As Primeiras Quinze Vidas de Harry August | |
Ano: 2017 | Editora: Bertrand Brasil |
Páginas: 448 | Autor: Claire Norh |
Sinopse: “Harry está no leito de morte. Outra vez. Não importa o que faça ou que decisões tome: toda vez que ele morre, volta para onde começou; uma criança com a memória de todo o conhecimento de uma vida vivida diversas vezes. Nada nunca muda… até agora. Ele está perto da décima primeira morte quando uma garotinha de 7 anos se aproxima da cama: “Quase perdi você, doutor August. Eu preciso enviar uma mensagem de volta no tempo. O mundo está acabando, como sempre. Mas o fim está chegando cada vez mais rápido. Então, agora é com você.” Este livro conta a história do que Harry faz em seguida, do que fez antes, e do que faz para tentar salvar um passado inalterável e mudar um futuro inaceitável.”
[tabby title=”Diego Brisse”]
Com uma premissa dessas, é quase impossível não se interessar por esse livro. A narrativa em primeira pessoa é um acerto e uma necessidade para esse enredo, criando uma relação forte entre o leitor e o personagem.
A maneira como a trama se desenvolve pode parecer até meio confusa no início, mas funciona como artifício para prender o leitor. As narrativas de cada vida são distribuídas como uma espécie de quebra cabeças e as peças se encaixam com a evolução do livro. Mesmo parecendo complexa, a autora é tão competente que consegue envolver o leitor sem ser chata com minimalismos que nesse caso não acrescentariam muito.
A trama acerta ao lidar com a problemática do “e se?”, trazendo diversos conflitos morais e filosóficos entre os que vivem a mesma condição “imortal” de Harry August.
Embates sobre como lidar com o conhecimento do futuro, mudar o curso da história, acelerar o desenvolvimento da humanidade e suas conseqüências é o ponto central. O único ponto incômodo é que nos últimos capítulos o desenvolvimento se acelera em relação ao resto, no virar da última página exclamei em voz alta: “Como assim?!” Apesar dessa sensação o livro se encerra de maneira digna e sem brecha para continuações.
Com uma narrativa ágil e cativante, esse livro merece destaque e vai agradar a todos os leitores que curtem algo um pouco mais intenso. Apesar do tema, a leitura é fácil, a autora sempre da um jeito de relembrar detalhes sem perder tempo e incomodar. Sem contar que ler um livro que não tenha continuação já é algo fabuloso.
OBS: Claire North é um dos pseudônimos de Catherine Webb, que teve seu primeiro livro publicado aos 14 anos. Essa é sua primeira ficção científica, e é notável a sua qualidade. Infelizmente quase nenhum de seus 19 livros estão disponíveis em português.
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Avaliação: Muito Bom!
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