Ultimato do Bacon

HQs e Rock and Roll (2021)

Em 13 de Jul de 2021 20 minutos de leitura
Hqs e Rock And Roll

Para comemorar o Dia Mundial do Rock, a equipe do Ultimato do Bacon se juntou para fazer essa matéria sobre a relação entre HQs e Rock and Roll!

A relação da música com todas as outras mídias é algo muito comum, quase obrigatório! Na literatura temos a obra de Tolkien que é referência para muitas bandas de metal buscarem inspiração para suas músicas, usarei de exemplo a banda Blind Guardian e seu sexto álbum de estúdio Nightfall in Middle-Earth (1998).

Recentemente temos a DC Comics com a mini série The Dark Knights: Death Metal de Scott Snyder, sequência da Saga Noite de Trevas (confira aqui a matéria completa), cujas edições terão nas capas bandas de Metal (exceção para Lacuna Coil), mostrando mais uma vez esse vínculo do Rock and Roll com os quadrinhos.

    Hqs e Rock And Roll
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Capas de The Dark Knights: Death Metal

Para comemorar esse dia especial, nossa equipe uniu forças para fazer um matéria sobre HQs e Rock and Roll. Para acompanhar a matéria preparamos também uma playlist com nossos rocks favoritos que você pode conferir abaixo! Então dê o play e confira!

Índice

HQs e Rock and Roll

Kiss Psycho Circus de Brian Holguin e Angel Medina         

por Diego Brisse

Hqs e Rock And Roll

A relação do Kiss com os quadrinhos não começou em Psycho Circus. Desde 1977 a banda se aventura nessa área, inclusive com uma “polêmica” história aonde os integrantes da banda deram seu sangue para ser misturado a tinta vermelha que seria usada nas Hqs! Vai vendo…

A banda que sempre teve um forte apelo visual, sendo excelentes marqueteiros, publicaram em 1997 a mini série Psycho Circus, que viria a se tornar o título do 18º álbum de estúdio da banda. As HQs do Kiss eram publicadas pela Marvel, porém aqui a banda trouxe suas idéias para a Image Comics de Todd McFarlane.

Hqs e Rock And Roll

Em Psycho Circus os integrantes da banda são representados pelos Ancestrais, ou Os Quatro que São Um. As entidades conhecidas como Demônio, Amante Estelar, Celestial e Mestre das Feras, são ligadas à um circo que por onde passa acaba atraindo pessoas específicas, incluindo Adam, que passa a ter um importante papel.

Psycho Circus foi roteirizada por Brian Holguin e ilustrada por Angel Medina. A história segue uma linha voltada para o terror leve, com desenhos que lembram muito Spawn. No Brasil foram publicadas apenas seis edições pela editora Abril em 1999, porém a série teve 31 edições.

As edições publicadas no Brasil fecham com certa coerência, mas seria legal ver o restante da série publicada por aqui.

Slayer: Repentless de Jon Schnepp e Guiu Vilanova

por Diego Brisse

Hqs e Rock And Roll

Slayer: Repentless adapta a trilogia de videoclipes da banda composta por You Against You, Repentless e Pride In Prejudice presentes no album Repentless de 2015.

A HQ, assim como a série de videoclipes, é bem violenta e expões o lado sombrio do ser humano e toda a sua maldade. Dessa lista, arrisco dizer que essa é a hq mais Heavy Metal!

A arte de Vilanova é bem carregada e fortalece o impacto proposto pela história. Uma boa hq, porém recomendada somente para aqueles que não se incomodam com violência. Sim, temos muitas hqs como Crossed que extrapolam esse nível de violência, porém em Slayer: Repentless essa violência é muito próxima de algumas realidades e podem causar um certo desconforto.

Antes de se aventurar, assista aos videoclipes. Se você curtir, compre a HQ clicando na capa abaixo e aproveite!

Hqs e Rock And Roll

Vermilliön de Bräo

por Diego Brisse

Hqs e Rock And Roll

Escrita e ilustrada pelo Brasileiro Bräo, Vermilliön é uma HQ um pouco diferente. Aqui o autor usa e abusa de sua liberdade interpretativa para criar uma HQ intimista, sem adaptar “ao pé da letra” as músicas da Banda Slipknot.

Com história e arte voltadas para o público adulto, Bräo conta uma história interessante com um tom bastante soturno, sendo bastante reflexiva. Vermilliön de Bräo mostra o poder da música em nos inspirar a criar, em como ela faz parte da nossa vida.

