Ultimato do Bacon

Zagor Contos de Darkwood 2 – O Ultimato

Em 18 de Mar de 2022 3 minutos de leitura
Zagor Contos de Darkwood 2 (1)

Salve, HQ maníacos! Traremos aqui mais um título Bonelli, pra fechar os trabalhos da série de seis volumes italianos compilados no Brasil em duas edições especiais mensais. Zagor Contos de Darkwood 2 foi lançado originalmente em três volumes de 64 páginas cada, na Itália, em 28/08, 29/09 e 30/10 de 2020, consecutivamente, e compilados aqui no Brasil pela Editora Mythos com publicação em dezembro de 2021, numa edição de 196 páginas, com roteiro de Moreno Burattini e desenhos de Massimo Pesce, Franco Saudelle e a terceira edição a seis mãos, com Lola Airaghi, Giovanni Freghieri e Giovanni Talami, devido a problemas pessoais de Lola Airaghi.

Desse modo, terminamos a resenha das duas edições sendo a primeira, no mesmo formato, cuja resenha foi previamente publicada. Leia a review de Zagor Contos de Darkwood 1 aqui!

Burattini continua sucinto e nos leva direto ao ponto nas histórias curtas (60 páginas) que integram esses dois lançamentos. Vale registrar que as histórias de Zagor são originalmente publicadas em edições de 96 páginas mensais onde, por muitas vezes, possui arcos que se estendem em duas ou mais edições. Ressaltemos ainda que os Contos de Darkwood foram idealizados em comemoração aos 60 anos de Zagor, completos em junho de 2021.

Zagor Contos de Darkwood 2 (3)

Abordemos, então, a obra em resenha. Em Zagor Contos de Darkwood 2, trataremos de mais três histórias curtas onde nosso misterioso personagem continua seu relato, de duas breves horas diárias ao pesquisador, o Sr. Roger Hodgson, onde conta casos menos importantes, por assim dizer, do “Espírito da Machadinha (Za-gor-te-nay em dialeto dos índios algonquinos)ou simplesmente Zagor (deve-se pronunciar Zágor, como preconiza o autor da obra, Guido Nolitta).

Como vimos na resenha do primeiro volume, nosso interlocutor preserva-se na penumbra de uma sala totalmente fechada e vedada para que a claridade não penetre, devido a uma recomendação médica acerca de um problema nos olhos.

No primeiro conto, Alvo Humano, Burattini narra outro encontro de Zagor com uma loira fatal que nosso protagonista já conhecia de tempos idos. O roteiro se desenrola de pronto, revelando-nos de cara um inescrupuloso canalha rico que se utiliza de meios escusos para ganhar cada vez mais dinheiro e terras nas cercanias da região. Por meio de traços magníficos, Pesce Massimo nos concede bela narrativa visual adaptando o roteiro acachapante de Moreno Burattini com um final inesperado, digno das melhores publicações da Editora Bonelli.

Logo após temos: Rancho Harbour, onde Massimo Burattini nos brinda com uma história totalmente surpreendente para o universo de Zagor. Abordando um tema deveras melindroso, principalmente na época em que o “Rei” de Darkwood foi criado (1969), o autor nos insere na contemporaneidade e nos remete aos tempos atuais, onde a intolerância é inadmitida e os preconceitos devem ser banidos, afinal de contas Zagor sempre socorre a quem necessita de sua intervenção sem ver a quem e nem tentar tirar vantagem financeira de qualquer situação.

O tema trata de um fazendeiro rico, de meia idade, que tem esposa e um casal de filhos gêmeos. Esse senhor a tudo governa com mão de ferro, fazendo-se valer, à força, de suas crenças e convicções. Mais uma vez nosso Chico é inserido, adjacentemente na trama.

O conto nos empresta o desenhista de Dylan Dog, Saudelli Franco, que, com sua bela identidade visual, nos enche os olhos. Trazendo desenhos cheios de movimento e expressões faciais estonteantes, o roteiro visceral do autor é emoldurado bravamente pela fotografia lindíssima de Saudelle. Após mais esse pequeno conto, nosso narrador enigmático surpreendentemente é revelado.

Zagor Contos de Darkwood 2 (2)

No terceiro conto desta edição (sexto e último da série) Burattini narra Flor da Noite. Logo no prólogo da história, o  protagonista é, enfim, identificado e mais um (derradeiro?) conto tem sua narrativa iniciada ao pesquisador de Zagor, o distinto Sr. Hodgson. Aqui, o roteiro se desenrola nos remetendo à aventura de uma jovem índia que deixa sua aldeia ao encontro de uma caravana de brancos para tentar salvar seu bebê.

Quando a pele vermelha cruza com os brancos, uma série de fatos ocorre de maneira rápida, mudando o rumo da história por diversas vezes e se afunilando para revelar um fato inesperado ao final da trama, cujo final mostra-se totalmente inesperado. Moreno Burattini escreve e os desenhos de Giovanni Freghieri (prólogo) e Airaghi / Talami emolduram a história brilhantemente.

Assim, nossa segunda série de três contos cada é finalizada a contento. Como em todo bom roteiro que se preza, o autor fecha o arco de contos deixando uma pontinha de esperança para que nós, leitores, torçamos pela continuação, mesmo que esporadicamente, deste tipo de narrativa.

Considero a obra muito satisfatória e aproveito para indicá-la a leitores iniciantes que por ventura ainda não conhecem Za-gor-te-nay, o Espírito da Machadinha. Se você está incluído nesse contexto pode, tranquilamente, lançar mão dessas duas edições para ter os primeiros contatos com os Pântanos de Darkwood e seus protagonistas. Garanto-lhes que vale a leitura. Então, o que esperam? AAHHYAAKK!!!

Saudações quadrinísticas e baconianas!!!

Ultimato do Bacon

Avaliação: Ótimo!.

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Zagor Contos de Darkwood 2 (4)


Créditos:
Texto: Fábio Monken 
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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