Ultimato do Bacon

Thor: Ragnarok – O Ultimato

Em 24 de Abr de 2019 8 minutos de leitura
Thor: Ragnarok
Ano: 2017 Distribuição: Disney / Buena Vista
Estreia: 26 de Outubro  

Diretor: Taika Waititi 

Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle, Christopher L. Yost

Duração: 136 min Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Tessa Thompson

Sinopse: “Thor está preso do outro lado do universo. Ele precisa correr contra o tempo para voltar a Asgard e parar Ragnarok e a destruição de seu mundo e o fim da civilização asgardiana, que está nas mãos de uma nova ameaça todo-poderosa, a implacável Hela.

 

 

[tabby title=”Diego Brisse”]

Esse certamente é o filme mais honesto da Marvel/Disney! Desde o primeiro trailer foi prometido um filme de comédia no estilo de Guardiões da Galáxia e foi exatamente isso o entregue. Admitir que provavelmente jamais vejamos um filme do Thor Viking das Hqs ou até mesmo no estilo do fabuloso Jason Aaron nas telas, dói na alma! Mas temos que aceitar que o público alvo não somos nós, leitores antigos. A partir do momento que aceitamos essa realidade, passamos a aceitar melhor adaptações como essa.

Thor Ragnarok é uma comédia tão escrachada quanto Guardiões da Galáxia, ou até mais! Os poucos tons de seriedade do filme são rapidamente convertidos em piadas. Chris Hemsworth nunca pareceu tão a vontade no papel como aqui, logo no início temos Thor manejando Mjolnir de uma maneira nunca explorada antes! Foi fantástico!!! As participações especias ficaram muito bem coordenadas, dando um grande destaque para a qualidade na direção do filme. Vale ressaltar que temos aqui alguns dos melhores cameos do cinema! 

A vilã, Hela é sensacional e apesar de motivações e origens um tanto quanto corridas e até meio dificeís de aceitar, casa perfeitamente com a proposta do filme. Sem contar que Cate Blanchet está espetacular. 

A trama em si funciona como parte do universo marvel e faz uma ligação interessante com o passado e o futuro, mas sem tirar o foco do filme. A personagem de Tessa Thompson tem seu destaque merecido, uma personagem feminina bad ass no melhor do estilo. 

Apesar de ser uma comédia assumida, existem acontecimentos que vão interferir no futuro do personagem de maneira intensa. Infelizmente a própria Marvel estragou diversas surpresas liberando cenas e trailers com uma infinita quantidade de spoilers, o que estraga muito a experiência. Mesmo assim uma ou duas coisas vão surpreender. 

O visual e o tom geral do filme me lembrou muito do Quinto Elemento, as referências ao trabalho de Jack Kirby são muito bem impressas. Temos uma quantidade infinita de easter eggs e referências. As inspirações relacionadas ao arco Planeta Hulk foram bem colocadas, mas é triste ver uma fase tão bacana dispensada. 

Thor Ragnarok é filme de super herói para uma geração nova, dispensa e debocha da velha guarda e isso pode incomodar os mais radicais. Para quem quer ver o Thor das Hqs impresso na tela do cinema, será motivo de ódio, mas para quem já aceitou que a Disney jamais terá condições de fazer algo assim, será uma ótima experiência. 

 

Avaliação: Ótimo

[tabby title=”Júlio Ribeiro”]

Tive que esperar um certo tempo para escrever sobre o terceiro filme solo do Thor. Pensei bastante sobre o filme, tentei recapitular várias e várias coisas que não havia gostado em um primeiro momento e analisado com calma ponto a ponto do filme para não cometer nenhuma injustiça nesse review.

Tenho a consciência que o Thor que conheço dos quadrinhos atuais, principalmente da fase do Jason Aaron, não será adaptado fielmente nessa fase atual do Universo Cinematográfico Marvel. De certa forma até tentaram adaptar o viking nos dois primeiros filmes e ambos são simplesmente esquecíveis.

Thor: Ragnarok traz um novo conceito para o herói, mais colorido, mais leve, engraçado, não se levando tão a sério. Para argumentar e explicar meu ponto de vista sobre o filme, essa review irá conter alguns spoilers do filme (se ainda não assistiu, volta depois, para não estragar sua experiência).

Todos os trailers foram honestos, venderam o filme (demais, diga-se) como uma comédia e eu fui ao cinema preparado para isso, mas o que encontrei foi uma mão pesada e muitas vezes a comédia acabou virando um besteirol e é justamente aí que eu comecei a ficar incomodado.

Acredito que independente da piada, o segredo para seu sucesso é o “time”, fico muito incomodado quando uma piada entra no meio de uma cena dramática ou durante uma cena de ação, quebrando seu clima e prejudicando seu objetivo. Em Thor: Ragnarok isso acontece inúmeras vezes, temos um pouco de tudo, piadas com alcoolismo, ânus, esperma e uma “incrível” piada, enquanto um mundo está sendo destruído na frente de todos os seus habitantes.