A HQ nos convida através de sua narrativa e belíssima arte a refletir sobre nossos momentos sombrios e em como devemos enfrentá-los.

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Hqs e Rock And Roll

A Última Tentação de Neil Gaiman e Michael Zulli

por Diego Brisse

Hqs e Rock And Roll

Por volta de 1993, Neil Gaiman foi contratado por Alice Cooper para desenvolver a história do disco conceitual The Last Temptation (1995). Gaiman empolgado com o potencial da história, desenvolveu uma HQ em três partes.

Em A Última Tentação acompanhamos Steven, um pré-adolescente tido como covarde por seus colegas que acaba se deparando com um estranho teatro em sua cidade as vésperas do Halloween. Ali Steven encontra um mestre de cerimônias, caracterizado como o próprio Alice Cooper, que lhe faz questionar seu futuro.

Quando comparado com a até então obra mais significativa de Gaiman, Sandman, A Última Tentação pode parecer um pouco simplória à primeira vista, porém consegue adentrar o imaginário do leitor com seu clima de terror e mistério, e entregar uma experiência bem divertida e interessante.

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Hqs e Rock And Roll

Trilogia “Xampu” de Roger Cruz

por Alexandre Baptista

Hqs e Rock And RollSexo, (algumas) drogas e muito rock’n’roll – Xampu – Lovely Losers explora dramas reais de um grupo de amigos no começo dos anos 90.

A trilgoia Xampu de Roger Cruz se iniciou com Xampu – Lovely Losers, publicada pela editora Devir em 2010. Em 2016, através do selo Stou Club, Roger republicou a HQ com novo título – Xampu #1 – e algumas imagens censuradas.

Por outro lado, conseguiu finalizar sua trilogia que é uma obra autobiográfica de Roger. 

O autor explora, através de um traço extremamente expressivo e onomatopeias que lembram os grafismos do punk, as interações de dramas de um grupo de amigos que se reúne no apê-república de alguns deles.

Festas, muito rock’n’roll, paqueras, ensaios de bandas de garagem, sexo, drama familiar… e até os nerdões da turma que só querem saber de discutir Marvel x DC.

Passada no final dos anos 80 e começo dos anos 90, a HQ retrata de forma muito emocional e sinestésica o ambiente e o clima da cena jovem paulistana desse período. Os botecos, os dilemas, as ansiedades da juventude… e o que move cada um dos personagens em direção ao futuro.

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Hqs e Rock And Roll

Scott Pilgrim Contra o Mundo de Brian Lee O’Malley

por Alexandre Baptista

Hqs e Rock And RollRock é basicamente o combustível básico de Scott Pilgrim Contra o Mundo.

Publicada originalmente em 6 volumes no Canadá pela Oni Press entre 2004 e 2010, Scott Pilgrim Contra o Mundo chegou ao Brasil em 3 volumes pela Quadrinhos na Cia. em 2010, antecipando a chegada do filme que adaptou a obra para as telonas.

Na saga, que é tratada como o “primeiro mangá canadense”, acompanhamos o jovem Scott em sua preciosa vidinha: namoradinha, apê que divide com o amigo, sua banda de rock – a Sex Bob-Omb… até que ele conhece Ramona Flowers, uma garota recém-chegada ao Canadá.

Repleta de clichês sobre amadurecimento, auto-conhecimento e responsabilidade, a HQ sai totalmente do previsível por utilizar uma linguagem absolutamente única, com referências de estilo desde os mangás até os videogames e os então recém-nascidos memes de internet.

Com um humor ácido e na ponta do lápis, O’Malley não deixa de colocar referências ao rock em todo canto possível: dos pôsteres e camisetas de Pilgrim até, obviamente, as apresentações e ensaios da Sex Bob-Omb.

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Hqs e Rock And Roll

Só Mais Uma História de Uma Banda de Germana Viana

por Alexandre Baptista

Hqs e Rock And RollHoje e ontem: a reunião de uma banda promovida por um canal de YouTube. Só Mais Uma História de Uma Banda.

Publicada de maneira independente em 2020, Só Mais Uma História de Uma Banda de Germana Viana é uma aventura incrível pelos bastidores de uma banda de rock dos anos 90 – que fez algum sucesso, mas que acabou antes de “explodir” para o mundo.

A banda formada por Marcelo Carvalho, Roberta Bueno, Raul Vieira e os irmãos Mariana e Robson Mendes – a “Cecília Não Sabe Cantar” –  acaba sendo reunida sem saber pelos jovens do Gramophone Plugado – um canal do YouTube de fãs da antiga banda.

