Ultimato do Bacon

Feliz! (2a temporada) – O Ultimato

Em 10 de Jun de 2019 3 minutos de leitura

Feliz! (Happy!) – 2ª Temporada

Ano: 2019

Distribuição: Netflix

Estreia: 27 de Março / 03 de Junho (Netflix)

Diretor: Brian Taylor, David Petrarca, Wayne Yip, Marianna Palka, Joseph Kahn, Christopher Meloni

Roteiro: Grant Morrison, Brian Taylor, Peter Macmanus, Patrick Macmanus, Noelle Valdivia, Ken Kristensen, Matthew White, Ahmadu Garba, Ashley Michel Hoban, Darrick Robertson, Matthew White, Evan T. Riley

Duração: 60 min/ep

Elenco:  Christopher Meloni, Ritchie Coster, Lili Mirojnick, Patton Oswalt, Bryce Lorenzo, Medina Senghore, Patrick Fischler, Christopher Fitzgerald, Antonia Rey

Sinopse: "O sucesso do Syfy está de volta para mais. O Syfy estava tão feliz com, erm, Feliz! … continuando a história do ex-policial corrupto que virou mercenário, Nick Sax (Christopher Meloni) cuja vida é mudada para sempre por um unicórnio de asas azuis imaginário implacavelmente positivo chamado Happy (voz de Patton Oswalt).”

 

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Na onda de séries excelentes canceladas por seus canais, segunda temporada de Feliz! mantém a qualidade e o humor absurdo

Baseada em HQ de Grant Morrison e Darrick Robertson, a série estrelada por Christopher Meloni e Patton Oswalt está disponível na Netflix

Por Alexandre Baptista

 

A segunda temporada de Feliz! (Happy!) estreou na Netflix já cancelada pelo SyFy. Assim como outras séries recentes que estão sendo muito bem avaliadas pela crítica e pelos fãs, o que suscitou o cancelamento de Feliz! não foi a série ser boa ou não. Infelizmente o SyFy é um canal de televisão, disponível em 92 milhões de lares norte-americanos (e mais uns tantos brasileiros) e a métrica de sucesso deles é a audiência.

O novo capítulo da saga teve uma audiência muito mais baixa que a primeira e, para que a terceira temporada da série seja garantida, vai ser preciso que a Netflix (ou alguma outra concorrente do streaming) decida adotar a produção. E é bom que façam isso logo, porque a série vale muito a pena.

Sequência da primeira temporada (que resenhamos e avaliamos aqui), seguimos acompanhando o ex-policial Nick Sax – agora pai de uma menina muito decidida e traumatizada pelos eventos sofridos na mão do Papai Noel Mendigo. Alcoolatra em remissão, decidido a ser um "bom exemplo", Sax não pega mais os trabalhos de assassino de aluguel, mercenário ou o que quer que seja, sendo um típico taxista nova-iorquino (viva o estereótipo). Só que a Páscoa está chegando e com ela acontecimentos que irão chamar Sax de volta à ativa.

A trama, que na primeira temporada seguia à risca a HQ homônima de Grant Morrison e Darick Robertson, mas ampliava as subtramas – que não existiam nos quadrinhos – agora desenvolve essas subtramas de maneira solta, livre, totalmente dadaísta e surrealista (com muitas, muitas referências a Salvador Dali).

A série segue tendo um humor extremamente escancarado por um lado, ao mesmo tempo em que é sutil e altamente metafórico por outro. A qualidade dos efeitos visuais e da produção em geral segue sendo alta para um seriado.

Se Christopher Meloni como Nick Sax estava bem na primeira temporada, nessa segunda ele está ainda mais à vontade no papel, mais surtado e extremamente engraçado, caricato, exagerado e canastrão. Patton Oswalt repete o excelente trabalho como Feliz e o elenco restante com a volta de Smoothie (Patrick Fischler), Sonny Shine (Christopher Fitzgerald), Assunta (Antonia Rey) e Blue, agora possuído por Orkus (Ritchie Coster) seguram muito bem as demais cenas.

Destaque especial para Medina Senghore no papel de Amanda Hansen que também tem mais destaque nessa temporada, tendo a chance de mostrar uma variação em sua atuação muito interessante de ver. De mãe protetora a mulher histérica; de viciada em substâncias a viciada em sexo; de vítima a matadora feroz e f*dona. Excelente.

Talvez o único problema, que acabei de apontar como qualidade ali em cima, seja a falta do material de base. A primeira temporada equilibrava uma história que viajava entre os elementos imaginários e a realidade brutal da pornografia infantil nos altos escalões do poder. Com toda a história da HQ já transposta e mostrada em 2017, o material novo se apoiou na subtrama. Não é que seja ruim, mas a série passou a apostar somente no lado mais ficcional da coisa.

Se a metáfora ficou ainda mais refinada e o humor ainda mais sutil, por outro lado, de forma narrativa, se afastou um pouco do clima policial original. Algo um tanto como quando fazemos um bom tempero em um prato e, por ter sido tão elogiado numa primeira vez, acabamos exagerando na quantidade dele, estragando uma segunda tentativa. Apostaram no elemento de sucesso mas falharam em equilibrar um pouco a coisa.

Ainda assim, Feliz! deixa muito, muito espaço para uma terceira temporada. Se você ainda não conhece essa insanidade, esteja avisado: sexo, drogas e violência gráfica, em suas formas mais bizarras estão presentes na série. Ainda que de forma não totalmente explícita, pode ser um conteúdo extremamente sensível para alguns.

Agora resta torcer para que o próximo capítulo não fique apenas na imaginação.

 

 

Avaliação: Ótimo!

 

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Trailer

 

Conheça a HQ que inspirou a série!

 

Edição nacional (Devir)

 

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