Ultimato do Bacon

EndGame – J-RPGs: O que são? Onde vivem? Como se alimentam? É de comer?

Em 8 de Dez de 2018 10 minutos de leitura

por Lucas Pontes

 

Ah, vídeo-games… Dediquei boa parte da minha adolescência a eles. Não me arrependo. Tá legal, talvez um pouco. Mas fazer o quê? Eles têm um jeitinho especial de prender, como nenhuma outra mídia… especialmente quando são RPGs de turno. Eu amo RPGs de turno. É um dos meus gêneros preferidos. Mas, tem vezes que eles podem parecer intimidadores, ainda mais se você nunca se interessou, ou jogou eles.

Se você quer começar a jogar esse tipo de jogo, mas não sabe por onde, você veio ao lugar certo: eu sou uma pessoa bem atípica quando o assunto é video-game, por que me fascino por jogos acessíveis. Mas não acessíveis no sentido de "até uma pessoa sem cérebro consegue jogar isso", mas sim "até uma pessoa que nem eu consegue jogar isso" (finjamos que são duas coisas diferentes).

Sempre que me procuram e perguntam por onde começar com [insira um gênero de video-game aqui], acabo recomendando jogos que mostrem todas as nuances do gênero em questão, auxiliando para que quem me perguntou tenha uma experiência pouco (ou nada) frustrante. Um dos gêneros que mais me perguntam sobre é o bendito do tal do J-RPG.

Por isso, e por preguiça de ficar repetindo sempre a mesma coisa, eu criei esse guia prático: quando alguém me perguntar sobre isso de novo, eu só mando o link e sigo tomando meus coquetéis imaginários com as minhas Barbies. Mas sem o Ken. Ele acabou bebendo demais da última vez e deixou o balcão do bar fedendo a vômito imaginário. É o pior tipo de vômito, por que o cheiro nunca sai, não importa quantas vezes você limpe.

Índice

O que é um RPG, cara? É DE COMER, OU NÃO?

Primeiro: calma. Segundo: RPG – abreviação para Role-Playing Game – é, por definição, um gênero de jogo originado de jogos de tabuleiro (como D&D, Call of Cthulu, Paranoia, entre outros), que têm como finalidade fazer o jogador viver uma aventura explorando o mundo, arrecadando recursos, tomando decisões, combatendo monstros e, assim, evoluindo seus personagens. Terceiro: não, não é de comer.

Até aí tudo beleza, mas se você leu o título desse artigo, você deve ter notado que tem uma letra a mais na sigla para RPG: o J. É aí, meus amigos e amigas, que as coisas começam a se complicar. J-RPGs são RPGs de estilo japonês (mas não necessariamente feitos no Japão), que se tornaram muito populares na segunda metade dos anos 80, com a criação de uma pequena série chamada Dragon Quest.

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Se você tiver uma cópia desse jogo e um PS4, envie para nós aqui no Ultimato do Bacon. 😉


Publicado pela antiga Enix, Dragon Quest revolucionou tanto a parada, que acabou virando o guia básico de como fazer um J-RPG na época, com sua maestria em transmitir a maior parte do que se jogava na mesa para aqueles trambolhos que chamavam de televisão naquela década. Não existia nada com o mesmo nível de complexidade nos consoles daquela geração, oferecendo muito mais tempo de jogabilidade do que jogos de gêneros divergentes, sendo um grande fenômeno de vendas no Japão.

Mas, fora de lá, Dragon Warrior (como era chamada a série até o seu oitavo segmento fora do Japão) não vendeu tão bem. Na maior parte do mundo, o que fez sucesso mesmo foi Final Fantasy, desenvolvido pela antiga Square.

Se Dragon Quest é o avô dos J-RPGs, Final Fantasy é o tio rebelde e descolado que só aparece na ceia de Natal pra mostrar o quão descolado ele é por que ele conheceu a Scarlett Johansson na sua última viagem a Hollywood (e, claro, trazendo os presentes mais caros pros seus sobrinhos).

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Final Fantasy difundiu o gênero, introduzindo e popularizando muitos conceitos que hoje são usados ampla e descaradamente em J-RPGs. O primeiro jogo simplesmente salvou a Square da falência, criando essa série que hoje é a mais reconhecida no mundo quando o assunto é RPG eletrônico.

Esses dois títulos foram de extrema importância para a história dos RPGs japoneses, sem sombra de dúvidas. É por causa deles que tivemos o que eu gosto de chamar de "A Grande Corrida para Criar a Próxima Série de RPGs que Tenha o Mesmo Sucesso de Final Fantasy/Dragon Quest e Colocar Seu Nome no Mapa da Indústra de Jogos dos Anos 90™" (se você tiver uma sugestão de nome mais curto, mande-a para o meu e-mail: ajude-meaacharumnomemaiscurtodoqueagrandecorridaparacriaraproximaseriederpgsquetenhaomesmosucessodefinalfantasyoudragonquestecolocarseunomenomapadaindustriadejosdosanos90@quepiadaruim.com.br).

