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Terra X (1999) – Baú de HQs

Em 21 de Jul de 2020 3 minutos de leitura
conheça o universo da terra x

Terra X (Earth X) foi idealizada por Alex Ross depois que ele concluiu Reino do Amanhã para a DC Comics. Ross imaginou como seria um futuro semelhante para os heróis da Marvel e a partir de suas anotações Jim Krueger escreveu a saga, que contou com a arte de John Paul Leon. As 12 edições mais os especiais 0 e X foram publicados num encadernado aqui pela Panini num encadernado de 476 páginas.

Sinopse: “Grandiosos épicos não costumam surgir com frequência. Histórias que ampliam os horizontes e obrigam o leitor a pensar. Histórias tão poderosas em suas mensagens e tão extraordinárias em suas escalas, que os critérios pelos quais tais contos são normalmente julgados são completamente reformulados. Idealizada pelo consagrado ilustrador Alex Ross, Terra X é assim.

Junto do roteirista Jim Krueger e do artista John Paul Leon, Ross traz novo fôlego e acrescenta espetaculares novos detalhes a cada faceta da mitologia dos heróis e vilões da Casa das Ideias. A obra explora todo o Universo Marvel, de suas raízes em seu humilde surgimento, até o ápice de seu fabuloso potencial. Em um futuro alternativo distópico e inquietante, praticamente todos os habitantes da Terra desenvolveram habilidades sobre-humanas. Resta saber como esse novo status quo afeta os antigos heróis e a vida em todo o planeta. ​”

Já falamos sobre Reino do Amanhã (leia aqui), história desenvolvida por Alex Ross para contar o “final” do Universo DC. Depois do lançamento desta saga, Ross foi questionado sobre como ele imaginaria o final do Universo Marvel, dando origem ao que viria a ser conhecido como Terra X, este clássico que divide opiniões. Originalmente imaginada como o futuro do próprio universo 616, essa história foi eventualmente realocada para a Terra-9997​

Conheça a Terra X

Anos à frente no futuro dos personagens Marvel, a terra foi transformada, sendo povoada inteiramente por indivíduos com poderes. Uatu, o Vigia, está cego devido a um ataque. Para cumprir a missão de observar a história terrestre, ele então recruta o Homem-Máquina, X-51 ou Aaron Stack.

Uatu cego escolhe X-51 como seu substituto para observar o desdobramento dos eventos em Terra X

Durante o treinamento de X-51 e através de seus embates filosóficos com Uatu, vamos desvendando o Universo Marvel desde seus primórdios, e qual o papel dos Celestiais em tudo isso. Aos poucos, X-51 narra para Uatu os acontecimentos presentes, nos mostrando como estão personagens como Steve Rogers, Reed Richards, Peter Parker no presente da Terra X.

X-51 narra diversas tramas paralelas ao longo das 14 edições que compõe a trama, até o momento em que elas começam a se interligar. Muito mais que o conflito físico enfrentado pelos personagens, o que verdadeiramente marca a trama são os diversos conflitos ideológicos apresentados. Entre os dilemas encontrados, o Capitão América se vê confrontado com a possibilidade da derrota diante do avanço das forças de um jovem conhecido como Caveira, que busca colocar o mundo inteiro sob seu controle mental. Reed Richards agora é um homem isolado consumido pela culpa. Mas o verdadeiro ponto central da trama é o combate ideológico entre o antigo e o atual vigia.

Sendo uma máquina programada para viver entre os humanos, X-51 se recusa a abandonar a própria humanidade enquanto Uatu tenta convence-lo de que esta não vale a pena. Conforme o treinamento prossegue, descobrimos verdades ocultas que ameaçam todo o universo, ao mesmo tempo que o vigia anterior revela sua verdadeira natureza. Entre debates sobre a natureza humana e seu propósito, seja ele natural ou determinado, é através dos diferentes pontos de vistas entre eles que a história se desenrola, até seu clímax.

A série conta com duas sequencias, Universo X e Paraiso X, sendo que esta última é uma das mais criticadas da trilogia, ao ponto de que não chegou a ter um final propriamente dito. Considerando sua “antecessora” Reino do Amanhã e o fato de que existem continuações a serem consideradas, o final desta saga é um pouco menos promissor do que aqueles com os quais estamos acostumados, deixando uma sensação de que o dia foi salvo, mas algo foi perdido pelo caminho, além de deixar algumas pontas soltas para uma resolução futura.

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Créditos:
Texto: João Maia
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
Matéria publicada originalmente em 23 de novembro de 2017. Atualizada em 21 de julho de 2020.

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