Ultimato do Bacon

Os Flintstones de Mark Russell

Em 21 de Abr de 2019 2 minutos de leitura

Por Lucas Souza

 

Em 2016 a DC Comics decidiu reavivar alguns personagens da Hanna-Barbera que não viam as páginas dos quadrinhos a algum tempo. Para comandar os quadrinhos da família mais querida da Idade da Pedra, a editora trouxe o escritor Mark Russell e o artista Steve Pugh. A ideia da iniciativa era manter os conceitos que tornaram a criação da Hanna-Barbera famosa mas com liberdade para dar uma nova roupagem para a história e, se for o caso, até mudar o tom (como foi feito em “Corrida Maluca” – clique aqui para ver nosso review)

Nos EUA a revista “The Flintstones” durou 12 edições e foi publicada em 2016/2017. Aqui no Brasil, a Panini Comics trouxe a série completa em 2 encadernados “Os Flintstones” #1 e #2 em 2017 e 2018.

 


“Flintstones” de Mark Russell chamam a atenção pela crítica social

 

“Corrida Maluca” mudou completamente o visual e a essência do desenho – mantendo apenas o mote de corrida insana de carros intacto. Em “Os Flintstones”, Mark Russell mantém a estética que tanto amamos mas transforma o desenho em uma verdadeira crítica social com direito a um sem fim de situações que mostram, normalmente, Fred admirado e resistente a novos comportamentos (que são extremamente comuns para nós).  A primeira edição da revista já mostra o que podemos esperar quando Fred responde a um colega de trabalho que usa gravata porque havia lido em algum artigo que deveria se vestir para o cargo que deseja e não o que tem.

O mais interessante em “Os Flintstones” é que todas as possíveis pontas soltas do desenho ganham um significado que mostra um pouco mais da personalidade de Fred, Vilma, Barney e Betty. Um ótimo exemplo é o grande chapéu com chifres que víamos os homens usando no desenho para jogar boliche (mas nunca ficou explícito se aquilo era um clube ou tinha algum outro significado) – aqui ele ganha um significado todo especial que vai sendo construído desde a edição #1 e explica muita coisa que vemos posteriormente.

 


TODOS os conceitos do desenho original são usados em “Os Flintstones” de Mark Russell

 

Mark Russell faz um trabalho incrível conectando cada aspecto do desenho original, inclusive o simpático e atrapalhado Grande Gazoo, e subverte para fazer com que eles se tornem uma crítica social direta e efetiva. Consumismo, amizade, guerra, embate de gerações, tecnologia, religião… todos esses assuntos são parte do cotidiano da família nesta série de 12 edições. O tom divertido e crítico da série é leve e tende ao cômico na maior parte do tempo.

“Os Flintstones” de Mark Russell e Steve Pugh são o maior acerto dessa iniciativa da DC com os personagens da Hanna-Barbera. Com histórias que respeitam todo o material original e deixam os personagens reconhecíveis (o que gera empatia imediata com os fãs), o autor soube ser cirúrgico ao realizar pequenas mudanças que atualizaram os roteiros e deram mais dinamismo e profundidade as aventuras da família mais querida da Idade da Pedra e ainda provou que é possível fazer grandes críticas a sociedade sem ter que se utilizar de linguagem pesada e violência explícita. Uma série indispensável para os fãs de quadrinhos em geral.

 

 

Avaliação: Excelente!

 

 

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