O que deveria ser uma entrevista saudosista acaba sendo uma viagem pela memória e pelos fatos que fizeram com que a banda acabasse.

Uma HQ que reflete muito o clima musical dos anos 90 e, mais ainda, o clima que rola em muitas bandas de rock por aí.

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Quando a música acabar de Isaque Sagara

por Alexandre Baptista

Hqs e Rock And RollGuns’n’Roses, Slayer, Pear Jam, Utopia, Sexo, Drogas, e Geração 90 em Quando a Música Acabar

Quando a música acabar de Isaque Sagara é uma HQ publicada em 2020 pela editora Mino, dentro do projeto “Narrativas Periféricas” da editora. A HQ mostra uma festa de aniversário em 1991 na periferia de São Paulo, regada a muito rock’n’roll… e tragédias. Numa pegada realista e visceral, temos uma HQ de ritmo acelerado e que dá um retrato muito fiel do que estava em alta musicalmente na cena roqueira de São Paulo.

Referências ao Rock in Rio II, Pearl Jam, Gun’n’Roses, Slayer, entre outas e a participação especial à Utopia – banda que pouco tempo depois se tornaria o Mamonas Assassinas – são só  alguns dos detalhes que dão sabor especial a essa HQ de gosto amargo – e baseada em fatos reais. Para não dar spoiler… o rock aqui é hardcore.

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O Pequeno Livro do Rock de Hervé Bourhis

por Alexandre Baptista

Hqs e Rock And Roll

Lançado na França pela Dargaud em 2007 e no Brasil pela Conrad em 2010, O Pequeno livro do Rock é mais uma obra do quadrinista francês e amante da música Hervé Bourhis. Divertido e didático, Hervé lista os maiores acontecimentos na história do ritmo que nasceu do blues e evoluiu através de seus instrumentos.

Assim como em sua versão focada nos Beatles, infelizmente Hervé acaba sendo pessoal demais em sua HQ – o que na verdade é uma qualidade, mas em se tratando de algo que para muitos é algo também muito íntimo, gera diferenças de opinião. As escolhas e críticas de Hervé… talvez não sejam uninimidade. Seja como for, uma HQ que não poderia ficar de fora de nossa lista.

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Beatles em HQ 

Por Alexandre Baptista

Os Beatles são um capítulo à parte quando falamos de “rock & HQs”. O quarteto de Liverpool estão entre as bandas de rock com mais adaptações em quadrinhos e vamos colocar aqui na lista apenas as principais – e que já têm versões no Brasil.

O Quinto Beatle: A História de Brian Epstein de Vivek J. Tiwary e Andrew C. Robinson

Hqs e Rock And RollEpstein vê o quarteto pela primeira vez no Cavern Club na arte fenomenal de Andrew Robinson.

Nesta HQ publicada pela Dark Horse em 2014, Vivek Tiwary usa da arte fenomenal de Andrew Robinson para abordar a história dos Beatles a partir do ponto de vista de Brian Epstein, o empresário que tornou o quarteto de Liverpool em um dos maiores fenômenos do rock mundial.

A belíssima obra ganhou versão nacional no mesmo ano pela editora Aleph, numa edição muito bem cuidada e cheia de extras. Na trama, acompanhamos as mudanças na vida de Epstein, do momento em que toma conhecimento sobre a banda até sua morte por overdose aos 32 anos em 1967.

Uma narrativa regada a sexo, drogas, rock’n’roll e que mostra a homossexualidade de Epstein – escondida à época. Para os fãs de rock, uma excelente HQ nesta lista. Para os fãs de Beatles, imprescindível.

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Baby’s in Black – O Quinto Beatle – A história de Atrid Kirchherr e Stuart Sutcliffe de Arne Bellstorf

Hqs e Rock And RollO traço cartunesco porém eficiente de Bellstorf é preenchido com as músicas dos Beatles em Baby’s in Black.

Muitas figuras próximas aos Beatles receberam ao longo dos anos a alcunha de “quinto beatle”. Do primeiro baterista, Pete Best ao produtor George Martin, todos são reconhecidos de alguma forma como tal.

Baby’s in Black – O Quinto Beatle fala sobre um deles, o baixista  Stuart Sutcliffe, muito embora esse desnecessário subtítulo seja algo surgido somente na edição brasileira lançada pela 8 Graphics em 2012. A edição original, alemã, publicada em 2010 pela Reprodukt menciona apenas o verdadeiro foco da HQ – o relacionamento de Astrid Kirchherr e Stuart.

