Resident Evil No Escuro Absoluto – O Ultimato

Uma das maiores franquias de maior sucesso dos games, Resident Evil já tentou de tudo no mercado. Filmes live action, filmes animados, board games, eventos temáticos em parques de diversão, livros, mangás… A lista de produtos relacionados a Resident Evil é extensa e cheia de altos e baixos.

Resident Evil No Escuro Absoluto aposta no formato episódico de série de TV, sendo produzida pela própria Capcom em parceria com a já conhecida TMS (Cavaleiros do Zodíaco – Lost Canvas.), com distribuição pela Netflix. O formato é bem parecido com a primeira temporada de Castlevania: 4 episódios com pouco mais de 20 minutos de duração.

Resident Evil No Escuro Absoluto – O Ultimato

A série se passa em 2006, logo após o longa-metragem animado Degeneração, naquele gap temporal entre Resident Evil 4 e Resident Evil 5. Leon se junta a outros 3 agentes federais para investigar uma série de ataques que estão acontecendo na Casa Branca.

Um desses agentes é Jason, ex-líder dos Cães Selvagens, unidade militar que participou da guerra civil no país fictício, Penamistão. Junto dele, temos a agente chinesa Shen May, que trabalha para o governo americano na unidade de Xangai, e tem um passado misterioso com Jason. O quarto agente, Patrick, é um novato que considera Leon um sortudo, e Jason um herói nacional.

Fora do eixo de agentes federais, temos a conhecida Claire Redfield, que já faz parte da organização Terra Save, e está em busca de recursos para ajudar as vítimas da guerra civil, porém acaba se envolvendo paralelamente a toda essa investigação.

Com os personagens apresentados, a trama segue os clichês de Resident Evil: Conspiração governamental, armas biológicas, e laboratórios farmacêuticos.

E se você pensa que o formato episódico pode ajudar na experiência de manter o mistério no ar, a curta duração dos episódios, e principalmente a quantidade deles mostra que Resident Evil No Escuro Absoluto precisava de mais tempo para a trama respirar e andar de forma natural.

Não é difícil notar personagens se teleportando de um canto do mundo para outro em instantes, ou notar pequenos furos durante as passagens de tempo.

As personagens foram bem aproveitadas num contexto geral, mas o protagonismo exagerado de Leon faz a Claire que deveria ser sua parceira apenas uma participação especial. Ao menos suas falas estão ótimas e mostram que ela deveria ter mais tempo de tela.

Veja bem, a história, mesmo clichê, é muito boa, e serve para entendermos algumas motivações para Leon e Claire no futuro da saga, mas ela é tão rápida que parece um aperitivo muito pequeno.

No quesito técnico da animação, ela acerta em 97% do tempo, tendo boas cenas de ação ou de tensão, com uma qualidade muito boa. Só que em alguns momentos deu pra sentir o orçamento apertado e os personagens parecem mais travados do que o normal.

A trilha sonora é magnífica, talvez uma das melhores da franquia nos últimos anos, principalmente levando se compararmos com as trilhas dos remakes do segundo e do terceiro jogo.

O saldo é positivo, principalmente se você está a par da cronologia e dos acontecimentos dos jogos. Se você é um fã casual, talvez seja legal ver Leon em ação mais uma vez. Espero que os números animem a Capcom e a Netflix, para que possamos ver mais temporadas, de preferência em outros períodos na extensa cronologia de Resident Evil.

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