Ultimato do Bacon

It: A Coisa – O Ultimato

Em 8 de Set de 2017 4 minutos de leitura
It: A Coisa (It)
Ano: 2017 Estúdio: Warner Bros.
Estreia: 07 de Setembro   Diretor: Andy Muschietti
Duração: 135 min Elenco: Bill Skarsgard; Jaden Lierberher; Sophia Lillis; Finn Wolfhard

Sinopse: “Um grupo de crianças enfrentam seus maiores medos quando tentam descobrir a causa do desaparecimento de várias crianças em sua cidade natal, Derry. Eles acabam se deparando com uma força maligna em forma de palhaço, chamado de Pennywise, cujo histórico de mortes e violência se repetem há séculos.”

 

[tabby title=”Alexandre Baptista”]

Com a estreia do segundo capítulo, It: A Coisa parece ainda melhor que originalmente

Longa de 2017 deixou a barra mais alta, tornando a tarefa de seu sucessor ainda mais difícil de ser alcançada

por Alexandre Baptista

 

Quando It: A Coisa estreou em 2017, o remake que era visto com algum receio, logo se afirmou como uma das melhores transposições de um livro de Stephen King para as telas. O prolífico autor teve sua conta de obras adaptadas ao cinema e nem todas faziam jus ao seu trabalho. Ainda que tivéssemos clássicos como O Iluminado (The Shining, 1980) na lista, o filme de Kubrick, por exemplo, pecava por alterar em demasia trechos importantes da obra.

O primeiro longa de Andy Muschietti sobre o palhaço dançarino Pennywise – e seu maior e mais assustador alter ego, a coisa – voltou na semana passada aos cinemas, em virtude da estreia de It – Capítulo Dois (It Chapter Two) nesta quinta, 05 de setembro.

Rever o filme – em IMAX – foi empolgante. Assim como disse o Diego na crítica aqui na aba ao lado, a cena de abertura já é um clássico – alguns trechos podem ser conferidos no trailer abaixo. Singela, delicada, bem planejada e executada, ela mostra o que há de melhor no cinema do terror: ritmo, preparação, antecipação, expectativa, atmosfera. E ela, de fato, dá o tom do restante do filme.

Sem muitos sustos ou jump scares, sem excesso de computação gráfica, o longa parece em diversos momentos uma aventura mais assustadora de Gordie Lachance, Vern Tessio, Chris Chambers e Teddy Duchamp em Conta Comigo (Stand By Me, 1986) de Rob Reiner. Não por acaso, também baseado em uma obra de Stephen King.

Esse respiro, esse tempo em tela mostrando as aventuras dos “dark Goonies”, funciona demasiadamente bem para o desenvolvimento dos personagens e para cativar o público. Em alguns momentos, a própria coisa parece um mero coadjuvante da história e não o principal vilão.

No entanto, na hora da ação e do terror propriamente dito, é justamente essa conexão com o público que potencializa o medo, resultando em cenas efetivas de tensão e dramaticidade.

A direção de Muschietti lembra um pouco o estilo de Rob Reiner ou Steven Spielberg, principalmente pela forma de conduzir a ação do elenco infantil. Este impressiona com excelentes atuações de Finn Wolfhard, Sophia Lillis, Jack Dylan Grazer, Jeremy Ray Taylor, Wyatt Oleff e, principalmente, Jaeden Lieberher como Bill Denbrough e sua gagueira.

Isso sem mencionar Bill Skarsgard como Pennywise. O esforço físico do ator nas expressões faciais do palhaço dançarino, seus trejeitos e arremedos, sua mudança na entonação vocal e, ainda mais notoriamente, sua movimentação ocular, aliado à uma interpretação que oscila entre o elegante e o histérico, é uma genuína obra-prima do medo – a referência ao filme de 1990 é proposital.

Se na primeira versão Tim Curry fascinou o público com seu Pennywise, Skarsgard além de se mostrar digno de portar o bastão, agora eleva o jogo numa performance impecável.

Outro aspecto importante a ser ressaltado: o roteiro de Gary Dauberman faz uma opção inteligente na adaptação, conferindo um ritmo único para a aventura infantil. Ao contrário do livro em que se baseia, o longa não oscila entre passado e presente, estabelecendo que os eventos de 1989 estão acontecendo naquele momento. Não temos idas e vindas, flashbacks e antecipações de eventos. Isso confere mais dinâmica ao filme que, ainda que altere alguns pontos da obra literária, permanece fiel à essência do texto e seus pontos mais importantes.

Por fim, It: A Coisa funciona tão bem isoladamente que, caso o capítulo dois jamais tivesse sido realizado, já estaria de bom tamanho.

Mas devo confessar que, assistir ambos na sequência com intervalo de poucos dias entre um e outro, transformou a experiência toda em algo ainda melhor.

 

 

Avaliação: Excelente!

 

[tabby title=”Diego Brisse”]

É muito gratificante quando um filme supera a expectativa! O trailer de It: A Coisa já passava um tom de seriedade e peso que poderia ter sido facilmente sub aproveitado, mas foi muito pelo contrário! Tem peso dramático sem apelar pra coisas explícitas. 

Apesar de ser do gênero terror, não fica tentando te fazer pular da cadeira a cada 5 minutos com sustos bobos, não apela para a violência e torna todo o terror mais psicológico e com peso. A escolha dos protagonistas foi acertada em todos os detalhes, Pennywise foi magistralmente interpretado por Bill Skarsgård, tornando o personagem até mais assustador que no livro. A cena de abertura já pode ser considerarda um clássico! 

Os personagens tem um desenvolvimento apressado, mas funcional. O filme realmente lembra muito o ritmo de Stranger Things, com crianças e pré-adolescentes lidando com o sobrenatural de forma relativamente crível. It: A Coisa é um filme acessível, vai agradar a maioria em peso, é como um filme de terror da Marvel.

Tem clichês, alívio cômico, personagens carismáticos e a seriedade na medida certa. É aquele filme que tem momentos inteligentes que quem não entender, não tem problema, está se divertindo e quem entender vai pra casa com aquela sensação de vitória mental.

Um dos melhores filmes do ano até o momento.

 

 

Avaliação: Excelente

 

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Trailer:

 

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