A bela HQ tem um traço que lembra bastante os mangás de Tesuka, por exemplo e outros exemplares dos anos 70 e 80, com um traço mais simples e cartunesco.

Por outro lado, retratam fielmente o ambiente de efervescência cultural que Hamburgo passava no início dos anos 60, recheando as páginas com letras conhecidíssimas dos fãs do quarteto de Liverpool. Uma HQ que não poderia ficar de fora da nossa lista.

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Paul Está Morto – Quando os Beatles Perderam McCartney de Paolo Baron e Ernesto Carbonetti

 

Hqs e Rock And RollA arte de Carbonetti é de longe o ponto mais impressionante de Paul Está Morto.

Publicada originalmente em 2019 pela 80144 edizioni, editora do próprio Paolo Baron, autor da HQ, esta obra trazida ao Brasil pela Comix Zone em 2020 tem na arte de Ernesto Carbonetti a sua maior qualidade.

Infelizmente, sua trama é construída em cima de uma lenda acerca da suposta morte de Paul McCartney – que teria sido substituído por um sósia chamado Billy Sheers e acaba sendo: obscura demais para quem não é fã dos Beatles; rasa demais para os fãs da banda que conhecem a lenda e suas centenas de versões.

De toda forma, é bastante interessante ver em quadrinhos episódios dos bastidores já sabidos e conhecidos pelos amantes dos quatro fabulosos – como a gravação de vocais com John Lennon pendurado pelas pernas, balançando sobre o microfone. Sem dúvida uma HQ para a lista de melhores HQs de Rock… afinal, o que seria do rock sem suas lendas?

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Hqs e Rock And Roll

The Beatles: Yellow Submarine

Hqs e Rock And Roll

Era uma vez em Pepperland, a Banda do Sargento Pimenta.

Uma das animações mais clássicas do rock se tornou quadrinhos para celebrar seus 50 anos. Publicada em 2018 pela Titan Comics, esta HQ escrita e desenhada por Bill Morrison – fundador da Bongo Comics, desenhista de posteres clássicos da Disney e editor da revista MAD – é uma reprodução fiel da lisérgica aventura em animação lançada pelos Beatles em 1968.

Lançada no Brasil ainda em 2018 pela DarkSide, a obra conta a história da pacata e feliz Pepperland, atacada pelos Malvados Azuis. Com isso, resta ao Sargento Pimenta lançar um pedido de socorro ao quarteto de Liverpool.

Com cenas e desenhos idênticos aos da animação e diálogos que preservam a intenção original, a HQ é um acerto imenso aos fãs do rock psicodélico do final dos anos 60, especialmente aos fãs dos Beatles. A única pena é que algumas piadas se percam na tradução.

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O Pequeno Livro dos Beatles de Hervé Bourhis

Hqs e Rock And RollEm esquema de linha do tempo, O Pequeno Livro dos Beatles é quase um catálogo em quadrinhos.

Lançado na França pela Dargaud em 2010 e no Brasil pela Conrad em 2011, O Pequeno livro dos Beatles é uma obra quase catalográfica da carreira dos músicos com pequenos comentários do autor sobre suas impressões de músicas e álbuns lançados pelo quarteto.

Sem uma trama ou um fio condutor narrativo, a HQ é basicamente uma linha do tempo ilustrada ou um album de recortes, com anotações e comentários do autor, fã dos Beatles e de música.

Infelizmente, a formação musical do quadrinista difere absurdamente da minha… e algumas opiniões me incomodam muito pela análise rasa e totalmente desinformada que Bourhis emite.

Ainda assim, um trabalho interessante para a rápida organização de fatos e acontecimentos da história dos Beatles e do rock, valendo um lugar na lista de melhores HQs de rock.

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John Lennon – Um Tiro na Porta de Casa de Pablo Maiztegui (POL) e Marcelo Orsi Blanco

Hqs e Rock And RollA arte com inspiração setentista de POL e Marcelo Blanco é um ponto de destaque desta HQ.

Nesta HQ, lançada em janeiro de 2011 no México pela Vergara Y Riba Editoras (V&R Editoras) e em outubro do mesmo ano, pela mesma editora no Brasil, veríamos o nascimento de uma coleção estrelando “tragédias do rock”.

