Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal (Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile, 2019) é um filme que retrata o famoso serial killer americano.
Nosso Ultimato do longa pode ser conferido aqui onde explicamos e analisamos os pontos fontes e fracos do filme dirigido por Joe Berlinger.
Vale repetir nesta dica que, ao contrário dos documentários sobre o assassino, que buscam saciar uma curiosidade mórbida de algumas pessoas ou o deslumbramento ante sua inteligência e brilhantismo, Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal caminha por outras estradas.
Neste longa, estrelado impecavelmente por Zac Efron no papel-título, o foco é a personagem de Liz Kendall, interpretada por Lily Collins e todo o seu desenrolar, ainda que não seja narrado pela personagem ou acompanhem somente ela, oculta a maior parte das situações e revelações que ela não sabe.
A ideia aqui é de que o espectador tenha o ponto de vista da população geral na época. Seria Bundy o verdadeiro assassino? Teria ele sido acusado injusta ou erroneamente?
No entanto, não tenha medo de uma possível glamourização de um dos assassinos em série mais famosos e perigosos que a história já conheceu. Berlinger flerta com isso durante o filme, somente para dar um gostinho à plateia de como foi para a opinião pública da época julgar os fatos que iam sendo revelados.
Ao final, não resta dúvida da frieza de Bundy e sua crueldade desumana.
É importante também ressaltar que este longa, presente no catálogo da Netflix, é apenas um dos títulos que focam na vida do assassino e que, romanceado, foge da correção histórica em alguns pontos.
Caso você tenha interesse, tanto a Netflix quanto a Amazon Prime Video têm opções de documentários e séries abordando os fatos de maneira mais precisa.
Isso também vale para o período de tempo retratado. Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal faz um recorte de tempo, encerrando sua narrativa praticamente após o julgamento de Bundy em 1979-1980 e apenas mostrando um curto trecho em 1989, ano em que foi eletrocutado.
A história do filme vem do roteiro de Michael Werwie que foi baseado no livro da própria Kendall, The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy. Talvez seja justamente por esse motivo que o enfoque seja a mulher com quem Bundy viveu por mais tempo.
O filme é envolvente, marcante e pode deixar alguns telespectadores mais sensíveis bastante incomodados. Não pela violência gráfica – o longa de Berlinger é bastante cuidadoso com isso e tenta não ser explícito ou desagradável – mas pela natureza inaceitável dos crimes cometidos.
Por que assistir Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal?
Outro destaque para que você se convença em conferir o longa é a presença de um elenco sensacional.
Jim Parsons, o Sheldon de The Big Bang Theory (2007-2019), interpreta o promotor Larry Simpson; John Malkovich interpreta o juiz Edward D. Cowart da Florida e Kaya Scodelario faz Carole Ann Boone, ex-mulher e mãe da filha de Bundy.
Além deles, o longa conta com participações de Haley Joel Osment – o garotinho de O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999) – como Jerry, colega de trabalho de Liz Kendall e James Hetfield, o fabuloso vocalista do Metallica, como o oficial Bob Hayward.
Apesar de uma cena muito curta, é bastante curioso ver Hetfield pagando de policial do interior dos Estados Unidos.
E claro, conferir o desempenho de Zac Efron, que foi ao estrelato juvenil depois de High School Musical (2006), agora em um papel denso, difícil e bem executado.
Se ainda assim você não estiver convencido, saiba que, mais do que um filme baseado em fatos reais sobre um serial killer, Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal é um filme que trata de algo “extremamente malvado, chocantemente maligno e vil” como seu título original sugere: o real perigo que o silêncio esconde em relacionamentos abusivos.
Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal está disponível na Netflix!
Trailer:
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Créditos:
Texto e Edição: Alexandre Baptista
Imagens: Reprodução
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