Ultimato do Bacon

Liga da Justiça – O Ultimato

Em 15 de Nov de 2017 13 minutos de leitura
Liga da Justiça (Justice League)
Ano: 2017 Estúdio: Warner Bros
Estreia: 15 de Novembro  

Diretor: Zack Snyder 

Roteiro: Chris Terrio, Zack Snyder (história); Chris Terrio, Joss Whedon (roteiro)

Duração: 133 min Elenco: Ben Affleck; Gal Gadot; Jason Momoa; Henry Cavill

Sinopse: Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne (Ben Affleck) convoca sua nova aliada Diana Prince (Gal Gadot) para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos.

 

 

[tabby title=”Diego Brisse”]

Sou um dos defensores de O Homem de Aço e Batman v Superman! Defendo por acreditar que heróis da ficção, personagens de HQs são mais do que entretenimento, acho que são uma representação de algo que nos falta, nosso refúgio mental dos fatos que nos consomem no dia a dia. São filmes que tem suas falhas devido à competição com a distinta concorrência e sofrem com escolhas um tanto erradas, tipo Lex Luthor. Enfim…

Após o relativo "fracasso" de seus predecessores, Esquadrão Suicida não conseguiu se manter, entregaram um filme totalmente esquecível e imbecil. Por sorte e competência Mulher Maravilha renovou as esperanças, trazendo um meio termo, agradando a todos. Liga da Justiça sofreu muita pressão, muitas fofocas de bastidores, mudanças bruscas no roteiro e muito mais….

Os desenvolvimento dos personagens é fraco, não tem tempo suficiente pra isso, mas ainda assim a química do grupo funciona de maneira até justa. O tempo é um dos inimigos do filme, tudo acontece de maneira muito brusca, sem nenhum peso emocional! Sério, isso é o que mais me entristece! O filme não tem absolutamente nenhuma carga emocional! 

Como já era esperado, o Flash é talvez o melhor personagem do filme, trazendo o humor honesto, sendo o personagem mais interessante. Aquaman também merece seu destaque, Momoa se descobriu no papel e passa a sensação de estar se divertindo muito! Já Ben Affleck continua entregando um bom Batman, porém muito abaixo do apresentado em Batman v Superman. É até legal ver o impacto emocional que os eventos passados tem sobre ele, mas ainda assim fica uma sensação estranha na mudança de comportamento do personagem. Bruce e Diana tem momentos muito legais, e já se vê o rascunho do futuro da dupla apresentado de maneira sutil. 

A trama é boa e interessante, abre a porta para o futuro e assume sua inspiração na fase dos novos 52. Os easter eggs são sensacionais, a cena de flashback foi a que mais me empolgou no filme, e a última cena pós créditos valeu mais que o filme inteiro! Sério! 

Sobre o vilão…ou seriam vilões? Warner, Joss Whedon, Geoff Johns e seus asseclas conseguiram o inimaginável! Estragar um filme da Liga da Justiça que tinha tudo pra dar certo! Essa seria a resolução da obra que começou em O Homem de Aço, o nascimento da esperança, a chegada da era de ouro, a era dos heróis! Zack Snyder deveria ter seu nome retirado dos créditos, pois boa parte do que foi feito por ele ficou visivelmente alterado ou descartado! Na tentativa de adequar o filme à uma fórmula estilo Marvel/Disney, conseguiram detonar o filme! A diferença entre as visões de Snyder e seus inimigos é gritante! As refilmagens de fato foram muito pesadas! A impressão que tive foi de que somente uma sequência do Superman foi mantida! Todas as outras participações do Cavill parecem ter sido refilmadas! Tudo em nome da piada!!!! 

Liga da Justiça de fato parece um episódio de Liga da Justiça Sem limites, um episódio mediano. Sem carga emocional nenhuma! O filme tem momentos divertidos e cenas de ação muito competentes, mas que decepcionam quem esperava algo no mesmo nível de Mulher Maravilha. Vai agradar ao grande público, e de verdade eu desejo que todos se divirtam ao máximo e eu seja um dos únicos chatos que vão lamentar não ter assitido o filme da Liga da Justiça de Zack Snyder. Quem sabe não tenhamos daqui há dez anos uma versão dele em bluray…

OBS: Prestem atenção na "boquinha" do Kal El! 

 

Avaliação: Regular.