Infelizmente, após este primeiro número, a coleção foi descontinuada no Brasil e não tivemos os outros títulos que existem lá fora, estrelando Michael Jackson, Jim Morrison e Bob Marley.

Na trama, acompanhamos diversos momentos da vida de Lennon, começando com a famosa foto realizada por Anne Leibovitz, em que John abraça Yoko Ono nu, em posição fetal.

Dali pra frente, o autor nos expõe episódios em que Lennon demonstra sua personalidade e transmite seus pensamentos, muito diferentes em certa medida, do que a sociedade estava preparada para compreender ou aceitar.

A HQ – como o subtítulo e o nome da coleção revelam – termina com os trágicos tiros recebidos por Lennon de Mark Chapman, em 08 de dezembro de 1980. Um marco na história do rock. Uma HQ obrigatório na lista de melhores HQs de rock.  

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Lennon de David Foenkinos, Eric Corbeyran e Horne

 

Hqs e Rock And RollUma viagem pelo mundo do sexo, drogas e rock’n’roll em Lennon.

Publicada pela Marabulles na França em 2015, a HQ é baseada no livro de Foenkinos com uma bela adaptação e arte por Eric Corbeyran e Horne. Publicada em 2017 pela Nemo no Brasil, a HQ foca nos anos finais da vida de John Lennon em que o músico se estabeleceu em Nova York e lutou contra sua dependência química e seus traumas de vida.

Revisitando sua vida pregressa, John analisa tudo aquilo que o fez ser quem é hoje: pai, marido, ex-Beatle, ícone… homem.

Indicada em 2018 para um Eisner, a arte da HQ, em preto e branco, mostra que às vezes, a cor atrapalha e seu ritmo mais maduro certamente irá agradar aos roqueiros mais experientes que estejam conferindo nossa lista de melhores HQs de rock. Um mergulho em todas as facetas que fazem do rock’n’roll mais que um estilo musical.

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Uma dica que não está relacionada a HQs mas que deve agradar aos fãs do Beatles é a reedição e nova montagem do acervo visual coletado durante as gravações do álbum Let It Be, que vão ganhar um lançamento em novembro através do Disney +.

Montado por ninguém menos que Peter Jackson, o documentário ganhou trailer recentemente. Leia mais sobre o assunto no Quinta Capa.

Canário Negro de Brenden Fletcher e Annie Wu

por Lucas Souza

Hqs e Rock And RollCanário Negro vira uma cantora de sucesso na série de 2015 que contou com roteiro de Brenden Fletcher e arte de Annie Wu

Após os Novos 52, a DC Comics decidiu dar um novo rumo para a Canário Negro e a personagem se tornou uma cantora famosa que atua em uma banda de Rock (a editora chegou a lançar músicas da personagem, ouça aqui).

A história possui um clima leve e divertido e se aprofunda em mistérios que envolvem uma garotinha beeeem especial e a própria Amanda Waller – o próprio motivo da participação da Canário na banda é um dos mistérios da HQ. 

Esqueça as amarras cronológicas e caia na estrada com a Rock Star Canário Negro!

A série que teve 12 edições e foi publicada em 2015/2016, pode ser conferida na íntegra no Brasil nos encadernados “Canário Negro: O Som e a Fúria” e “Canário Negro: Rock’N’Roll”

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Mondo Urbano de Mateus Santolouco, Eduardo Medeiros e Rafael Albuquerque

por Lucas Souza

Hqs e Rock And RollO sucesso e a vida de Van Hudson são os fios condutores da trama da HQ Mondo Urbano

Mondo Urbano é uma HQ interessante desde sua concepção porque ela simplesmente não tem uma história única. A realidade é que temos diversas tramas que giram ao redor do rock star Van Hudson. O personagem, que tem o típico comportamento de astro, era tido como um músico de pouco talento até colocar suas mãos em uma “guitarra mágica”.

Ao contrário do que acontece nos filmes da Disney, a magia apresentada na HQ não é “legal” nem divertida, está mais para um pacto com o demônio do que qualquer outra coisa..

Durante toda a HQ vemos relatos e histórias diferentes que orbitam o estrelato de Hudson: temos amigos, tietes, fãs que só querem ir ao show, músicos da banda e até um lojista que jura ter sido o responsável pela venda da tal “guitarra mágica”…

Muitos acreditam na lenda enquanto outros refutam a tal teoria da guitarra encantada. A realidade é que a vida do músico movimenta a HQ do começo ao fim!

