Ultimato do Bacon

Venom Tempo de Carnificina – O Ultimato

Em 2 de Out de 2021 4 minutos de leitura
Venom Tempo de Carnificina

Venom Tempo de Carnificina estreia na próxima semana – saiba o que esperar do pior filme de super-heróis desde Spawn: O Soldado do Inferno de 1997.

Nota importante: sim, existe uma cena pós-créditos. Não, este texto não terá spoilers do filme nem da cena. E, por último, sim, a cena é péssima e vale apenas pelo hype que está sendo criado em torno dela, dado seu significado. É como encontrar um pedaço de papel provando que Elvis não está morto. É só um pedaço idiota de papel. Mas que significa muito.

Índice

Venom Tempo de Carnificina – geral

Venom Tempo de Carnificina é um filme do qual eu guardava nenhuma expectativa. Antes de falar propriamente dele, vale lembrar que minha nota para a primeira incursão da Sony neste universo foi de 4 bacons no filme de 2018.

Não que o primeiro filme seja uma obra de arte, longe disso. Mas segui o padrão de avaliação do site, em que todo material começa com 5 bacons e vai tendo quantidades somadas e subtraídas por seus acertos e erros.

E Venom (2018) é um filme OK. Não tem nada de grandioso, mas não tem grandes pecados além de ser um filme extremamente banal. No entanto, entre 2018 e 2021, além da pandemia, rolou algo chamado Disney+.

A qualidade impressa pela Marvel para séries que foram direto pra plataforma, como WandaVision, Falcão e o Soldado Invernal, Loki e outras tantas, fizeram com que longa-metragens mais banais como Viúva Negra e Shang-Shi e a Lenda dos Dez Anéis perdessem o brilho.

E assim começamos a falar de Venom Tempo de Carnificina. Se estivéssemos em 2018, logo na sequência do primeiro filme, ainda assim, o segundo seria uma continuação fraca. Tom Hardy e Woody Harrelson estão ótimos no filme, mas tirando isso, nada mais empolga.

A trama segue pelo caminho do “casal” Venom-Brock, elevando o tom de comédia romântica insinuado pelo primeiro filme. O triângulo amoroso de Venom, Brock (imposto sobre) Anne fica ainda mais explícito no terceiro ato do longa que, tirando o clímax dos 20 minutos finais, em nada lembra um filme do gênero “super-herói”.

Nada contra as “rom-coms”, mas cito pelo menos vinte filmes do gênero melhores que “Venom 2”, sem grande esforço – qualquer um com a Meg Ryan; qualquer um com a Sandra Bullock; qualquer um com o Matthew McConaughey e por aí vai.

Venom Tempo de Carnificina – direção e trama

Olhando pelo lado mais técnico, a direção de Andy Serkis é absolutamente burocrática. Novamente, sou grande fã do cara. Mas como diretor ele tem se mostrado um incrível ator, especialmente em filmes com captura de movimento.

O roteiro de Kelly Marcel sobre um argumento de Tom Hardy dá a profunda noção do quanto ambos não fazem ideia de quem seja Venom nas HQs – muito embora nomes como Peter Milligan, Todd McFarlane, Cullen Bunn e Donny Cates figurem nos agradecimentos finais –, tornando a dupla principal num par cômico-romântico, com um timming de estudantes de teatro.

Ainda que se comparem a Dom Quixote e Sancho Pança em um determinado momento e Tom Hardy insista em seguir a linha de Abbott e Costello, o monstrinho digital cheio de dentes não entrega e o desempenho é sofrível.

Mas estamos falando de Venom Tempo de Carnificina, certo? Cadê Cletus Kassady e o Carnificina nisso tudo?

Essa é a parte mais decepcionante. Boa parte do tempo de tela de Cletus e Frances é para o desenvolvimento e explicação dos personagens, numa construção meio atabalhoada e que parece evocar, em muitos momentos, outro filme com Woody, Assassinos por Natureza de 1994 – só que de forma tosca, acelerada e sem empolgar.

No entanto, depois que Carnificina surge, os trambolhões são ainda mais intensos, com mudanças repentinas de motivações e objetivos. Sem dar grandes spoilers, note como Shriek, do absoluto nada, decide que a dupla foi longe demais, criando ruído entre Cletus e Carnificina no terço final do longa.

Venom Tempo de Carnificina – outros pecados

Venom Tempo de Carnificina ainda incorre em mais alguns pecados no roteiro e o fato da briga entre simbiontes ser algo que já vimos – de maneira mais interessante, acrescente-se – no primeiro filme, é só mais um deles.

Por fim, a trilha sonora genérica, que não incomodava em 2018, me fez lembrar que eu estava na rua em plena pandemia por algo que é inferior a muitos dos conteúdos que recebo em casa pela HBO Max, Disney+ e outros serviços de streaming. Uma sensação indescritível de impotência frente ao tempo perdido.

E a cereja do bolo, pra usar uma fala do filme, é a música Venom que abre os créditos – que já era péssima na versão original de Eminem – volta em versão remix por Little Simz, pra assombrar os espectadores. Fato é que Prince pode descansar em paz, certo de que sua Batdance para o Batman de 1989 não é a música mais vergonhosa da história do cinema – por incrível que pareça.

A salvação para Venom Tempo de Carnificina seria o filme ser uma série da CW, daquelas direcionadas ao público teen – ao estilo de The Flash e Supergirl atualmente. Infelizmente, para o cinema, faltou muito.

Venom Tempo de Carnificina – cena pós créditos

E não… não vale aguentar tudo isso só pela cena pós-créditos. Principalmente porque, pra quem segue Tom Hardy nas redes sociais, a mensagem que a cena traz já havia sido revelada.

Avaliação: Péssimo!


Créditos:
Texto e Edição: Alexandre Baptista
Imagens: Reprodução
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