Depois de chegar bem próximo do fim, o Universo DC se expandiu para atingir a Fronteira Infinita. O artigo a seguir contém spoilers do final de Death Metal. Caso ainda não tenha lido a saga, confiram o nosso ultimato (clique aqui).
Mais um lembrete de que não nos responsabilizamos sobre os spoilers que encontrar a seguir, então, pare por aqui caso ainda não esteja em dia com o Universo DC.
Todos prontos? Vamos lá.
O que é a Fronteira Infinita
Desde a queda da Muralha da Fonte, ainda que nas tramas da Liga da Justiça o Universo DC parecesse que estava caminhando para o seu inevitável fim, falando em termos de liberdade criativa, Snyder introduziu conceitos que expandiram como nunca a história, trazendo a Perpetua e a ideia de um omniverso acima do multiverso DC que já conhecemos.
Depois que o Batman que Ri, em sua forma mais poderosa como o Cavaleiro mais Denso destruiu o multiverso e tentou substitui-lo com sua versão mais sombria, foi preciso o esforço dos heróis e a versão mais poderosa da Mulher Maravilha para detê-lo.
Quando ela barganhou com as forças além do multiverso, eles concordaram em restaurar o multiverso, porém, nem tudo retornou a forma original. Agora, a terra principal do multiverso DC não é mais o centro do multiverso, em seu lugar, duas fontes de energia desconhecidas. Assim, os heróis e alguns vilões se unem para formar uma nova equipe, chamada de Totalidade para tentar desvendar os novos mistérios desse novo multiverso, onde toda a história importa.
Chegamos então a Fronteira Infinita. A edição 0 serve como um preview de tudo que virá nas edições principais das grandes franquias da editora, como Batman, Superman e Liga da Justiça, além de um epilogo por Joshua Williamson que dá o tom das próximas edições da mini.
Uma grande parte da ação da minissérie é mostrando como algumas pessoas lidam com a recente destruição e recriação do multiverso, e como eles reagem a isso. Na terra principal, o Diretor Bones toma ações questionáveis para proteger seu universo de uma próxima crise. Enquanto isso, a Justiça Encarnada lida com os acontecimentos do novo multiverso, como o misterioso retorno de Thomas Wayne, o Batman do Ponto de Ignição. O grupo liderado pelo Presidente Superman, precisa então investigar diversas realidades atrás de pistas, enquanto descobrem que uma onda de ódio se espalhou por vários mundos contra as viagens entre as terras.
Assim como eu comentei sobre como Scott Snyder apesar dos exageros em seus arcos usou um vasto conhecimento do universo DC para construir a narrativa, o mesmo pode ser dito de Williamson. Ao final da mini, vemos como cada um desses fatores colabora para construir uma nova saga que não só leva em conta os anos do universo DC como também faz homenagem a diversos pontos importantes. E não é difícil perceber, basta ler a primeira edição para encontrar referências a um dos grandes eventos do universo DC.
A Fronteira Infinita é o primeiro passo da construção do próximo grande capitulo do Universo DC, servindo de preludio para uma nova revista da Justiça Encarnada e seja lá o que mais estiver esperando para ser anunciado, como por exemplo uma comemoração para o Ponto de Ignição.
Quem acompanha as redes do UB sabe o quanto eu aprecio o trabalho de Joshua Williamson no Flash, e agora o autor tem crescido dentro da DC e mostrado que ele tem muito a crescer dentro da editora, além de provar que conhece muito do universo DC ou que pelo menos está estudando a fundo para amarrar cada vez mais a grande história da editora em uma história cada vez mais épica.
Créditos:
Texto e Edição: João Maia
Imagens: Reprodução
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