Ultimato do Bacon

Link Perdido – O Ultimato

Em 7 de Nov de 2019 3 minutos de leitura
Link Perdido (Missing Link)
Ano: 2019 Distribuição: Buena Vista / Disney 
Estreia: 07 de Novembro (Brasil)

Direção e Roteiro: Chris Butler

Duração: 93 Minutos  

Elenco: Hugh Jackman, David Walliams, Stephen Fry

Sinopse: Sir Lionel Frost (Hugh Jackman) se considera o melhor investigador de mitos e monstros do mundo. O problema é que nenhum dos seus colegas o leva a sério. Sua última chance para ganhar seu respeito é provar a existência de um ancestral primitivo do homem, conhecido como o link perdido.

 

 

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

Link Perdido é uma obra-prima por sua técnica mas sem atrativos além disso

Animação de Chris Butler estreia no Brasil nesta quinta-feira, 07 de novembro

por Alexandre Baptista

 

Desde que comecei neste mundo das críticas de cinema, busco conferir as cabines de imprensa com o mínimo possível de informações a respeito de um longa. Assim, evito já entrar na sala com uma opinião formada a respeito de uma determinada produção.

É por esse motivo que, durante a cabine de Link Perdido, me maravilhei com as texturas magníficas e impressionantes de seus cenários e figurinos – acreditando que fossem CGI – achando bastante curiosa a opção do diretor em escolher uma movimentação estilizada para os personagens, parecida com aquela obtida através da técnica de stop-motion. A textura deles, diferente dos cenários e objetos, também parecia reforçar essa opção pela “homenagem” ao stop-motion – num aspecto mais “emborrachado” e "liso".

O único detalhe é que Link Perdido não foi realizado (inteiramente) em computação gráfica e sim na referida técnica de fotografar os cenários e bonecos milhares de vezes, com mínimas alterações e depois compor as fotografias sequencialmente para obter a ilusão de movimento.

Inteligentemente, os realizadores do longa inseriram uma pequena cena de making of durante os créditos, deixando os desavisados como eu atônitos ao se darem conta do hercúleo – e mais do que competente – trabalho desempenhado.

Infelizmente, o filme acaba sendo só isso: uma demonstração incrível do uso de uma técnica artesanal de animação, refinada pelas maravilhas da tecnologia; mais um exemplo do quanto o cinema ganha na mescla cuidadosa e ponderada de técnicas, neste caso o stop-motion e a CGI.

O roteiro é bastante genérico, com elementos fortemente inspirados em O Livro da Selva (The Jungle Book, 1894) de Rudyard Kipling e A Volta ao Mundo em 80 Dias (Le tour du monde en quatre-vingts jours, 1873) de Júlio Verne; além de piadinhas inspiradas nas gags das animações da Aardman, Pixar e da Illumination.

Apesar disso e da pouca densidade do personagem principal, Sir Lionel Frost, que infelizmente não estabelece conexão com o público em absolutamente nada, a trama do sasquatch, o Sr. Susan Link, que pretende encontrar seus primos distantes, os yetis do Nepal, é simpática, leve e razoavelmente divertida.

No entanto, como sempre comentamos em nosso podcast, o Costelinha, Link Perdido acaba sofrendo do mesmo mal que outras obras que focam demais na técnica e acabam negligenciando o roteiro e seus personagens – como Avatar (2009) ou Projeto Gemini (Gemini Man, 2019) – não se sustentando por muito tempo. Neste caso, o longa tem sido elogiado pela crítica especializada, mas amarga a posição de maior bomba de animação de todos os tempos.

Outro sintoma desse mal é a trilha sonora de Carter Burwell: competente, mas assim como o roteiro, genérica e totalmente esquecível minutos após ter-se deixado o cinema.

O elenco de vozes originais é bastante estrelado, mas tendo conferido o longa na versão dublada, confesso que achei o trabalho brasileiro pouco inspirado – o que é atípico, uma vez que a dublagem nacional é famosa por melhorar o resultado final. Sigo curioso para ouvir o trabalho de Hugh Jackman, Zack Galifianakis, Matt Lucas, Stephen Fry, Zoe Saldana e Emma Thompson.

De toda forma, Link Perdido merece ser conferido pelo trabalho espetacular dos animadores. Considerando o público alvo infantil, a aventura leve e tranquila é com certeza uma ótima opção de entretenimento em família com pelo menos um elemento de altíssima qualidade.

 

 

Avaliação: Bom

 

 

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Trailer

 

 


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