[tabby title=”Júlio Ribeiro” open=”yes”]

A Liga da Justiça é o maior ícone de equipe de super-heróis de todos os tempos, só por isso a responsabilidade da Warner/DC em conseguir reproduzir essa importância com qualidade nos cinemas, já seria enorme. Após os “fracassos” e divisão de críticas nos seus primeiros filmes do Universo Compartilhado (Homem de Aço, Batman vs Superman e Esquadrão Suicida) a responsabilidade ficou ainda maior.

Pelo que temos de notícia Liga da Justiça é o primeiro filme com efetiva participação do famoso roteirista Geoff Johns, atual Presidente da DC Entertainment, com a missão de gerenciar os filmes baseados nos heróis da editora e a última participação do diretor “visionário” Zack Snyder (Homem de Aço, Batman vs Superman, Watchman, etc.) sem entrar no mérito de qualidade e gosto, Zack Snyder foi quem iniciou o Universo DC, definiu seu tom e seus primeiros rumos, particularmente gosto do trabalho do diretor e estava esperando durante muito tempo que o filme da Liga da Justiça se tornasse realidade.

Desde a sua concepção, Liga da Justiça pode ser considerado um filme “problemático”, a começar pelo seu antecessor, Batman Vs Superman – A Origem da Justiça, que como o próprio nome já diz, deveria mostrar as bases e a estrutura em qual seria criado a Liga, mas o filme foi extremamente mal na avaliação da crítica e do público. Em seguida veio a escalação de elenco com os já criticados na escalação em BvS, Ben Affleck como Batman e Gal Gadot como Mulher Maravilha, que por sinal desempenharam seus papeis com perfeição, junto deles temos Jason Momoa como Aquaman em um visual totalmente diferente do material original, Ezra Miller como Flash, ator com reconhecido talento mas ainda com muito a se provar, sendo criticado pela aparência, pelo físico e principalmente por o compararem com o Flash da série do canal americano CW, estrelado por Grant Gustin e por último temos Ray Fisher, um ator sem nenhum trabalho relevante, escalado para fazer um personagem que só participou da LJ a partir da formação dos Novos 52, mesmo sendo conhecido pela animação Jovens Titãs, poucas pessoas sabiam que o Ciborgue participa ativamente da Liga da Justiça nos últimos anos. Somados a todos esses itens temos ainda a substituição do diretor Zack Snyder, após uma tragédia familiar, pelo experiente e renomado Joss Whedon (Vingadores e Vingadores: A Era de Ultron), ou seja, dois ótimos diretores, mas com visão totalmente diferente de filmes e entretenimento.

Mesmo assim o filme é incrível e realmente funciona em tudo o que se propõe, assim como a Warner pareceu ter ouvido as críticas de Homem de Aço para fazer Batman Vs Superman, o mesmo aconteceu agora com Liga da Justiça. O tom pesado sumiu, Liga da Justiça é simples e aventuresco, muito semelhante ao filme solo da Mulher Maravilha e ainda “conserta” vários furos deixados por BvS.

Os novos personagens são um destaque extremamente positivo, todos funcionam e criam relações com quem está assistindo. Os três novos heróis (Aquaman, Flash e Ciborgue) ainda terão seus filmes solos, mas suas origens são citadas durante o filme de uma forma muito orgânica. As cenas embaixo d’agua em Atlântida e principalmente a cena da primeira invasão do Lobo da Estepe são realmente muito lindas e bem-feitas, cheias de referências e easter egg.

Durante o trailer fiquei preocupado com o CGI do Ciborgue, desde o primeiro teaser, ele parecia mal feito, mas por fim sou obrigado a elogiar a finalização do personagem, o ponto negativo vai para o CGI do Lobo da Estepe, esse sim em algumas cenas ficou bem artificial e principalmente o CGI da cena inicial do filme com o Superman, a ideia da cena é legal, mas o bigode polêmico atrapalhou bastante. Todas as consequências e dramas dos personagens são pouco abordados, mas devidamente citados, como por exemplo o passado de Barry Allen e seu pai, a transformação de Victor Stone em Ciborgue, a culpa do Batman pelos acontecimentos anteriores, o deslocamento do Aquaman entre viver no mar ou na superfície e até mesmo o peso e reflexo da morte de Steve Trevor em cima da Mulher Maravilha. Espero que esses conflitos e dramas, sejam abordados de forma mais profunda futuramente.

Após Mulher Maravilha e agora Liga da Justiça, finalmente podemos afirmar que a DC/Warner acertou o tom e encontrou seu caminho, o filme realmente parece com um episódio da saudosa animação Liga da Justiça Sem Limites. O filme é lindo, é heroico, divertido na medida certa, igual um filme de herói deve ser, ver a equipe trabalhando junto é como um sonho realizado. Obrigado por realizar meu sonho, hoje o Júlio Ribeiro de 14 anos de idade vai dormir muito feliz.

