Ultimato do Bacon

Alias – O Ultimato

Em 14 de Dez de 2018 3 minutos de leitura
Alias (Brian M. Bendis)
Ano: 2018 Distribuição: Panini Comics
Lançamento: Janeiro de 2018 Autor: Brian Michael Bendis
Páginas: 224 Artistas: Michael Gaydos  

Sinopse: “Conheça Jessica Jones, uma super-heroína que se tornou uma detetive particular. Depois de perceber que seus poderes não eram nada extraordinários se comparados com os demais heróis, Jones desistiu dessa vida e mudou de profissão, criando a Codinome Investigações. Embora sua intenção de ajudar os outros esteja intacta, seu comportamento é qualquer coisa menos corajoso: ela é amarga, ressentida e autodestrutiva. Em vez de ajuda profissional, Jessica confronta seu complexo de inferioridade e depressão com o hábito de fumar mais do que uma chaminé e muita bebida. Apesar de seu autoimposto exílio da galera de colante, os casos de Jessica continuam a levá-la de volta ao seu antigo círculo de amizades, o que apenas alimenta sua angústia ainda mais.

[tabby title=”Lucas Souza”]

 

O que Alias de Brian Michael Bendis tem de Especial?

 

Em novembro de 2001 era lançada nos EUA a série Alias do – até então – pouco conhecido Brian Michael Bendis. Publicada pelo selo Marvel Max, a série durou 28 edições e foi recentemente republicada pela Panini no Brasil em 3 encadernados capa dura.

Em Alias, acompanhamos Jessica Jones (criada para a série por Bendis). Uma detetive particular meio descrente e com tendências depressivas que tem um diferencial: já foi uma super heroína e desistiu. Bendis, introduz sua criação através de pequenos retcons (personagens que ela conhecia e que já havia interagido) e em poucas edições temos a sensação de que ela sempre pertenceu ao universo Marvel.

 

Detetivesco ao extremo: Painéis nos ajudam a ler reações e interações

 

Sendo parte do selo Marvel Max, temos a sensação de que o autor não teve qualquer amarra em termos de narrativa: sexo, drogas, dramas familiares, podres super heróicos e até o governo entram em pauta na série. A temática urbana torna a série ainda mais “pé no chão” mesmo que tenhamos seres voadores e afins passeando pelas páginas da HQ. Poucas vezes o universo da Casa das Ideias pareceu tão crível e real!

O grande trunfo da série não são os vilões ou a sensação de perigo. Descobrir Jessica Jones e suas conexões com o universo de heróis é extremamente divertido e durante toda a série temos diversos personagens famosos interagindo com a detetive: J.J Jameson, Jessica Drew, Ben Urich, Demolidor, Luke Cage, Homem Formiga e outros. As imperfeições e imprevisibilidade da personagem tornam a série um divertido noir que – quase que coincidentemente – está no universo Marvel.

Outro grande acerto de Bendis na série são os casos que Jessica Jones investiga. Moralmente ambíguos e, vez e outra, sem um vilão definido, eles deixam a nosso julgamento as ações da detetive e também suas resoluções de caso. Atentem ao diálogo entre ela e o padre na edição 13 e a conversa dela com Luke Cage na edição 15, ambos ocorrem no segundo encadernado da Panini. A personagem é extremamente real e erra (feio) em diversas situações – o que só torna mais fácil a relação leitor x protagonista.

O universo de Alias não é composto apenas de super seres da Marvel. Muito mais povoado por pessoas normais, ele leva debates importantes a nossa porta enquanto aprofunda a psique de cada um desses indivíduos que é pego no turbilhão que é a vida da protagonista. Os coadjuvantes não são rasos como os bonequinhos que ficam na arquibancada de um FIFA 2018 (aqueles que só balançam o braço, sabe?), e tem personalidade e ideias próprias que se digladiam com a visão de mundo de Jessica fazendo cada contato evoluir a personagem – estando ela certa ou errada.

As composições de página também são diferenciadas. feitas para nos surpreender, elas falam junto com a história e o casamento entre os desenhos de Michael Gaydos e o roteiro é perfeito. Não consigo imaginar os painéis feitos com um estilo de desenho diferente tamanha a sinergia que temos na história. Cada composição de página surpreende e acaba ajudando no ritmo de leitura.

 

Composições realistas e pouco convencionais também chamam a atenção.

 

Alias possui uma característica e um clima noir/realista no universo de super heróis que eu não experimentava desde Gotham City Contra o Crime (de 2003). Mistérios, encontros inesperados, construção fantástica de personagens e diálogos fantásticos tornam a série de Bendis obrigatória para os fãs de quadrinhos. O mundo dos supers pode ser beeeem menos preto no branco do que costumamos imaginar e Alias traz esse debate de forma assertiva e prazerosa.

 

Avaliação: Excelente!

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