Durante a década de 70 e 80 no Japão, o “Deus do Mangá” Osamu Tezuka trabalhou em uma de suas maiores obras.
Buda de Osamu Tezuka ganhou grande repercussão não só no Japão, mas no mundo todo e agora, é um dos lançamentos mais recentes da editora JBC aqui no Brasil, e uma grande indicação para todos os tipos de leitores, não apenas os de mangás.
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Buda de Osamu Tezuka
O mangá Buda de Osamu Tezuka já tinha sido publlicado anteriormente pela editora Conrad aqui no Brasil, em 14 edições. Agora pela JBC, teremos uma “versão BIG” em 8 edições, com sobrecapa, média de 400 páginas por edição e papel offset.
Além disso, teremos uma lombada que vai formar a imagem do crescimento de Siddartha.
A história de Buda mostra a visão de Tezuka sobre Siddartha, contando desde o seu nascimento como príncipe, até sua jornada espiritual, que consistiu em poder compreender o motivo de tanta dor e sofrimento no mundo, e para isso, a sua escolha de abrir mão de sua vida de luxo no palácio para ir ajudar o próximo.
O desenvolvimento de Siddartha nos apresenta a origem do budismo, que vai ter como intuito a busca pelo fim do sofrimento e com isso, o alcance da iluminação.
Dessa forma, a obra vai mostrar como Siddartha mostrou aos outros a busca por melhores condições de vida e também o autoconhecimento.
Além disso, outros personagens neste mangá vão retratar pontos importantes da Índia, como é o caso do sistema de castas.
Chapra, por exemplo, é um escravo (sudra, no original) e, por mais que se destaque e mostre seu valor, os pensamentos dessa sociedade fazem com que o povo não aceite que ele seja nada além de escravo.
Além dele, outro personagem com destaque é Tahta, uma criança excluída (ou pária, no original), com o poder de transferir sua alma para outros animais.
Buda de Osamu Tezuka nos apresenta diversas questões sociais dessa sociedade, atrelado à outro ponto importante desse mangá – os diálogos bem escritos e de fácil compreensão.
Quem não conhece nada sobre budismo, ou sobre Siddartha, poderá acompanhar de forma agradável esse épico dos mangás, que mostra como o “Deus dos Mangás” contou a história da pessoa mais importante do budismo com extrema qualidade e eficiência.
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Créditos:
Texto: Rafael Farias e Breno Raphael
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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