Avaliação: Excelente

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

Porque é impossível curtir o filme da Liga da Justiça?

Muita gente vai dizer que o título dessa crítica é caça-clique. Então já adianto (e você vai poder para de ler por aqui se discordar): o título se refere à MINHA PESSOA.

Começo explicando… Como alguns sabem, muito por conta do Sobrecapa, meu canal no youtube, sou um decenauta inveterado. Daqueles que começou a ler nos meados dos anos 80, 90 e não parou até hoje. Comecei a ler DC com a A Morte do Super-Homem (na minha época o Superman era chamado assim) e, de lá, fui voltando no tempo, lendo coisas anteriores pra conhecer o personagem melhor e, obviamente, tudo o que veio depois.

Antes dos quadrinhos, assistia os Superamigos na TV; o seriado cafona do Batman; e o majestoso filme do Batman de 1989 (sim, naquela época, o filme do Batman era algo PESADO pra quem estava acostumado com cenários coloridos, Cezar Romero de Coringa e onomatopeias em tela o tempo todo – TUM, SOC, POF, BAM).

Entre o filme do Burton de 1989 e A Morte do Super-Homem, foram 5 anos. E tinha mais… a série animada do Batman do Paul Dini e Bruce Timm; o seriado do Flash com John Wesley Shipp; os derradeiros filmes do Christopher Reeve como Super-Homem… Boatos de um filme da Mulher-Gato; de um filme sobre a morte do Super; Lois e Clark, a série de TV…

Foram anos em que era divertido acompanhar a DC, fosse nos quadrinhos, fosse nas telas, grandes e pequenas. Só que os orçamentos eram baixos, algo que reforçava a ideia da indústria de que filmes e produtos de super-heróis era para um “nicho”… As series ficavam toscas; os filmes um pouco menos… Mas ainda assim, limitados perto de outras produções da mesma época.

O “sonho” em ver a LIGA reunida era distante. E mesmo quando aconteceu, era sensível a falta de recursos das produções…

E aí Brian Singer, Sam Raimi e Jon Favreau mudaram o jogo. O público geral e a indústria entenderam os super-herois não com um “nicho” mas um gênero em si. E Nick Fury pergunta a Tony Stark, na MELHOR CENA PÓS CRÉDITOS de um filme de super-heróis até hoje: “Já ouviu falar da iniciativa Vingadores?”. Cara… CARA!!! Aquela frase significava nada. E tudo ao mesmo tempo. NAQUELA época, quase 10 anos atrás, era difícil acreditar que iria acontecer. Que aquela frase era mais do que uma provocação, um teaser, uma brincadeira…  A gente saiu do cinema perturbado: será? Será que vão fazer MESMO? Será que, se fizerem, vai ficar LEGAL?

E fizeram. E aquilo mudou o jogo. Aquilo fez a gente acreditar que um dia, quem sabe um dia, a Liga também estaria, daquele jeito (bem feito digo) nos cinemas. Bem representada. Divertida, fiel em alguns pontos importantes… Bem adaptada. O orçamento hoje, permite. A qualidade das histórias, sempre permitiu…

Mas aí, a falta de visão da Warner, DC, sei lá quem foi… colocou tudo por água abaixo. Começaram achando que o Nolan era Deus. E, em vez de entender o Nolanverso como algo isolado, um “túnel do tempo”, um Elsewolrd, tão clássico nos quadrinhos, quiseram usar essa ideia como o mote principal da DC. “Pinta tudo de preto. Pisa no calo do Clark e faz ele sentir dor. Angústia. Ele é um ser perturbado. No universo DC não existe felicidade. Só dor. E remorso. E prisão de ventre”. Entenderam tudo errado. Quiseram transformar a obra do Nolan (que nem me é a favorita nos cinemas) como FÓRMULA. E estragaram o filme do Super. E Batman v Superman. E as críticas caíram de pau. E aí tentaram Marvelizar o Esquadrão Suicida. E estragaram um filme que funcionaria na fórmula Nolan-Snyder. E deram um pouco mais de liberdade para Patty Jenkins. E um filme que, embora tenha toda a importância social que ele tem, em função do protagonismo feminino etc., é um filme bem medíocre. E foi o MAIOR sucesso…

Pra eles, a galera da grana, a galera que quer ver o lucro da coisa, a resposta estava ali. Então bora aproveitar o momento pessoal ruim do Snyder e a necessidade de outro diretor finalizar o filme pra MUDAR a coisa toda. Aos quarenta e sete do segundo tempo. Nos acréscimos. Bora recolorizar, bora filmar o Henry Cavill de bigode e editar PORCAMENTE a cena (que é COMPLETAMENTE DESNECESSÁRIA), só pra dizer que mudou a sequência de abertura do filme. E bora enfiar, à força mesmo, piadinhas idiotas onde elas não cabem. Onde elas vão ser escrotas. Sim, escrotas. Dostoiévski pra você também, partner. Howdy!

