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Lucifer (Netflix) – Dicas de Streaming

Em 11 de Set de 2021 3 minutos de leitura
Lúcifer sentado na sua icônica poltrona no seriado da Netflix

A dica de Streaming da semana vai para os amantes de humor negro assinantes da Netflix. Com um tom suave e levemente bobo, Lúcifer é uma boa pedida para os fãs de séries policiais com inclinação para o sobrenatural. O humor negro e não apelativo do seriado fazem com que ele seja perfeito para ser assistido sem muito esforço mental – o que o programa quer que você repare ele faz ficar óbvio na tela.

Saiba mais sobre Lúcifer

Dita como sendo baseada na HQ homônima da Vertigo, Lúcifer só aproveitou de sua co-irmã dos quadrinhos o nome, a premissa básica e alguns de seus personagens mais conhecidos. A história pesada, cínica e com toques constantes de terror e suspense não dá as caras no seriado que aproveita a premissa para criar um ambiente mais leve e característico da TV aberta. Mesmo assim, Lúcifer tem no humor negro e em piadas mais picantes suas principais armas. É mais leve do que a obra original, mas não aconselhado para crianças.

Tom Ellis dá vida a um Lúcifer totalmente diferente dos Quadrinhos de Neil Gaiman

Assim como nos quadrinhos homônimos, o seriado se inicia com o protagonista Lúcifer Morningstar morando em Los Angeles (sim, a cidade dos Anjos) e comandando uma casa noturna na cidade. Entediado e cansado de suas obrigações “infernais”, o clube Lux é seu novo domínio. Infelizmente, não há o envolvimento de Morfeus nessa situação.

Após presenciar o assassinato de uma conhecida, o protagonista se envolve com a detetive Chloe Decker (Lauren German) para resolver o caso. Sua relação com a Polícia e com a detetive Decker são os motores da série ao lado de seu irmão anjo Amenadiel (D.B Woodside) que foi enviado para fazer o protagonista retornar aos seus infernais domínios.

A série não possui nada de inovador. Ela segue a fórmula de “mistério da semana” impulsionada normalmente pelos casos da detetive Decker e tem no núcleo divino, com Amenadiel sendo o personagem recorrente, a trama mais longa que desencadeia as verdadeiras viradas da série. É o envolvimento do mundo celestial com o mundo humano que cria os arcos abordados em cada temporada.

O que torna Lúcifer interessante é a atuação carismática de Tom Ellis no papel principal. Cheio de trejeitos e frases de efeito bíblicas, o Lúcifer do ator alterna momentos cômicos e ameaçadores durante a série – digno de um bom psicopata. Os poderes do protagonista também são variados e criam situações inusitadas em todo o seriado: super forte, controle mental, mudanças leves de aparência e outras dão as caras. Os diferentes poderes “especiais” entre os anjos dão uma dose extra de emoção aos embates.

Mesmo sem o personagem título, a série já teria nos seus coadjuvantes a receita para cenas inusitadas. Destacam-se o detetive e ex-marido de Decker Dan (Kevin Alejandro), a demônia acompanhante de Lúcifer Mazikeen (Lesley-Ann Brandt), a psicóloga do protagonista Linda Martin (Rachel Harris) e a filha pequena de Decker, Trixie (Scarlett Stevez). As relações dos protagonistas com a figura do personagem principal variam e surpreendem adicionando um elemento extra na série. Por mais interessante que seja a atuação de Tom Ellis, esses elementos são primordiais para que a trama funcione e nos faça querer ver os próximos capítulos.

Lúcifer confronta seu irmão Amenadiel na 1ª temporada do seriado

A série poderia estar facilmente dentro do universo da CW – composto de Flash, Legends of Tomorrow, Supergirl e Arrow – dado seu tom. Os esforços empenhados pela CW para incluir o personagem no crossover da Crise nas Infinitas Terras deve ter sido imenso, porém, foi super interessante ver o encontro desse Lúcifer com o Constantine. Um encontro verdadeiramente memorável.

Iniciada em 2015 na Fox, a série foi cancelada após 3 temporadas e apenas 57 episódios. Apesar da legião de fãs, a série encontrou seu fim no canal em uma espécie de “pacotão de cancelamentos” que contava com outras séries amadas, como Brooklyn 99.

Para sorte dos fãs, a série encontrou sua nova casa apenas 1 mês depois do cancelamento: a Netflix. Com a mudança de “canal”, a série perdeu um pouco do formato procedural, passando a ter a quantidade menor de episódios já associada a plataforma, aumentando o destaque para a trama da temporada e perdendo menos tempo com os ditos “fillers”.

Na Netflix, a série recebeu mais 3 temporadas, concluindo-se agora na sexta temporada, mantendo em todo o tempo seu tom de humor acido, mas adicionando também momentos emocionantes que apenas colaboraram para tornar essa serie um passatempo digno de ser visto.

Lucifer está disponível na Netflix. 

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Créditos:

Texto: Lucas Souza
Imagens: Reprodução
Edição: Diego Brisse
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