Se você busca uma história de faroeste com um personagem forte e uma trama fora do comum, a HQ Rio O Filho do Pistoleiro de Doug Wildey é uma ótima pedida! A trama acompanha o ex-pistoleiro criado por Doug Wildey assumindo o posto de xerife em uma cidadezinha no interior dos EUA. O problema é que o sequestro de uma criança traz à tona segredos que colocam em risco a segurança de toda a cidade.
Rio O Filho do Pistoleiro de Doug Wildey foi publicado no Brasil em “Graphic Globo” #5 em 1990. A história é colorida e possui mais de 65 páginas que contam toda essa trama.
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O sequestro de uma criança é o motor da trama da HQ Rio O Filho do Pistoleiro de Doug Wildey
Quem é o personagem Rio de Doug Wildey?
Antes de falarmos sobre a trama publicada no Brasil, é importante contextualizarmos quem é o personagem de Doug Wildey. Criado em 1983, Rio é um ex-pistoleiro que encontra redenção e passa a atuar do lado certo da lei como agente especial do presidente Ulysses S. Grant.
As missões de Rio envolvem, normalmente, situações recheadas de “tons de cinza” onde o certo e o errado podem se mesclar. Ao contrário de grandes nomes do faroeste, como Tex Willer, Rio não é infalível e muitas vezes toma decisões que podemos considerar erradas.
Ao todo Rio teve 8 histórias que foram originalmente publicadas na revista Eclipse Monthly e apenas uma dessas tramas foi publicada no Brasil (justamente a que iremos abordar abaixo). Em 2014 a IDW lançou Rio – The Complete Collection, uma edição de 288 páginas que traz às 8 histórias originais mais 2 histórias inéditas do criador Doug Wildey.
Vale dizer que o personagem é interessante por fugir do estereótipo tradicional do herói de faroeste e por trazer histórias que vão além dos duelos e confrontos comuns!
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O protagonista já foi um pistoleiro e teve sua cabeça a prêmio na HQ Rio O Filho do Pistoleiro de Doug Wildey
A trama da HQ Rio O Filho do Pistoleiro de Doug Wildey
A trama começa mostrando Rio, já do lado certo da lei, sendo chamado para uma pequena cidade através de um telegrama enviado pelo conselho municipal. A cidade, extremamente pacata e segura, viu seu antigo xerife morrer de causas naturais. Buscando um substituto interino, eles decidem chamar Rio que já havia recebido seu perdão federal.
O que parece um trabalho simples e seguro, logo se torna um barril de pólvora. Uma criança é sequestrada e essa criança é filha de Tom, um cidadão de bem que logo se revela como sendo Jesse James. A presença do lendário pistoleiro, aliada a situação pouco convencional, faz com que o cargo de xerife passe a ser mais necessário do que nunca.
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O xerife interino enfrenta sequestradores na HQ Rio O Filho do Pistoleiro de Doug Wildey
A trama de Doug Wildey é diferente porque se permite fazer questionamentos e dar soluções que não são muito comuns nas HQs de faroeste. Temos um Jesse James diferente do habitual e em um papel que não é o de vilão nem de herói da história, vemos a segurança da cidade (e a integridade do xerife anterior) ser colocada em xeque por conta da presença de James e ainda temos o conselho da cidade que precisa “mudar de opinião” quando as coisas apertam e muitos fora da lei começam a aparecer na cidade.
Além da excelente trama, que tem um ritmo cadenciado e bem construído nas suas mais de 65 páginas, vale destacar a linda arte do autor que cria belos cenários chuvosos e belas paisagens ensolaradas. A arte e o roteiro tem uma sinergia grande e a leitura é extremamente prazerosa – vale dizer que o final é daqueles que deixa o leitor pensativo e mostra que precisamos realmente analisar as situações antes de agir!
Jesse James e Rio se digladiam na HQ criada por Doug Wildey
Rio O Filho do Pistoleiro de Doug Wildey é uma HQ de faroeste que foge do lugar comum ao criar uma trama diferente onde a presença de um grande e lendário pistoleiro é revelada em uma pacata cidade. Seria a presença de Jessie James um problema ou parte da solução? .
Os belos e tradicionais confrontos entre pistoleiros vão para o plano de fundo e dão espaço para questionamentos mais interessantes que colocam em xeque nossa noção de certo e errado. Uma belíssima leitura!
Avaliação: Ótimo!
Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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