E é por isso que fica impossível pra mim curtir DE VERDADE o filme da Liga. Porque embora tenha lá seu momento ou outro, sua cena ou outra bem feita, no conjunto a ideia é ruim.

É um álbum perceptível de recortes. Mal colado. Mal integrado. Com todo o dinheiro utilizado, a computação gráfica do Lobo da Estepe é pífia. Cara, é o VILÃO DO FILME. Capricha aí vai…

Fizeram um filme que se conecta com os demais onde quer, ignorando outros pontos de forma brutal. Fora que, se O Homem de Aço foi um filme preparatório para o universo DC nos cinemas, Batman v. Superman foi um filme preparatório para o filme da Liga; E o filme da Liga é um filme preparatório para o filme… chega né? Dá pra fazer UM filme mais fechado em si e que se preocupe em contar uma BOA história?

Eu me senti assistindo a um ripoff de Senhor dos Anéis misturado a uma reprise dos filmes do MCU, trocando os anéis élficos e as joias do infinito por caixas maternas e os Vingadores pela Liga. E, sério, o universo DC tem histórias MUITO melhores pra contar.

Fica impossível pra mim curtir de verdade o filme da Liga porque foram anos, décadas de expectativa. Décadas de bons materiais lidos, roteiros imaginados, elencos mentalmente escolhidos… foram anos de teasers, easter eggs e “promessas” nos demais filmes da DC, preparando terreno mental para um filme que não aconteceu.

CUIDADO COM POSSÍVEIS SPOILERS NO PARAGRAFO ABAIXO.

Cade o uniforme preto do Super? Acho que o Flash realmente chegou cedo demais. E Darkseid? É isso mesmo? Apokolips manda um arauto assim do nada e a gente só ouve UMA VEZ o nome de Darkseid no filme todo?

FIM DOS SPOILERS.

Enfim, vou deixar pra falar mais no Sobrecast que vai ao ar na segunda-feira. Mas resumindo, o filme não seria ruim… Se não tivesse demorado TANTO tempo pra acontecer um filme da Liga… Se filmes da Liga fossem como filmes do Homem-Aranha, que acontecem uma vez a cada Copa do Mundo, acho que eu não me importaria. Acharia um filme ok… Mas depois de mais de 20 anos esperando e de saber que em vários momentos a história poderia ter pendido para algo MUITO, MUITO BOM, só consigo dar dois bacons pra esse filme mesmo. Um para a trilha sonora do Danny Elfman e outro para a atuação da galera que, apesar de todos os defeitos do filme, está impecável.

Avaliação: Regular

[tabby title=”João Pedro”]

Já fazem algumas horas que eu assisti ao filme da Liga e ainda não sei se me sinto pronto para falar sobre ele. Minha opinião aqui pode ser um tanto quanto polêmica, então lembrem-se de que se trata apenas da minha opinião. Já existem outras aqui nesta página e fora isso, não deixe de assistir ao filme e tirar suas próprias conclusões.

Muitas pessoas estão comparando o filme a um episódio da animação Liga da Justiça/Sem Limites. A primeira série teve 52 episódios e a Sem Limites tem mais 39. Era uma boa animação com boas histórias, mas quantos desses episódios são realmente memoráveis, como os episódios de abertura, os Lordes da Justiça, a invasão Thanagariana e toda a situação Lex/Brainiac. Alguns são simplesmente descartáveis.

O filme da Liga claramente puxa mais para o lado dos Novos 52 do que para o material clássico em si, adaptando-se para as telas uma versão de “Guerra”, arco inicial desta fase da Liga, com a substituição de Darkseid por Steppenwolf, como uma tentativa de preservar o grande líder de Apokolips para um futuro filme. É impossível aqui não traçar paralelos com o filme dos Vingadores (e não é porque teve o envolvimento de Joss Whedon). Um vilão vem a terra buscando um artefato a mando de um grande ditador alienígena, ainda que esta história venha dos quadrinhos, a Liga possui arcos fantásticos que poderiam ter sido adaptados para evitar a comparação.

