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One Piece 1ª Temporada – O Ultimato

Em 1 de Set de 2023 4 minutos de leitura
One Piece 1ª Temporada (4)

Após traumas recentes, como Cowboy Bebop e Cavaleiros do Zodíaco, os fãs de anime finalmente tem uma adaptação odicental digna de sua obra original. Além disso, One Piece 1ª Temporada pode ser uma excelente porta de entrada para as pessoas que se assustam com os mil e tantos episódios da sua animação.

Sinopse: Monkey D. Luffy é um jovem que sempre sonhou com uma vida de liberdade. Ele sai do vilarejo onde vive para uma jornada perigosa em busca do lendário tesouro One Piece.

Anunciada em 2019, ONE PIECE: A Série nunca foi uma unanimidade entre os fãs. Em sua grande maioria, eles tinham medo de que essa adaptação sofresse tal qual as produções antecessoras baseadas em animes. Aos poucos, vários fãs foram se “convertendo” e aceitando dar uma chance à série.

As coisas começaram a mudar com as cartas do criador Eiichiro Oda garantindo que estava atuando como “um cão de guarda”: aprovando as escolhas de elenco, lendo roteiros, sugerindo mudanças, e só dando o aval para a série ser lançada quando tudo estivesse ao seu gosto. Ao mesmo tempo, o orçamento milionário destinado à série transmitiu um certo peso a mais de responsabilidade para produção.

One Piece 1ª Temporada (3)

Nesta primeira temporada, a obra segue Luffy (Iñaki Godoy) recrutando os primeiros integrantes do bando do chapéu de palha: Zoro (Mackenyu), Nami (Emily Rudd), Usopp (Jacob Gibson) e Sanji (Taz Skylar). Essa primeira fase é crucial para a apresentação dos personagens e suas motivações, com direito a flashbacks emocionantes. Logo, o espectador se vê envolvido com a trajetória de cada um deles.

Ao mesmo tempo, é a hora de também apresentar o mundo de One Piece. A lenda de Gol D. Roger, os mares, as vilas, a Grand Line … tudo é muito bem explicado e representado em tela. O orçamento milionário já citado se mostra presente nos navios, nas construções, nas cidades, e no tamanho dos sets da série.

Nem tão cartunesco como no mangá, mas também passando longe de ser algo realista, a série é uma espécie de mistura do desenho da obra, com pitadas de Piratas do Caribe. Diferente do recente filme de Cavaleiros do Zodíaco, a série não tem vergonha de ser uma adaptação de um anime, e em um ar bastante teatral, não deixa de lado cabelos pintados e figurinos extravagantes.

One Piece 1ª Temporada (2)

Adaptando a primeira fase (East Blue), ONE PIECE: A Série acerta em cheio no tom da produção. Cada arco original, nessa adaptação, é dividido em um episódio ou dois, que em média tem 50 minutos cada. Ou seja, temos praticamente um filme para cada arco de One Piece. Com isso, uma grande crítica com relação a One Piece, até feita por vários fãs, é resolvida.

Muitas pessoas reclamam que a obra original de Oda é “enrolada”, ou seja, os acontecimentos demoram pra acontecer. Nesta produção em live-action isso é resolvido, com todos os principais acontecimentos em um bom ritmo narrativo, que em nenhum momento se torna cansativo.

Por incrível que pareça, outro ponto positivo, é o CGi, que só é utilizado em situações pontuais e necessárias. Várias lutas da série são feitas no ‘corpo a corpo’, sem quase nenhum uso de computação gráfica. Com isso, Mackenyu brilha como Zoro desde o primeiro episódio (coisa que não acontece no anime original).

A Nami de Emily Rudd também tem seus bons momentos durante toda a trama, mas é catapultada a cena principal nos últimos episódios, o que era totalmente previsível de acontecer pois é quando “Arlong Park” – para muitos o melhor arco da primeira fase de One Piece – é adaptado. O Usopp de Jacob Gibson e o Sanji de Taz Skylar estão bem, mas perdem força quando saem de seus arcos, e viram meros coadjuvantes sem muito brilho na reta final da temporada.

Mas se tem alguém que brilha durante toda a série é Iñaki Godoy. Em um Luffy não tão cartunesco como no anime, Iñaki entende muito bem sua personalidade e chama para si as atenções. Roubando a cena quando aparece, Iñaki, através de suas expressões, transmite a essência do personagem de Oda, alternando entre drama e comédia, de forma certeira e precisa.

Um dos poucos pontos negativos da série é a quantidade de tempo dedicada a Marinha, especificamente a jornada de Koby (Morgan Davies), Helmeppo (Aidan Scott) e Garp (Vincent Regan). Por vezes entediante, a jornada “marinhista” quebra as aventuras de Luffy e seu bando, que é justamente o que o espectador está mais vinculado e ansioso para acompanhar.

Os fãs, além de uma bela produção, também podem ficar atentos a várias referências e easter eggs, como por exemplo binks no sake tocando ao fundo, e figurinos dos personagens presentes nas capas dos mangás transportados para a tela.

One Piece 1ª Temporada (1)

Assisti alguns episódios dublados e está excelente. A boa direção de Glauco Marques, que os fãs já estão acostumados, se repete nesta nova produção. A troca do Luffy faz sentido por não ser um personagem tão caricato como já citei no texto. Os outros dubladores repetem seus personagens com familiaridade, mas adaptando tons ou trejeitos para melhor se encaixarem com a atuação dos atores no live action – O Usopp do Adrian Tatini é o melhor representante disso.

Com toda essência da obra original transportada para a tela, em uma produção com um tom teatral, e sem a enrolação do anime, transformando 50 e tantos episódios em 8,  ONE PIECE: A Série desponta como a melhor adaptação ocidental de um mangá, e além de agradar os fãs mais fervorosos, também tem potencial para atrair novos tripulantes pro going merry. A era dos piratas chegou, e parece que chegou para ficar!! YOHOHOHO! 

Ultimato do Bacon

Avaliação: Ótimo!


Créditos:
Texto: Breno Raphael
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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