Pantera Negra Uma Nação Sob Nossos Pés – O Ultimato

Pantera Negra Uma Nação Sob Nossos Pés traz o herói afro futurista da Marvel em seu auge

 

“Isso não é apenas vandalismo… É revolução”

Publicada entre agosto e dezembro de 2017 no Brasil, em três volumes, pela Panini, Pantera Negra Uma Nação Sob Nossos Pés (Black Panther: A Nation Under Our Feet, 2016) é o arco de que traz o herói afro futurista da Marvel Comics para seu auge nos quadrinhos. Incorporando alguns elementos que fizeram sucesso no filme, mas principalmente, explorando e popularizando toda a essência da cultura africana clássica.

Ta-Nehisi Coates traz a vivencia de homem negro, para o maior símbolo negro da cultura nerd no mundo.

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Ta-Nehisi Coates, seu autor, é um homem afro-americano, filho de um ex-membro dos Panteras Negras, jornalista e autor Best-Seller do New York Times.

Ta-Nehisi nos conduz numa trama muito além da heróica tradicional. Apesar da existência de super vilões poderosos, feiticeiras, mutantes e terroristas tecnológicos ao longo da história, o grande inimigo é uma revolução afligindo Wakanda.

Mais do que um quadrinho de heróis, Pantera Negra Uma Nação Sob Nossos Pés é uma história de luta política ideológica.

 

Pantera Negra Uma Nação Sob Nossos Pés – a história

Numa trama política que poderia rivalizar tranquilamente com House of Cards, Pantera Negra Uma Nação Sob Nossos Pés acerta ao dar espaço para a cultura africana de Wakanda, com sua história, seus hábitos, suas tradições e menos para cenas de ação, que apesar de existentes, ficam em total segundo plano.

Após toda uma existência regida pela monarquia do Pantera Negra, Wakanda se vê envolta numa revolução que tenta derrubar o governo de T’Challa. O próprio rei de Wakanda não está certo se deve lutar contra esta revolução, até que alguns abusos passam a acontecer.

A história se passa em 3 atos, basicamente.

No primeiro, a revolução surge: várias fragilidades do regime monárquico vigente em Wakanda são explorados. A ineficiência do rei em proteger seu povo ao longo de vários acontecimentos recentes, como a inundação de Namor (Vingadores vs X-Men) e o ataque de Thanos (Guerras Secretas). Inclusive com algumas Dora Milaje se rebelando contra o trono. Um plot interessantíssimo.

No segundo, com a revolução em andamento, T’Challa se pega duvidando de sua capacidade de levar seu reinado a diante. Enquanto se divide entre salvar sua nação ou salvar sua família, o Pantera Negra enfrenta desafios contanto com a ajuda de Luke Cage, Tempestade, Misty Knight e Dobra.

Tempestade, Luke Cage, Misty Knight e Dobra ajudam o Pantera Negra a derrotar apoiadores da revolução

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No terceiro e último ato, o rei de Wakanda enfim entende seu papel como regente do povo wakandano. T’Challa percebe também que não se combate ideias com lanças, mas com palavras. E numa virada interessantíssima, T’Challa dá o primeiro passa para uma reparação histórica, dando real importância para os pensadores e não somente aos guerreiros.

A redenção do Pantera Negra

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Pantera Negra Uma Nação Sob Nossos Pés – outros pontos e conclusão

Ta-Nehisi conta ainda a história de Shuri, a irmã de T’Challa e ex-Pantera Negra, em sua existência no plano astral, mudando sua essência, se tornando uma espécie de griô – os contadores de histórias, responsáveis pela perpetuação da cultura africana – e retornando para auxiliar seu irmão na condução de uma solução para o conflito da nação wakandana.

Shuri se reinventa, e retorna com uma nova posição de destaque na Família Real de Wakanda.

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De fato, esta é uma história que nasceu para ser clássica. Bem pensada e bem executada, uma nação sob nossos pés já é um clássico moderno. Com uma trama facilmente adaptável para o cinema, temos certeza de que iremos ter muitos desdobramentos desta fase no futuro dos sétima e nova arte.

Que venha Vingadores do Novo Mundo, o próximo arco de Ta-Nehisi Coates à frente do Pantera Negra.