Mondo Urbano é uma HQ nacional que foi originalmente criada em 2009 pelo trio Mateus Santolouco, Eduardo Medeiros e Rafael Albuquerque. O projeto ganhou em 2019 uma belíssima edição capa dura pela Mino. Essa edição reúne toda a trama original que foi lançada em capítulos.

Confira o review completo de Mondo Urbano aqui!

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Mondo Urbano

Bowie: Stardust, Rayguns & Moonage Daydreams de Michael Allred e Steve Horton

por Alexandre Baptista

Hqs e Rock And Roll

Life on Mars? em uma página: um pôster aguardando ser enquadrado.

Com roteiro de Michael Allred, Steve Horton, arte de Michael Allred e cores de Laura Allred Stardust Rayguns & Moonage Daydreams foi publicado originalmente em 2020 pela Insight Comics, ganhando no mesmo ano uma versão em português pela Panini.

A HQ começa de maneira previsível, abordando de maneira biográfica eventos da vida de David Jones – que viria a adotar o nome artístico de David Bowie.

No entanto, o ponto de partida da história – e seu foco principal – é o último show de Bowie, na persona Ziggy Stardust, com as Spiders from Mars, dando um recorte fechado para a HQ e “pirando” na escalada de Bowie até sua primeira transformação em ídolo inquestionável.

A história é repleta de participações de diversos ícones do rock e da cultura pop – como foi a vida de Bowie – além da presença de capas de álbuns icônicos, filmes e referências que compunham a efervescência cultural da vida em Lodres nos anos 70.

O ponto alto, além da arte deslumbrante de Allred, são as páginas em que o autor sintetiza as letras das músicas de Bowie. A cada bloco, uma página assim é inserida, transformado a obra em algo indispensável aos fãs do artista.

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Dark Nights Metal e Death Metal de Scott Snyder

por João Pedro Maia

Hqs e Rock And Roll

A mega saga multiversal de Scott Snyder não nega suas influências do rock. Podemos ver principalmente pela aparência de seu principal vilão, o Batman que Ri, com sua roupa de couro de seu visor de espinhos. Para combinar com a saga “metal”, Snyder lançou até mesmo uma playlist no Spotify, com nomes indo de Black Sabbbath a Led Zeppelin, com Judas Priest, Motörhead e muito mais.

Aqui no Brasil, para manter o clima de rock, a Panini lançou um box especial temático, contendo a minissérie e os especiais, além de um pôster e o CD do Sepultura, Machine Messiah.

E assim como no rock os solos seguem subindo até chegar ao clímax, Snyder anunciou seu “encore”, o famoso “bis”, com um escopo ainda maior, com direito a artes com o Batman “tradicional” tocando uma guitarra foice.

As referências em Death Metal vão desde as obvias até as mais espertas como as energias “Anti-Crisis” e “Direct-Crisis” (AC/DC) a homenagens a Lemmy e Motörhead, sem contar que o tie-in da família Flash é diretamente chamado de Speed Metal.

Além do Batman, Superman, Mulher Maravilha e diversos outros personagens assumem uniformes que poderiam ser reminiscentes de um grupo de rock, desde o punk até elementos do “glam rock” (como Twisted Sister).

Para celebrar esse lançamento, a DC também anunciou capas variantes em diversos países celebrando a música que inspirou a saga com Dark Nights: Death Metal Band Edition. As bandas que estarão em cada uma das capas serão Megadeth, Ghost, Lacuna Coil, Opeth, Sepultura (com arte de Albuquerque e Pedro Mauro), Dream Theater e claro, o terror do morcegão, Ozzy Osbourne.

Scott Snyder é conhecido por sua mente insana para os quadrinhos, e seus arcos colocaram o Batman em diversos apuros, porém, com a liberdade criativa dada a ele, podemos ver todo o universo DC ruir e ser reconstruído em uma saga que além do impacto incorpora todos os elementos do verdadeiro Rock n’ Roll.

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Punk Rock Jesus de Sean Murphy

por André “Brasuka”

Hqs e Rock And Roll

Que tal um sci-fi que mistura rock e religião? Essa é a pegada de Punk Rock Jesus, uma história em quadrinhos do selo Vertigo (DC Comics) escrita e desenhada por Sean Murphy, o mesmo de Batman – O Cavaleiro Branco.

Na história, temos um clone de Jesus Cristo desenvolvido a partir do DNA preservado no Santo Sudário (a possível toalha que Jesus, o original, usou para limpar seu rosto sujo e ensanguentado) e que se torna um ícone da cultura pop através de um reality show.