Além disso o gancho final de Thor: O Mundo Sombrio (quando o filme acaba com Loki sentado no trono de Asgard no lugar de Odin) é praticamente deixado de lado, não há nenhuma explicação sobre como isso aconteceu, como Odin deixou acontecer ou até mesmo o porquê (na verdade achei essa parte, um pouco confusa, pois algumas imagens do set de gravação, mostravam Odin vivendo como mendigo em Nova York, inclusive, Hela quebra o Mjölnir na cidade em alguns trailers, o que acaba justificando também a participação do Doutor Estranho, mas tudo isso foi cortado no filme) me passou a impressão que os 2 minutos usados para resolver esse gancho, foi algo que o diretor foi obrigado a colocar no filme. A participação do Doutor Estranho é boa, mas se tornou gratuita e dispensável.

A transição de cenas do filme não me agradou também, em certo ponto do filme, temos praticamente 3 núcleos se alternando a cada 3 minutos e um não tem praticamente relação com o outro, temos que acompanhar Thor em Sakaar, Heimdall em Asgard salvando civis e por último Hela, totalmente isolada do restante do elenco, na sala do trono dando aula de história para o Executor. Hela, que por sinal é a melhor vilã de todo o UCM, não que isso fosse uma tarefa muito difícil, já que a Marvel está ficando muito boa e construir péssimos vilões.

É óbvio que Thor: Ragnarok não me agradou o quanto eu esperava, mesmo assim o filme é extremamente divertido, não é cansativo e traz vários elementos que estavam faltando nas histórias do Deus do Trovão, como por exemplo as Valquírias de Asgard e um pouco mais sobre os 9 Reinos. Aparentemente muita coisa da fase de Jason Aaron vem por aí (visualmente, pelo menos) e isso me agrada muito. O terceiro filme solo do Thor é também o melhor da trilogia, o que não é nenhum elogio.

Deixo aqui um puxão de orelha para a Marvel/Disney por mais uma vez mostrar demais nos trailers, já imaginaram como seria ver o Mjölnir quebrando no cinema? Já imaginaram a surpresa em ver que o Hulk era o campeão que o Grão-Mestre tanto falava? Já imaginaram como seria ver o Thor finalmente se mostrando como o Deus do Trovão? Pois é…

 

Avaliação: Bom

[tabby title=”João Pedro”]

Gostaria de poder dizer que Thor Ragnarok foi uma verdadeira surpresa, entretanto, qualquer um que tenha visto os trailers sabe que “surpresa” não é algo que possa ser usado com os lançamentos mais recentes da Marvel. Ainda que algumas coisas tenham ocorrido de uma forma que eu não imaginava, o elemento da surpresa estava totalmente perdido.

Continuando de onde o Mundo Sombrio e Era de Ultron terminaram, temos Thor viajando pelo cosmos em busca de impedir as visões sobre o fim de Asgard (o lendário Ragnarok). Essa busca o leva a um confronto direto com Loki, e então ambos partem em busca de Odin, que este havia exilado.

A participação do Doutor Estranho é breve e não serve quase a nenhum grande propósito no filme do Thor em si, mas pode servir para demonstrar a posição de Strange para os filmes que estão por vir.

Anthony Hopkins entrega mais uma atuação incrível como Odin, palmas também para sua performance de Loki/Odin. E falando em atuações incríveis, é na terra que os irmãos são confrontados por Hela, a deusa da morte, peça fundamental da história de Asgard, selada há milênios.

Ainda que a ameaça geral representada por Hela se estenda por todos os nove reinos, a batalha por Asgard toma conta de todo o filme, tornando as motivações da vilã muito mais pessoais e sem a necessidade de nenhum “raio azul da morte”.

O arco em Sakaar segue paralelamente aos acontecimentos em Asgard. Ainda que não vejamos uma grande evolução no personagem de Thor, que parece alternar entre momentos de sabedoria e escolhas não tão sábias, Hulk finalmente tem algum destaque, além de apenas uma máquina de esmagar. Nenhum dos outros filmes se preocupou em mostrar uma evolução do Hulk: ainda que Era de Ultron mostre sua capacidade de focar um pouco melhor, apenas aqui vemos verdadeiramente um Hulk desenvolvendo uma psique racional, ainda que esteja muito abaixo da mente tática que ele demonstra nos quadrinhos do Planeta Hulk.

O tom do filme melhorou imensamente. Ao abraçar a comédia, o filme pode tirar proveito total da situação (ainda que em algumas vezes o humor ultrapasse o limite Marvel e beire a linha Transformers). Mesmo com o tom mais cômico, nada impede que o filme tenha pontos sérios, de forma que ainda assim Hela é uma vilã infinitamente superior ao Malekith do Mundo Sombrio, com seu tom falsamente sério.

O filme é muito divertido e o visual extravagante nos remete às HQs de Jack Kirby, garantindo uma boa diversão. No fim das contas, podemos resumir o filme emprestando algo que Thor diz para Loki: “você poderia ser muito mais”.

