Ultimato do Bacon

Os Leões de Bagdá – O Ultimato

Em 29 de Nov de 2018 3 minutos de leitura

Leões de Bagdá

Ano: 2018 Distribuição: Panini Comics
Lançamento: Maio de 2018 Autor: Brian K. Vaughan
Páginas: 168 Artistas: Niko Henrichon

Sinopse: Na primavera de 2003, um bando de leões escapou do Zoológico de Bagdá durante um bombardeio norte-americano. Perdidos, confusos, famintos e finalmente livres, os quatro leões perambularam pelas ruas destruídas de Bagdá numa batalha desesperada pela sobrevivência. Inspirando-se numa história real, Brian K. Vaughan e Niko Henrichon criaram um ponto de vista único sobre a vida durante a Guerra do Iraque, lançando luz sobre esse conflito como apenas uma graphic novel é capaz de fazer. Retratando o drama dos animais, Os Leões de Bagdá levanta algumas questões sobre o verdadeiro significado da liberdade – ela pode ser dada ou apenas conquistada por meio de luta e sacrifício?

[tabby title=”Romulo Miranda”]

por Romulo Miranda

 

Brian K. Vaughan (autor já conhecido por outras obras como Saga, Y – O Último Homem, Ex-machina e Papergirls) se junta com o ilustrador Niko Henrichon (que já ilustrou algumas edições de Fábulas) para trazerem ao mundo essa magnifica Graphic Novel baseada em uma história real que aconteceu na Guerra do Iraque durante a ocupação norte-americana entre 2003 e 2011, tendo sido lançada em 2006 nos EUA e no Brasil dois anos depois em um formato capa cartão.

A obra traz como assunto principal o seguinte questionamento: A liberdade pode ser dada ou conquistada? Sem tomar partido de um lado ou de outro, Brian utiliza várias alegorias para tratar da liberdade do povo iraquiano que é retratado pelos leões que protagonizam a HQ, onde cada um tem uma personalidade própria e bem construída, representando, assim, partes da população daquele país em e sua relação ao governo de Saddam Hussein:

Safa – A leoa mais velha que prefere de estar no zoo por não correr riscos que corria no mundo selvagem;

Noor – A leoa mais jovem que sente saudade de caçar e da liberdade do mundo fora do Zoo;

Zill – O leão macho não se importa muito com a situação em que se encontra e é o mais conformado do grupo;

Ali – leão filhote curioso sobre o que é a liberdade, já que já nasceu dentro do zoológico e nunca viveu na selva.

Nossos heróis, que não são retratados de forma antropomórfica, mas sim de forma mais realista com instintos e necessidades inerentes aos animais, possuem como única fuga da realidade o fato de falarem. Eles habitam o Zoológico de Bagdá, que é atingido durante um ataque que o deixa de portões abertos permitindo a liberdade dos felinos.

A partir desse ponto eles escapam de seu “cárcere” juntamente com diversos outros animais que lá habitavam e passam a percorrer o cenário de guerra onde outrora foi a cidade de Bagdá em busca de comida e sobrevivência.

Cada página é uma obra de arte ricamente ilustrada com cores belíssimas. Niko soube utilizar muito bem diferentes paletas de cores adequadas a cada cenário onde a história é ambientada conforme os leões vão percorrendo o mundo recém-descoberto. Vale observar que os leões são tão bem desenhados quanto o restante do cenário, sendo muito expressivos e passando de forma muito eficiente a emoção que cada está sentindo em cada momento da história.

Todos os quatro integrantes do grupo, apesar de estarem vivendo em um zoológico, são inocentes em relação ao ser humano, não conhecendo o “mundo civilizado” e nem as criações humanas.

Acompanhar a jornada dos protagonistas até o fim emocionante da HQ vale muito cada instante da leitura.

Considerada como melhor Graphic Novel no ano de 2006 pelo IGN, ela chega a lembrar um pouco a também aclamada “Xerife da Babilônia” por mostrar o ambiente da guerra do Iraque sem mostrar o conflito em si. Foi relançada no Brasil pela Panini após 10 anos em formato de luxo, com capa dura e recheada de extras, que são muito relevantes e incluem esboços da arte, comentários dos autores, processo criativo e roteiro.

Existe mais uma curiosidade sobre a obra, que em inglês se chama “Pride of Baghdad”: Em inglês Pride significa orgulho, porém essa palavra também é utilizada para o coletivo de leão. Fazendo mais uma alegoria ao povo daquele país e ao seu orgulho.

 

Avaliação: Excelente!

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