A obra é relevante por tecer críticas à sociedade moderna, mídia, religião, fanatismo e ciência, numa arte incrivelmente detalhista com aspectos sujos (próprios do estilo punk) desenhada em preto e branco.

Ateando fogo em várias polêmicas – programas televisivos que entorpecem a mente dos telespectadores, políticos que utilizam da fé alheia para se manterem no topo, consumismo, culto a celebridades, fanatismo religioso e suas justificadas guerras em nome da fé, clonagem – nos leva a trilhar o caminho de uma sociedade líquida e efêmera.

Punk Rock Jesus apresenta uma versão radical de Cristo, numa pegada rebelde e disposta a enfrentar o sistema, alfinetando todas as esferas da vida social. Isto traz um questionamento: o que Ele faria caso voltasse à Terra e encontrasse o planeta da forma e conteúdo que está atualmente?

Temos o hábito de criticar o mundo sem nunca estar satisfeito com coisa alguma, aguardamos um Salvador (nem todos, é claro) sem fazer direito a parte que nos cabe… Questionar e fazer apontamentos, aspectos inerentes em Punk Rock Jesus, fazem com que esta HQ seja listada como um dos quadrinhos mais impactantes lançados recentemente.

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Punk Aranha (Aranhaverso) de Dan Slott

por André “Brasuka”

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Hey, ho! Let’s go! Homem-Aranha e rock n’ roll sempre tiveram uma parceria bacana, que o diga a banda de punk rock Ramones – os caras eram fãs de quadrinhos e homenagearam o Teioso com o single Spiderman (do álbum Adios, Amigos!). Além disso, Blitzkrieg Bop, música de 1976, até hoje é um tremendo sucesso tocado, inclusive, no filme Homem-Aranha: De Volta ao Lar. Contestando o sistema e os valores tradicionais, nada mais justo que o surgimento de um Aranha anarquista em nossa lista.

Direto de uma realidade alternativa (a Terra-138), Hobart “Hobie” Brown foi picado por uma aranha irradiada com lixo radioativo, proclamando a si mesmo como Punk Aranha em sua luta pela liberdade contra o regime fascista do presidente dos EUA, Norman Osborn.

Com poderes equivalentes a uma aranha, uma guitarra nas mãos e atitude de sobra, o personagem descarrega 15.000 volts de punk rock sobre a ditadura de seu arqui-inimigo!

Participou também das sagas Aranhaverso e Aranhagedom, escritas por Dan Slott, junto à Força Aranha (com vários avatares do personagem pertencentes a outras realidades) contra Morlun e os Herdeiros, clã de imortais caçadores de Aracnídeos que se alimentam da essência deles através das dimensões – como se percebe, a vida do Homem-Aranha não é fácil nem mesmo no multiverso, para delírio dos fãs. Look out, here comes the Spider-Man!!!

Tempestade Punk (X-MEN) de Chris Claremont

por André “Brasuka”

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Na década de 1970, surgia nos EUA e Inglaterra o movimento punk, fenômeno sociocultural marcado por forte contestação ao sistema, uma ideologia que também era identificada como movimento de contracultura, pois o objetivo era quebrar tabus, romper com as normas e padrões tradicionais através da música, arte, moda e cultura.

Portanto, nada melhor do que a mutandade para desafiar o sistema, afinal, uma das características marcantes dos X-Men é justamente questionar a sociedade através de metáforas e analogias com o mundo real. Assim, Chris Claremont apresentou um novo visual para a rainha dos ventos Tempestade na edição de número 173 da revista Uncanny X-Mem – saem os trajes negros e cabelos compridos para dar lugar a calças e jaquetas de couro, além de um corte de cabelo em estilo moicano.

Vale lembrar que, em determinado período, Ororo Munroe lutou contra a líder dos Morlocks, Calisto, para ver quem assumiria a liderança dos mutantes que viviam nos subterrâneos e esgotos de Nova York, perseguidos por sua aparência física. O visual punk de Tempestade sinaliza, enfim, que os mutantes vieram para sacudir o status quo, derrubando preconceitos e regras datadas. Como diria Xavier, “a mim, meus X-Men!”

