Ultimato do Bacon

Playmobil – O Filme – O Ultimato

Em 11 de Dez de 2019 3 minutos de leitura
Playmobil – O Filme (Playmobil: The Movie)
Ano: 2019 Distribuição: Paris Filmes
Estreia: 19 de Dezembro (Brasil)

Direção: Lino DiSalvo

Roteiro: Lino DiSalvo (história); Blaise Hemingway, Greg Erb, Jason Oremland (roteiro); Michael LaBash (consultor de roteiro)

Duração: 99 Minutos  

Elenco: Anya Taylor-Joy, Gabriel Bateman, Jim Gaffigan

Sinopse: Uma jovem viaja ao mundo animado de Playmobil para encontrar seu irmão mais novo, Charlie, que está desaparecido. Para trazê-lo de volta para casa, ela deve embarcar em uma aventura emocionante.

 

 

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

Playmobil – O Filme é raso e genérico, mas deve agradar às crianças

Longa animado que estreia na quinta-feira, 19 de dezembro, com pré-estreias a partir de 12 de dezembro, tenta seguir os passos da franquia Lego, mas sem estofo e com apostas erradas

por Alexandre Baptista

 

Recentemente falamos no Costelinha sobre filmes inspirados por ideias incomuns que, sem material ou motivo suficiente, acabavam chegando às telonas em tentativas sofríveis de se misturar universos improváveis.

Playmobil – O Filme, citado brevemente no podcast, se provou ser um desses. A história criada e dirigida por Lino DiSalvo acaba sendo um pastiche raso e preguiçoso de outras obras que, no entanto, deve agradar as crianças graças a suas cores, roteiro previsível e mensagens edificantes clichês.

Na trama, Marla e Charlie são dois irmãos que, apesar da diferença de idade, ainda brincam juntos e fantasiam aventuras com seus Playmobil. Porém, após um acidente que os deixa órfãos, Marla é obrigada a deixar a diversão de lado para assumir um papel de irmã mais velha responsável pela sobrevivência da família.

Anos depois, ambos se veem teleportados magicamente para um lugar diferente onde assumem corpos de Playmobil e vivem juntos diversas aventuras que irão resgatar valores e a felicidade na vida dos irmãos.

A trama em si é bastante equivocada, com uma cena de abertura um tanto irritante: problemas de primeiro mundo – uma garota mimada traça planos para um ano sabático (ela não quer ir pra faculdade antes de viajar pelo mundo) regado a canções totalmente esquecíveis. Tudo piora com o “banho de realidade” causado pela morte dos pais – que nem apareceram em cena e já são descartados, sem vínculo algum com a plateia…

Sinceramente, não vou nem perder tempo analisando como a morte dos pais é algo absolutamente banal e tratada como se os jovens do filme estivessem de castigo ou algo assim… a superficialidade do roteiro é tanta e ele tem uma característica tão preguiçosa que falta boa vontade inclusive para se criticar.

A colcha de retalhos de DiSalvo tem algo dos irmãos Baudelaire de Desventuras em Série (A Series of Unfortunate Events, 2004), um raio que teleporta os protagonistas para um mundo fantástico – Tron (1982); a “lição de moral” de que não devemos perder nossa inocência ao nos tornarmos adultos – Hook – A Volta do Capitão Gancho (Hook, 1991); elementos que buscam o humor na movimentação limitada dos bonequinhos de brinquedo – Uma Aventura Lego (Lego Movie, 2014); e muitas outras situações e cenas que são recortadas de outras obras e filmes.

As piadas são genéricas, assim como a trilha sonora e até mesmo os personagens – o espião Rex Dasher, por exemplo, é a versão “sem direitos autorais” de James Bond, assim como o pirata Ossos de Sangue é uma mistura entre Jack Sparrow e Barbossa – seguem por esse caminho.

A característica musical do longa só acrescenta negativamente, uma vez que é nítida a necessidade de se “enrolar” a plateia, ganhando minutinhos aqui e ali com músicas vazias – e que em português ficaram ainda piores.

O trabalho da dublagem nacional está ok, com exceção de Marla que realmente poderia ter recebido um tratamento melhor do estúdio; a respeito da presença de Daniel Radcliffe, Meghan Trainor, Kenan Thompson e Adam Lambert no elenco original, infelizmente não é possível avaliar pois a sessão era dublada.

De forma geral, Playmobil – O Filme é exatamente aquilo que se propõe: uma imitação de baixo custo que coloque a franquia também no cinema e que atraia pelo menos o público infantil, nem que minimamente, para auxiliar o posicionamento de marca no mercado dos brinquedos que são o produto principal.

Um filme descartável que nada mais é que um comercial superfaturado.

 

 

Avaliação: Ruim

 

 

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Trailer

 

 


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