, o filme tem alguns acertos, sendo um deles a escalação de William Dafoe como Ryuk, um dos poucos personagens decentes do filme.

Quem é fã do mangá e anime sabe como funciona a história: Ryuk está entediado, larga o seu caderno na terra onde ele é encontrado por Raito Yagami que decide usar seus poderes para eliminar criminosos e se tornar o deus do novo mundo. Neste filme acontece quase a mesma coisa.

Em alguns pontos, é possível acreditar que isso não seja uma adaptação da história que conhecemos, mas sim uma continuação: Ryuk se divertiu com os acontecimentos no Japão e então decide ver o que acontece quando deixa o caderno cair nos Estados Unidos.

Adaptações são feitas aos backgrounds dos personagens: Light Turner, ainda um rapaz brilhante (ainda que raramente demonstre) aqui perdeu a mãe para um criminoso que devido a suas conexões saiu impune, o que torna sua relação com seu pai, um policial que acredita no sistema, difícil. Misa aqui não é uma seguidora de Kira, mas sim uma colega para quem ele conta o segredo do Death Note: não existem dois Death Notes nessa adaptação, mas sim a união (de seus poderes) deles os torna Kira, a face da justiça. Quanto ao L, muito de sua personalidade foi mantida, entretanto diversas atitudes, especialmente no clímax do filme não parecem condizer com o personagem que conhecemos (problema recorrente do filme).

Falando tecnicamente sobre o filme, sem levar em consideração a obra original, ele não é um filme totalmente ruim. A história é interessante e a Netflix não poupou o gore na representação dos criminosos. Entretanto, mesmo que haja divergências entre os personagens desta adaptação e o original, teria sido mais fácil ignorá-las se os atores não entregassem um trabalho tão apático. Como mencionei anteriormente, a atuação de Dafoe é a única coisa que merece destaque (a Netflix pode muito bem mantê-lo por mais tempo em suas produções), enquanto os outros atores parecem desconfortáveis na execução de seus papeis, agindo de forma mecânica e sem entrega. Entretanto, o clímax do filme recupera um pouco do material fonte, único momento em que Light realmente demonstra toda a sua capacidade, mas aí já é tarde demais para salvar a produção.

Minha recomendação é que o filme seja visto sem preconceitos, sem esperar os créditos para anotar o nome dos atores no seu Death Note. Obviamente o teor gráfico das mortes faz com que este não seja um filme para ver com a família, mas ainda assim é um passa tempo para um momento de tédio, quando você já passou pela lista da Netflix duas vezes e ainda não escolheu o que assistir.

 

Avaliação: Bom

[tabby title=”Júlio Ribeiro”]

Quando a Netflix anunciou que faria um filme live action de Death Note, a grande maioria do público (eu, inclusive) ficou eufórico. Sendo fã tanto do mangá quanto do anime, fiquei muito contente que uma empresa que preza tanto pela qualidade de seus produtos, iria produzir um filme de Death Note e esse foi o problema.

O filme não é uma adaptação, e sim uma releitura, podemos até apontar aqui de semelhança com a obra original, apenas, alguns nomes de personagens, o caderno Death Note (óbvio) e a caracterização do Shinigami: Ryuk.

Começamos pela motivação dos personagens principais:

Light Turner (Nat Wolff) demonstra no filme apenas querer impressionar Mia Sutton, seu primeiro encontro com Ryuk, é vergonhoso e em nenhum momento ele demonstra 1% da genialidade que lhe é atribuída, suas habilidades se restringem a falsificar dever de escola para outros alunos.

Mia Sutton (Margaret Qualley) aparentemente sua motivação é apenas poder usar o caderno. Em alguns momentos do filme gostei da personagem, mas a atuação fria de Margaret lembra a de Kristen Stewart. Não consegue passar nenhum sentimento para quem está assistindo.

L (Keith Stanfield) em 80% do filme eu gostei tanto do personagem quanto da atuação, Keith consegue entregar um L genial e misterioso igual ao mangá. Sua atuação ficou muito emotiva no terceiro ato e isso me incomodou, visto que L é uma pessoa totalmente conduzida pela razão e não pela emoção, não gostei dessa mudança.

Ryuk (Willem Dafoe) visualmente está perfeito, a voz e a forma de falar são assustadores, iguais a um Deus da Morte deveria ser, Defoe é de longe a melhor coisa no filme, tudo isso desperdiçado e limitado a apenas ficar ameaçando o Light e o incitando a escrever nomes no caderno,

Death Note (sim, o caderno é um personagem) e no filme teve várias regras alteradas e outras criadas (no filme são mais de 90 regras) nesse caso, duas coisas me incomodaram bastante, primeiro, sempre entendi que depois que o nome foi escrito no caderno, não há mais volta, a pessoa irá morrer. Segundo, entendo que é possível escrever detalhes da morte da pessoa (desde que os mesmos não sejam impossíveis) mas não gostei da forma mostrada no filme, dá a entender que tudo é possível, desde que escrito no caderno.

O filme de Death Note falhou miseravelmente em vários pontos, como a discussão da pena de morte, o embate intelectual entre os dois protagonistas, a forma de proteger o caderno (visto que temos 1 episódio inteiro no anime sobre isso, inclusive com o Shinigami explicando sua importância), nas motivações dos personagens e principalmente na ambiguidade que a história original traz para o Kira, hora entendemos ele como vilão, hora como herói, tudo isso faltou nesse filme.

 


Avaliação: Ruim

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