Kombi 95 (2017) de Thiago Ossostortos

por David Horeglad

Hqs e Rock And RollA capa de Kombi 95, de Ossostortos, ao lado da arte que originou o álbum Dookie, de Richie Bucher

Dookie (1994) – 193º melhor álbum de todos os tempos pela Rolling Stone – é um CD bem autobiográfico do Green Day que fala sobre vivências da juventude. A arte da capa, desenhada à lápis por Richie Bucher, retrata uma cena de caos na Baía de São Francisco, região dos integrantes da banda. É mais ou menos isso que Thiago Ossostortos faz com o quadrinho Kombi 95 (2017), só que ao invés da Califórnia, a Grande São Paulo.

Na história, três amigos investigam o sumiço de um colega do bairro. As suspeitas caem na Kombi dos Palhaços, um boato – ou não – de homens fantasiados que sequestravam crianças e vendiam seus órgãos.

A HQ, que saiu pela editora Plot! em 128 páginas, mostra dezenas de referências dos anos 1990. E claro, o rock está sempre presente. Das camisetas de banda, pôsteres nas paredes dos quartos, à turma da “esquina do rock”.

Além de trechos de músicas que aparecem como complemento da narrativa. As mesmas estão em uma eclética playlist feita por Ossostortos para embalar a leitura, que inclui Mamonas Assassinas, Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana e Raimundos. Confira aqui minha review completa

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Kombi 95 (2017) – O Ultimato

Mjadra (2020) de Thiago Ossostortos

por David Horeglad

Hqs e Rock And RollO antigo prédio da MTV na Alfonso Bovero, por onde o rock marcou presença, pelas mãos de Ossostortos

Mjadra (2020) fala do encontro de um ex-VJ da MTV MyTV, Derick, com um youtuber, Enzo, seu colega de apartamento. É o conflito do passado, na forma de um recém-divorciado sem dinheiro, com o presente, representado pelo influenciador digital. E esse passado encontra-se em uma das mais nostálgicas lembranças dos roqueiros da geração do milênio: a MTV.

É interessante lembrar que durante os anos 1990 e 2000, quando a MTV brasileira viveu, o rock era muito popular. Tocava nas estações de rádio dedicadas aos jovens e à música pop. Mesmo que a moral da HQ seja que não devemos viver do passado, relembrar essa época é muito bom.

O quadrinho tem seus momentos de mistério, quando Derick se lembra de uma antiga suspeita sobre Seu Azani, o locador do apartamento que prepara um prato chamado mjadra para todo mundo que conhece. Ossostortos publicou a HQ de forma independente em 144 páginas, novamente usando o recurso das letras de música como legenda. Desta vez, bandas paulistanas como Ira!, Titãs, Rock Rocket e Pullovers estão presentes.

Bônus – Outras HQs de Rock

 

Hqs e Rock And RollPagina de Elvis – The Graphic Novel da Z2 Comics: em pré-venda, variando de US$ 19.00 a $299.00.

Obviamente que o mundo do rock fornece material riquíssimo para adaptações em quadrinhos e até mesmo para inspirar personagens e narrativas que não são essencialmente biográficas, mas sim inspiradas pelas músicas e temas desse gênero musical.

A intenção da lista não é esgotar o tema e sim pontuar algumas das principais publicações. Mencionamos ainda que, no cenário nacional, tem se destacado a editora Estética Torta, que tem liderado o cenário de adaptações e obras inspiradas em álbuns e seus temas.

Vem aí pela editora títulos como Mamonas Assassina – A Graphic Novel Oficial de Thiago Ossostortos que adapta a história da banda de Guarulhos – iniciada como a séria banda Utopia, mas depois alçada ao sucesso quando abraçou a paródia e o humor no rock;

Templo das Sombras, HQ baseada no álbum conceitual Temple of Shadows do Angra, com argumento de Rafael Bittencourt, roteiro de Felipe Castilho e arte de Ale Santos; e Dio: Holy Diver que adapta a história por trás da capa do álbum homônimo da banda de Ronnie James Dio, com argumento de Steve Niles, arte de Scott Hampton e Bill Sienkiewicz.

Já no cenário internacional, destaca-se a Z2 Comics, que tem em seus lançamentos futuros a Elvis – The Graphic Novel que irá adaptar a vida do Rei do Rock pelas mãos de Chris Miskiewicz (roteiro) e arte de Michael Shelfer. Outros lançamentos da editora figuram a banda Alter Bridge; o eterno vocalista do Queen, Freddie Mercury; Joan Jett; Blondie e muitos outros. Vale mencionar que alguns títulos publicados pela Estética Torta no Brasil, são da Z2 Comics.

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Créditos:
Texto: Equipe
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse

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