 

Avaliação: Ótimo

[tabby title=”Breno Raphael”]

Em primeiro lugar, Thor Ragnarok é assumidamente um filme de comédia. Desde a escalação do diretor Taika Waititi  (que vem dos excelentes “O que fazemos nas sombras” e “Hunt for the Wilderpeople) que a Marvel Studios deixou claro que esse seria o tom que queria pro seu personagem, após o indeciso Thor: Mundo Sombrio.  E, por se assumir comédia que Thor Ragnarok ficou tão bom. 

O visual do filme é incrível, com cores fortes e vibrantes na tela e figurinos exagerados, que casam perfeitamente com a trilha sonora. A melodia se encaixa em toda a atmosfera do filme que foi criada. O CGI é da melhor qualidade e a captura de movimento do Hulk está cada vez melhor. As batalhas são bem realizadas e empolgantes, principalmente pelos novos poderes e pelos novos personagens em ação.

Chris Hemsworth entrega sua melhor atuação no personagem. O fato dele ser um bom ator de comédia (como visto em Caça Fantasmas) favoreceu as cenas hilárias, porém quando foi pra ser imponente, ele também o fez bem. Cate Blanchett faz a vilã mais poderosa até agora dos filmes da Marvel com maestria. A forma como ela se movimenta, fala e olha é uma aula de atuação. O Hulk (Mark Ruffalo) está engraçado, tem boas cenas de luta, e parece começar um novo arco nesse filme, que pode ser explorado no futuro. Loki (Tom Hiddleston) continua sendo o Loki. Imprevisível e sendo um bom alivio cômico, com um humor diferente dos outros personagens.

No meio da comedia, Thor Ragnarok ainda entrega o Fan Service para o “espectador mais hardcore”. O filme aproveita para referenciar momentos da fase do Walt Simonson e do Jack Kirby, além de esclarecer algumas dúvidas deixadas pelos filmes anteriores.

Infelizmente, na parte de montagem o filme é confuso, fazendo cortes bruscos de uma cena para outra que não tem tanto sentido. Além disso, na parte que precisava-se de um drama, o filme não entrega com perfeição, muito pelo seu diretor que não conseguiu um “time” tão bom quanto foi na parte engraçada e muito pelo tom e roteiro da história, que não se aguenta e coloca piadinhas em pontos que não eram necessários.

Thor Ragnarok, com certeza, é o melhor filme do Thor. É uma comédia que respeita e reverencia suas obras originais e que consegue divertir se você não achar que o único Thor que pode existir é o viking das historias nórdicas.

 

Avaliação: Ótimo

 

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

Thor: Ragnarok – Um dos melhores filmes que a Disney já fez!

Marvel refina e abraça de vez a nova fórmula iniciada em Guardiões da Galáxia

por Alexandre Baptista

 

Preciso confessar, estou um pouco enferrujado em fazer críticas sem spoilers. Mas juro pra vocês, não vou dar nenhum aqui. Nem mesmo os spoilers que já estão no trailer (porque tem gente que evitou o trailer justamente por isso). Então pode ler tranquila e tranquilo, não vou falar do filme. Vou falar do que achei do filme. E sério, dou 5 bacons.

Thor: Ragnarok é um dos grandes filmes da Disney. Entra na tradição de filmes família, liberado para todas as idades. Comparado com os outros do ano, ficou atrás do clássico A Bela e a Fera, mas isso já era de se esperar.

É um filme leve, aventuresco, regado ao humor físico e textual. Tem um visual incrível e os atores compraram a ideia. Dirigido de forma eficaz e eficiente, entrega o que promete. Um ótimo filme pipoca para a molecada mais nova e que agrada pais e mães, tios e tias. Eu, nessa leva, me encaixo como o tiozão, que queria ver o Carniceiro dos Deuses, o Indigno em tela, mas que já sabia que viria um filme da Disney. Thor: Ragnarok é tudo aquilo que a Disney queria que Tomorrowland tivesse sido e não foi.

Na corrida do Marvel Studios por uma nova fórmula, que desse sangue novo nos filmes da Fase 3, acho que foi de bom tamanho. Espero que não seja para todos os próximos, mas estou satisfeito com esse resultado. Thor dos quadrinhos? Talvez quando a Disney abrir mão da Marvel ou quando o Marvel Studios decidir acabar com o universo compatilhado. Por enquanto o jeito é comprar a pipoca e aceitar.

 

Avaliação: Excelente! 

 

[tabbyending]

 

Trailer:

 

Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame) estreia em 26 de abril. Para conferir os outros 21 filmes do MCU antes disso, basta assistir um por dia! A ordem cronológica, sugerida pelos irmãos Russo (diretores do longa) já está aqui, no nosso GUIA DEFINITIVO MCU – SAGA DO INFINITO!

 

*Postado originalmente em 26 de outubro de 2017.

 

 


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