Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison é mais uma HQ da iniciativa Terra Um da DC Comics – que conta com HQs do Batman, Superman, Lanterna Verde e Titãs.
Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison é a oportunidade perfeita de ver o autor construir sua visão da personagem sem nenhuma amarra de cronologia e podendo realmente “pirar”. Yanick Paquette é o artista que acompanha Morrison e sua arte encaixa muito bem na HQ e na visão do autor de Temiscira.
Mulher-Maravilha interage com Steve Trevor em Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison
Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison: Vale a pena?
Se Steve Trevor sofre uma mudança que não impacta nada na trama, o mesmo não pode se dizer de Temiscira que vira algo completamente diferente do que já vimos em outras edições – e me arrisco a dizer que foi a versão visualmente mais interessante que vi. A Ilha das Amazonas do autor apresenta uma visão totalmente futurista e distante do modelo antigo das outras versões. Temos naves voadoras e afins – o que justifica muito bem o avião invisível da personagem que é mais um elemento da ciência do que da magia em Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison.
O avião de Diana ganha um design diferente em Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison
O visual que mescla elementos clássicos com tecnologia não foi o única mudança que Morrison fez em Temiscira. O autor deu uma das melhores explicações para o isolamento das Amazonas, reavivando o confronto de Hércules com a Rainha das Amazonas, e para o nascimento de Diana, que envolve uma grande mentira. A HQ, como toda origem da Mulher-Maravilha, tem na chegada de Steve Trevor seu grande motor só que aqui a atitude de Hipólita é mais radical: ela não tem a menor vontade ou intenção de ajudar o mundo do patriarcado…
É a curiosidade de Diana que faz com que Temiscira e o mundo do patriarcado se envolvam de novo em Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison. A personagem retratada pelo escritor escocês é teimosa e está bem cansada dos rituais da Ilha das Amazonas e deseja ver o restante do mundo – por mais que sua mãe não a queira deixar ir. Uma outra característica inserida por Morrison, que tem pouquíssima influência na trama, se relaciona com a sexualidade de Diana que tem um relacionamento amoroso com uma das Amazonas.
Até faz sentido se pensarmos em séculos de isolamento de uma ilha SÓ de Amazonas – essa característica está na HQ mas não é “gritada” pelo autor e nem ganha mais destaque do que deveria.. Novamente: o legal de uma iniciativa como a Terra Um da DC Comics é justamente vermos os autores tomando decisões diferentes.
Hipólita tenta convencer Diana de que o mundo do patriarcado é ruim em Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison
Mulher Maravilha Terra Um de Grant Morrison vale a pena pois consegue trazer elementos novos (e interessantes!) para o mito da personagem sem ser desrespeitoso com tudo que já foi construído. A arte de Yanick Paquette encaixa muito bem com a trama e as sequências na Ilha Paraíso são de tirar o folêgo! Uma boa pedida para os fãs da Amazona mais famosa das HQs.
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Créditos:
Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
Matéria publicada originalmente em 25 de setembro de 2020. Atualizada em 20 de novembro de 2020.
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