Com relação aos problemas do filme, comecemos pelo que pode representar a verdadeira ameaça para os heróis da DC: os bastidores. Lar das lendas, a DC não tem tido uma vida fácil quando se trata de adaptar seus heróis no mercado de hoje. Começando a corrida com alguns anos atrás da Marvel (cuja qualidade dos filmes não está em debate aqui) a Warner/DC parece disposta a tudo para alcançar a concorrente e não parece estar fazendo um trabalho muito bom nisso. Enquanto a Marvel encontrou sua fórmula mágica e se mantem numa zona de conforto (para desagrado de alguns) a DC se perde em tentar construir não a partir de seus diretores e roteiristas, mas através de críticas e números de box office. Ao invés de darem passos corajosos em direção a uma identidade própria como fizeram em Batman vs Superman, Liga da Justiça puxa mais para o lado de Mulher Maravilha, mas tropeça no caminho, ficando perigosamente perto de Esquadrão Suicida.

Seguindo a linha de Batman vs Superman, temos um Bruce Wayne investigando a vindoura invasão alienígena, sendo que em nenhum ponto é especificado quanto tempo se passa entre um filme e outro. Ele então percebe que a invasão está mais próxima do que ele imaginava e é hora de reunir uma equipe para confrontá-la. Com a ajuda de Diana, ele então parte para recrutar Barry Allen, Arthur Curry e Victor Stone, dos quais somente Barry parece inicialmente disposto a cooperar com um homem que se veste de morcego. Os novos personagens são bem introduzidos, ainda que o maior destaque fique com Barry. Ezra Miller faz um bom trabalho do personagem que acaba recebendo um pouco mais de destaque. Ainda que Jason Momoa tenha feito um excelente papel como Aquaman, sua origem resumida a um pequeno diálogo não faz jus ao personagem e não serve para dar suporte para suas ações no filme. Ray Fisher entrega um Cyborgue convincente, plausível e relacionável. Gal Gadot segue firme provando que é a melhor escolha para a Mulher Maravilha, seguindo sua evolução. Agora que conhecemos seu passado através de seu filme solo, suas motivações e escolhas durante Batman vs Superman se tornam mais claras, e Diana Prince segue se tornando uma heroína melhor. O mesmo infelizmente não pode ser dito dos protagonistas do filme anterior. Batman e Superman não evoluem, simplesmente se transformam. Ben Affleck e Henry Cavill fazem um excelente papel, ou como se pode dizer, tão bom quanto é possível. Diferente da evolução orgânica da Mulher Maravilha, Batman e Superman assumem papéis bem diferentes do que fizeram até agora. Bruce Wayne é um homem que movido pela sua própria experiência cometeu alguns erros que agora ele tenta reparar, mas em meio a algumas piadas mal colocadas, a seriedade do assunto acaba se perdendo.

Ah, as piadas… sim, além daquelas já apresentadas no trailer, o filme conta com diversas outras piadas. O problema não são as piadas em si, mas o excesso delas. Um Flash sombrio como o Batman não seria o ideal, entretanto em alguns momentos o filme perde toda sua carga emocional por conta de piadas com as quais poderíamos ter vivido.

A curta duração (segundo relatos, forçada goela abaixo) acaba prejudicando o desenvolvimento do filme. Entre outras coisas, vemos pouco do vilão, ficando relegado a poucas aparições e alguns combates. Talvez tenha sido escolha do estúdio para evitar gastar mais com a CG utilizada na construção deste. Fica difícil analisar a atuação de Ciarán Hinds uma vez que o vilão é completamente genérico e mal aproveitado.

Para encerrar estas divagações, resta dizer que para mim Liga da Justiça adentra o panteão dos filmes que “poderiam ter sido”. O filme tem bons momentos e é uma ótima aventura. Tudo que eu espero é que a Warner/DC gaste um pouco mais de tempo no planejamento dos filmes e que permitam mais liberdade a seus diretores e roteiristas. Ficar mutilando filmes na sala de edição e gastando milhões com refilmagem estão longe de ser a maneira certa de tratar as Lendas do universo. Não sou o maior fã do universo do Cavaleiro das Trevas criado pelo Nolan, mas creio que a liberdade que foi concedida a ele seria o melhor caminho para o sucesso do universo DC nas telas. Sementes foram plantadas para as continuações, então só nos resta esperar que bons jardineiros cuidem delas.​

Avaliação: Regular

[tabbyending]

 

Trailer:

 

 


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