Ultimato do Bacon

Apenas um Peregrino – O Ultimato

Em 19 de Out de 2017 2 minutos de leitura
Apenas Um Peregrino
Ano: 2017 Editora: Mythos
Páginas: 240

Autor: Garth Ennis

Arte: Carlos Ezquerra

 

Sinopse: “Oito anos se passaram desde a Queimada — quando o sol começou a morrer e ferveu os oceanos até secarem. A Terra mergulhou numa gigantesca devastação, governada por piratas que aterrorizam e chacinam os últimos bolsões de humanidade que restaram. Nessa era pós-apocalíptica, surge o misterioso matador conhecido como “Peregrino”. 

[tabby title=”Diego Brisse”]

Ao ver esse encadernado na banca com o nome de Garth Ennis e com uma sinopse tão interessante, não pude deixar de adquirir o material. O livro reúne as duas mini séries e mais extras, que são basicamente as capas alternativas e artes. O livro conta também com uma introdução empolgante de Mark Waid. Infelizmente fiquei bem decepcionado com o material…

A trama segue basicamente o padrão Garth Ennis de bizarrices, violência, questões religiosas e humor negro apresentados em Preacher. O protagonista é um doido varrido que vaga pelo mundo pós apocalíptico e reúne todas as doideiras de Ennis. O mundo apresentado é semelhante à todos os outros contos ao estilo mad max, mas nesse caso notei algumas semelhanças com o mundo apresentado no livro A Estrada de Cormac McCarthy. O primeiro ponto que me incomoda é esse "apocalipse", que parece muito exagerado, e fica até uma dúvida se seria possível haver sobreviventes após tal catástrofe. Mas como isso é algo que me incomoda por eu ser chato, não chega a atrapalhar. 

Os personagens são literalmente descartáveis, a exceção é claro do protagonista e de seu "sidekick". No primeiro conto temos o peregrino auxiliando no êxodo de um grupo de sobreviventes  que está sendo perseguido por um grupo de loucos psicopatas ao estilo Mad Max. Por sinal, até os veículos são semelhantes e isso é legal. A arte é bem legal, e casa perfeitamente com o tom do autor.

O desenvolvimento no primeiro conto é bem corrido, mas ainda assim as intenções e personalidades ficam bem claras. O fanatismo religioso do protagonista é um ponto bacana, principalmente após ser revelado seu passado e o motivo de ele ser tão fanático. Infelizmente a trama corre meio truncada, parece que não desenvolve como deveria. Os acontecimentos acabam sendo meio aleatórios, parecendo um daqueles filmes com vários plots que não levam a lugar nenhum. E a simplicidade da trama no panorama geral acaba decepcionando. O final é meio abrupto e um tanto clichê (dentro do padrão do autor) e fica aquela sensação de que faltou muita coisa.

O segundo conto segue quatro anos após os acontecimentos do primeiro, e aqui temos o protagonista seguindo com um pouco mais de cuidado, sofrendo consequências dos acontecimentos passados. Aqui ele encontra mais um grupo de sobreviventes que tem um plano mirabolante de salvação. O desenvolvimento aqui é um pouco melhor, a relação do peregrino com outros personagens fica mais interessante. O que mais curti foi a questão de espécies emergentes da queimada. A mudança de comportamento do peregrino é bacana e é uma das coisas que tornam esse conto mais interessante que o primeiro. 

Apesar de ter muitos pontos legais e um bom protagonista, Apenas Um Peregrino decepciona muito mais pelo potencial mal explorado do que pela trama em si. Deixa aquela sensação de desperdício de conceitos e personagens. 

Adquira aqui 

Avaliação: Bom…mas…

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