Jonathan Hickman está deixando os X-Men logo após Inferno (aguardem nossa matéria). Ao que parece, ele havia planejado um encerramento para a sua fase dos X-Men, iniciada em Dinastia e Poderes de X (leia aqui), porém, quando trouxe a bordo diversos outros autores como Tini Howard e Gerry Duggan, os planos para a linha X se expandiram e muito, fazendo com que a Marvel desejasse continuar seguindo com a história de Krakoa.
Diferente de X de Espadas (do qual não tive pena aqui), o Baile de Gala do Clube do Inferno é um evento muito mais coeso em suas partes e seus objetivos. Ainda que vejamos seus desdobramentos em 11 dos títulos mutantes correntes, cada um deles trata do evento de maneira particular aos seus personagens, não tirando o foco em nenhum momento de cada um dos membros individuais de cada uma das equipes.
Qual é a trama do Baile de Gala do Clube do Inferno
Para quem não está familiarizado, o Clube do Inferno tem sido um problema para os X-Men há décadas, seja com seu círculo interno de mutantes malignos ou de humanos que odeiam mutantes. Porém, como parte da revitalização mutante promovida por Xavier, Emma Frost transformou o Clube na Companhia de Comércio do Clube do Inferno, até mesmo trazendo Sebastian Shaw e Kate Pryde para assumirem as diversas facetas da corporação.
Muito além da revitalização de diversos inimigos como aliados, grande parte das mudanças de Hickman dependeram da modernização do papel dos mutantes na sociedade, com a criação dos medicamentos derivados da flora de Krakoa, e é com isso que a recém-criada companhia lida. Porém, isso não é o bastante para o novo status quo dos mutantes.
Quando anunciado, o evento gerou um burburinho no meio nerd conforme eram divulgadas as artes dos trajes dos personagens. Isso obviamente irritou os puritanos do facebook (aquele grupo lá) porém, os trajes eram justamente baseados em eventos como o Met Gala, onde em 2021 tivemos Lil Nas de Touro e Kim Kardashian não havia sido desbloqueada.
Mas para a tristeza dos detratores, o evento em si não tratava de moda, mas sim do próximo grande passo da espécie mutante. E que passo. Gerry Duggan não nomeou o especial do evento como “Planet Size” atoa.
Falando brevemente e sem spoilers, como eu já mencionei, cada edição mostra um pouco de como cada equipe mutante lida com o evento, sem necessariamente deixar de lado suas tramas individuais, como por exemplo, as ameaças enfrentadas pela X-Force (e os segredos perigosos escondidos pelo Fera).
Isso funciona muito bem, uma vez que diferente de X de Espadas, não há realmente uma pausa entre as histórias, porém temos uma chance de observar mais a fundo algumas tramas mais políticas da nova nação, especialmente com relação aos desdobramentos da recém lançada X-Corp e os desafios enfrentados pela nova Excalibur.
Ainda que sim, o evento seja um baile, ele não é nem de longe apenas uma festa, mas sim uma revelação bombástica. Eu sei que “revelações bombásticas” são o mote de praticamente todas as mega sagas da Marvel, porém aqui as portas são escancaradas para algo que pode ser uma das melhores decisões editoriais se bem exploradas. E considerando por exemplo que temos Al Ewing em ESPADA, eu diria que podemos dar um voto de confiança.
Além disso, durante o evento temos a revelação da nova equipe dos X-Men. A Marvel inclusive chegou a liberar uma votação online para escolher o último membro. Depois de X de Espadas, Ciclope deixou claro sua intenção de trazer de volta os X-Men. Ainda que tivéssemos um título com esse nome, ele era mais focado na construção de algumas tramas por Jonathan Hickman, porém agora temos efetivamente a versão heroica dos X-Men de volta.
Para quem tem acompanhado a nova etapa dos mutantes até agora (quem não desistiu de desanimo com X de Espadas) com certeza vai ser recompensado com o arrojo demonstrado pela equipe X no Baile de Gala do Clube do Inferno, e recuperar o ânimo para todas as promessas do que está por vir.
Não deixe de conferir também nossa lista com os Maiores Vilões dos X-Men clicando aqui!
Avaliação: Bom!.
Créditos:
Texto: João Pedro Maia
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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