O mercado teve uma saturação de RPGs na era 16-bits: todo mundo queria fazer o próximo "hit" e ganhar mil milhões de dinheiros, para fazer mais jogos e ganhar mais dinheiros e por aí vai. O problema é que a grande maioria das desenvolvedoras não queria colocar o mesmo esforço em fazer jogos de qualidade e, bem, digamos que muitos desses jogos mostram isso sem vergonha alguma.

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Aliás, é provavelmente por causa desse boom que você deve estar aqui. "Tantos jogos, mas por onde começar?", você se pergunta. Pra você eu falo: "Calma, pequeno gafanhoto, você ainda precisa saber o básico do básico". É isso o que eu vou mostrar a você leitor. 😉

Mas antes disso…

Você precisa saber que uma das coisas mais importantes para se jogar um RPG é saber o que você está, de fato, fazendo. Por isso, você precisa saber o que cada sigla significa e o seu uso. Então, criei um mini-glossário com as siglas e termos que eu acho mais importantes.

  • HP
    Hit Points, comumente traduzido para "Pontos de Vida". É o número que determina quanto dano o seu personagem pode levar até ele(a) ficar incapacitado de lutar. Preste bastante atenção nesse número, pois se todos os personagens tiverem seus HPs zerados, você terá de voltar para o seu último save. Existem itens e magias para recuperar HP, então não deixe de usá-los!
  • MP
    Mana/Magic Points. Pode ser chamado de outra coisa (como SP, na série Persona), mas é esse número que diz quantas vezes você pode usar suas habilidades e magias. Cada magia/habilidade tem um certo custo de MP, e se você ficar sem… babau. Tá, talvez não seja pra tanto, mas existem classes que são dependentes desse recurso (como magos, por exemplo), que não podem ficar sem. Existem itens e, dependendo do jogo, algumas habilidades que podem restaurar os seus MPs perdidos, embora sejam bem mais raros. A forma mais eficiente de recuperar HP e MP é indo até a cidade mais próxima e procurar algum lugar pra tirar um cochilo, dando em troca alguns trocados. Trocando trocados.
  • EXP/XP
    Sigla para "Experience Points". Esse número dita o quão próximo de atingir o próximo level up, ou subida de nível. É um dos, se não o, recurso mais importante para um RPG. Você ganha EXP depois de uma batalha, ou de completar alguma quest.
  • Level
    Levels, ou níveis, são o que medem a sua potência geral. Quanto maior esse número, mais potente é o seu personagem. Você sobe de nível quando atinge o número de Pontos de Experiência necessário. A cada subida de subida de nível, seus atributos são incrementados, fazendo o seu personagem mais forte.
  • Stats
    Stats, também chamados de Atributos, são o valor numérico de sua força, destreza, defesa, rapidez, sabedoria, entre outros. Procure saber o que cada Stat faz. Normalmente eles têm nomes auto-explicativos, como "força", mas existem alguns RPGs que têm Stats como "Guts", ou "culhões". Nunca saia de casa sem verificar os seus culhões, cara.
  • Classes
    Classes são como funções, ou área de especialização, dos seus personagens jogáveis. Algumas das mais comuns são: mago, clérico, artista marcial, guerreiro, ladrão, entre outros. Cada uma dessas funções têm prós e contras, como um mago aprende magias que causam um estrago ferrado no time adversário, mas geralmente têm pouco HP e defesa, quase que nem um canhão de vidro. Um lutador é mais rápido que um guerreiro e geralmente ambos tem o mesmo poder de ataque, mas o lutador tem muito pouca defesa comparado com o guerreiro, etc., etc.. Vai de você descobrir a utilidade de cada classe pra cada momento.
  • Dano/Damage
    O valor numérico do poder do seu ataque em batalha. Existem tipos de dano que fazem os inimigos sucumbirem mais rápido, dependendo de sua resistência e fraqueza elemental. Se um inimigo tem como elemento principal gelo, provavelmente ele é fraco contra dano de fogo (seja por magia, ou por alguma arma de fogo), e certamente você não deve atacá-lo com golpes de gelo. Ou talvez sim. Mas não.
  • Drops
    Todo item que cai magicamente de algum inimigo após a batalha, sejam poções, dinheiro, sapos mutantes… Existem variações de drops, como rare-drops, que são itens raros que caem de magicamente de inimigos irritantantes, ou difíceis de matar, ou super incomuns de aparecerem. Às vezes todas as opções acima.
  • Quests
    Tarefas, deveres, ou missões, onde você e o seu bando devem cumprir objetivos, tanto para continuar a história (main-quests), quanto pra ganhar recompensas que variam de armas capazes de matar deuses a mais uma poção pra colocar junto com as outras mil que você achou de graça, derrotando monstros (também conhecidas como side-quests). Se você ouvir que alguém precisa de ajuda, vá em frente. Nunca se sabe quando aquele velhinho pobre, caduco e caquético, que mora nos limites da aldeia pode lhe dar uma armadura de ouro, a qual ele poderia vender e garantir o seu sustento pelo resto da vida… seu monstro.
  • Status Effects
    Literalmente "efeitos de estado", são quaisquer efeitos (temporários, ou não) adquiridos durante, ou que continuam após a batalha. Existem estados benéficos (buffs) e prejudiciais (debuffs), mas os mais famosos são: paralisia, envenenamento, aceleração e assim por diante. Como os stats, status effects podem ter nomes e efeitos diferentes pra cada jogo, então preste muita atenção.
  • Dungeons
    "Masmorras", ou "calabouços". Hoje em dia o termo é usado para qualquer área interna em que haja montros para lutar, tesouros para encontrar, e quebra-cabeças para solucionar. Normalmente esses três itens são necessários para construção de uma dungeon, mas (repitam comigo) todo jogo é diferente. Aliás, toda dungeon é diferente: algumas podem ter batalhas contra chefões, que testem seu planejamento estratégico (ou não).
  • NPC
    Non-Playable Character, ou "Personagem Não-Jogável". São os personagens com os quais você, como jogador, interage, mas não controla. São os tiozinhos da venda, o rei desesperado por causa de alguma doença misteriosa que atinge o seu reino, mas que não levantam nádegas reais do trono pra buscar a cura, aquela criança catotenta que te dá uma poção, aquele rival que age como malandro, mas que sempre tem a cara esfregada no chão durante as lutas… enfim, todo mundo que não é (e nem vai ser) do seu bando.

