Conheça um dos maiores desafios do Deus do Trovão nas HQs de Jason Aaron em Thor O Carniceiro dos Deuses e Thor Bomba Divina
Thor – O Carniceiro dos Deuses e Bomba Divina | |
Ano: 2016 | Distribuição: Panini Comics |
Lançamento: Fevereiro de 2016 | Autor: Jason Aaron |
Páginas: 136 | Artistas: Esad Ribic; Butch Guice |
Sinopse: “Por todas as eras, deuses estão desaparecendo, seus adoradores mortais deixados no caos. A única esperança desses mundos arruinados é que Thor desvende o sinistro mistério do Carniceiro dos Deuses! No passado distante, o Deus do Trovão descobre uma caverna esquecida que ressoa com os gritos de deuses torturados – e fica chocado em se descobrir entre eles! No presente, Thor segue a trilha sangrenta de deuses assassinados nas profundezas do espaço. E milhares de anos no futuro, o último deus-rei de uma Asgard arruinada trava sua derradeira batalha contra as legiões enlouquecidas do Carniceiro dos Deuses. Enquanto três Thors de três eras correm para deter o Carniceiro, a extensão total de seu terrível esquema assume uma forma aterrorizante!”
[tabby title=”Lucas Souza”]
Jason Aaron é – sem dúvida – um dos grandes escritores de HQ´s que temos em atividade. Seu trabalho em Escalpo na Vertigo é sensacional. Tendo visto sua narrativa – onde ele mantém o nível alto em 60 edições – esperava um Thor a altura. E posso dizer (sorridente) que não me decepcionei.
O Thor (da Marvel) nunca fui um dos meus personagens favoritos. Tem boas fases e histórias como a de Walt Simon, Vikings por Garth Ennis, Ragnarok de 2004, Renascer dos Deuses e outros. O fato é que poucas vezes consegui conectar a lenda do Thor – Deus dos Vikings – com o Thor da Marvel Comics. Ele, muitas vezes, me soa como sendo mais suavizado e como se tivesse perdido parte da sua identidade. Até ler o primeiro arco de Jason Aaron.
Intitulado Thor O Carniceiro dos Deuses, ele foi publicado originalmente em Thor : God of Thunder de 1 a 11 e republicado no Brasil pela Panini em dois encadernados: Thor O Carniceiro dos Deuses e Thor Bomba Divina. Aqui temos – de fato – o Thor Viking. É Beberrão, adora uma boa peleja, corteja mulheres, é fanfarrão e não leva desaforo pra casa. Além de trabalhar a personalidade mais “viking” e impulsiva de Thor, Aaron ainda nos brinda com uma história que envolve o Deus do Trovão em três épocas diferentes da sua vida. O roteiro é surpreendente. Os desenhos de Esad Ribic deixam a história ainda mais bonita e complementam a narrativa épica.
A Trama épica de Thor O Carniceiro dos Deuses e Bomba Divina de Jason Aaron
A premissa dos encadernados Thor O Carniceiro dos Deuses e Bomba Divina é simples: Deuses estão desaparecendo e morrendo nas mãos de um vilão que Thor – em sua juventude – achou que havia eliminado. A aparente simplicidade da premissa não faz jus a história desencadeada. Cada edição prende e te faz ansiar pela próxima. Imagino a “tortura” sofrida por quem leu essas edições em mensais e não em Encadernados.
Além de escrever uma bela história de Thor, Aaron ainda consegue construir um vilão de respeito. O Carniceiro dos Deuses é completamente identificável e seus motivos são palpáveis. Nada de vilão vazio com motivação/visual bobo. A construção é perfeita e – se você não for um super fã do Thor – pode se pegar torcendo para o vilão em alguns momentos (Acho que até o Thor fez isso em algumas passagens…). A construção do vilão – com destaque para a edição 06 que abre o encadernado “Bomba Divina” – é sensacional. O cuidado de nos fazer entender o passado do carniceiro faz total diferença no saldo final. Nada de vilão genérico!
O primeiro ato de Aaron com o personagem em Thor O Carniceiro dos Deuses e Bomba Divina só peca no final: Ele vem construindo sua narrativa de forma cuidadosa e sem se apressar (algo comum em HQ´s mensais) mas no final – em especial na edição 11 que fecha o segundo encadernado – acaba correndo um pouco com os acontecimentos – o que tira o peso dramático nas passagens finais. Não é que o final seja ruim ou “estrague” o arco, muito pelo contrário, mas ele destoa do ritmo do restante das edições e fica aquele gostinho de que o encerramento poderia ter sido melhor.
Esad Ribic e Jason Aaron parecem ter sido feitos para escrever Thor. Saiba mais sobre o arco Guerra dos Reinos que saiu em 2020 no Brasil!
Avaliação: Ótimo!
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Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Alexandre Baptista
Texto publicado originalmente em 06 de março de 2018. Atualizado em 14 de maio de 2020.
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