Como diabos eu jogo essas coisas?

Agora que você já sabe mais ou menos a definição de um RPG, um pedacinho da história do gênero e alguns dos termos usados, podemos falar sobre como jogar. Tá achando J-RPG é bagunça? Pois você se enganou. E muito.

Eu escavei os confins da internet (também conhecido como Reddit) atrás de respostas sobre como jogar J-RPGs e, junto com as minhas próprias experiências, formulei um guia. Não, melhor: eu criei as Regras de Ouro dos J-RPGs™ (não aceite imitações). Elas são de ouro, mas nem por isso são permanentes, constantes, ou definitivas. Cada jogo é distinto do outro, cada sistema de batalha tem as suas nuances, mas geralmente eles seguem uma base bem similar. Por isso, siga-as apenas quando forem necessárias e lembre-se: a vodka é feita de batata. Batata, cara…! Que louco, né?

Fale com todos

Se você é que nem eu, você é o tipo de cara que vai numa festa e eu nem consigo terminar de escrever a piada que eu ia escrever só de pensar em estar em um lugar com mais de cinco pessoas. Mas, em J-RPGs, você pode falar com quantas pessoas você quiser, e o que é melhor ainda: sem se sentir extremamente deslocado, ou envergonhado quando você faz perguntas idiotas, do tipo "Será que canibais não comem palhaços por que eles têm gosto engraçado?", "Se você escrevesse um livro sobre fracasso e ele não vender, ele seria um sucesso?", ou "Por que a palavra pra 'medo de palavras longas' é hipopótomonstrosesquipitaaliofobia?" e as pessoas te olham estranho (e com razão)! Isso é o que eu chamo de um milagre da tecnologia!

Por isso, aproveite essa bênção digital e fale com Deus e o mundo (às vezes literalmente!). Leia atentamente tudo o que as pessoas lhe falam, pois geralmente as falas contém dicas para progredir na história, achar tesouros escondidos, entre outras coisas. Ah, e é sempre bom falar com as pessoas até elas começarem a repetir a mesma coisa, como robôs. Como na vida real, esse é um dos sinais pra você se afastar de quem quer que seja o mais rápido possível.

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Explore tudo minuciosamente

Sabe quando você tá andando pela rua e vê uma passagem secreta, com um baú cheio de dinheiro, destrancado, esperando apenas que você o abra no final dela? Depois da terceira ou quarta vez fica chato, eu sei, mas se você pretende jogar J-RPGs, essa regra também se aplica a ficção.

Não tenho palavras pra descrever o quanto as pessoas gostam de esconder itens valiosos em baús no meio do nada (às vezes literalmente) nesse tipo de jogo. Se não fosse algo tão comum em nossas vidas, seria revoltante. Mas, ei, tesouros grátis!

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Leia absolutamente tudo o que tiver texto

Se você leu até aqui, provavelmente goste de ler. Então faça isso, quando estiver jogando J-RPGs. Saber ler realmente é uma mão na roda, especialmente se for a descrição de algum item. Existem itens que têm mais de um uso durante a batalha e que, quando usados, podem ajudar ou atrapalhar. Às vezes os dois. É complicado. Lendo, você vai saber como as coisas funcionam, que itens vender, onde encontrar tal relíquia perdida, entre outras coisas.

Mas leia com atenção e cuidado, também: nem tudo é o que parece e, às vezes, a resposta daquele quebra-cabeça superdifícil está escondido nas entrelinhas de uma das falas de um dos anciões do vilarejo, ou escrito em uma pedra. A coisa que os desenvolvedores mais prestam atenção quando fazem um RPG é o texto, então faça o mesmo.

 

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Saiba gerenciar os seus recursos

Recursos são importantes. Seja MP, HP, dinheiro, gatos ensaboados, ou pó de fada, você não pode ficar sem um plano se um deles termina. Um verdadeiro aventureiro sabe o que usar e, mais importante, quando usar.

Mas não é necessário, também, deixar que isso se torne um medo de usar os recursos a sua disposição no momento. Muitos de nós, jogadores experientes deixamos de usar itens raros, esperando uma oportunidade "perfeita" para usá-los. Não faça isso. Eu vou estar te vendo. E eu não vou gostar nenhum pouco.

Salve frequentemente

Não tenho palavras que possam reproduzir o puro desprezo que é esquecer de salvar o jogo, antes de uma batalha arriscada e de dificuldade extrema, perder tal batalha e perceber que o meu save é de três horas atrás. É que nem ser maratonista e descobrir que você engorda toda vez que corre.

Por isso, meus caros iniciantes, salvem. Ouçam o tio e aprendam.

Preste atenção nos inimigos e nos cenários

Não é a toa que artistas como Tetsuya Nomura, Akihiko Yoshida e Takahiro Kawano ganham a grana que ganham. Eles se preocupam em fazer não somente arte que seja bonita de ver e tenha significado, como também passe as informações que ela tem que passar ao jogador. Por isso, se você estiver lutando contra o Ifrit, o Jinn Infernal, não use habilidades de fogo nele. Parece uma dica bem estúpida, mas muitos monstros mostram suas fraquezas pelo cenário em que você os encontra (afinal, você não encontraria um urso polar morando em Cancún, na vida real) e pelos seus designs.

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Não fuja da batalha

Um bom RPG deixa você no nível certo em que você precisa estar para enfrentar o próximo desafio. Por isso, você não deve fugir de todas as batalhas que encontrar. Cada batalha pode lhe dar mais recursos para serem usados em batalha, além de te deixar mais forte do que antes. Dito isso, a próxima dica é…

Não se arrisque (muito) durante as batalhas

Se os desenvolvedores te deram a opção de correr, é por que você vai precisar. Se você se encontra em uma batalha onde o seu oponente tira metade da sua vida a cada turno, ou você não consegue se curar a tempo, ou que só tenha um personagem vivo para enfrentar três dragões-ornitorrinco pernetas, ou qualquer coisa desse tipo. Alguns jogos podem ser brutais, como Etrian Odyssey, por exemplo, e se você não tiver salvo antes da catástrofe, ou não conseguir correr… Pode dizer adeus a todo o seu progresso.

Ame os seus menus

Menus são a coisa que você mais vai ver durante um J-RPG. Não tenha dúvida. Afinal, são eles quem ditam o que você pode fazer e quando você pode fazê-lo. Descubra o que cada ação de cada menu faz, e se aproveite disso.

Mini-games

Mini-games são aqueles jogos que não têm nada a ver com a parte de RPG na sigla J-RPG. Eles são de extrema importância, entretanto. Além de oferecerem uma pausa do jogo principal, eles podem oferecer ítens super raros e úteis para a sua jornada. Sejam os casinos em Dragon Quest, ou o PokéAthlon em Pokémon HeartGold/SoulSilver, vale a pena tirar um tempinho pra você. O mundo precisa ser salvo, mas ninguém é de ferro, no final das contas.

 

Com tudo isso que falamos aqui, você já pode acompanhar as próximas matérias dessa série, nas quais você será levado ao mundo dos J-RPGs, com recomendações de jogos para iniciantes e aficcionados em geral.

 

 

 

 


 

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