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A Criatividade para Escrever o Homem-Aranha acabou?

Em 18 de Jun de 2019 3 minutos de leitura

Por Lucas Souza

O escalador de paredes da Marvel Comics é um dos personagens mais amados dos quadrinhos mas de uns tempos para cá o personagem tem vivido uma série de histórias que não necessariamente conseguem dialogar com a essência do personagem e os roteiristas parecem não saber como trazer o Peter Parker e as histórias que tanto gostamos de ler de volta.

O “Fresh Start” da Marvel Comics (saiba mais sobre a iniciativa clicando aqui) tem a proposta de trazer de volta a essência dos principais personagens da Casa das Ideias. O Homem-Aranha não é exceção. O personagem viveu muitas mudanças polêmicas nos últimos anos: o fim do casamento com Mary Jane, a fase Superior, as indústrias Parker.. Por mais que as histórias advindas dessas mudanças não fossem necessariamente ruins, os fãs sentiam falta do bom e azarado Peter Parker. “O Espetacular Homem-Aranha” #2 da Panini Comics traz a conclusão do primeiro arco do Homem-Aranha após o “Fresh Start” chamado “De volta às Origens” e por mais que seja muito interessante ver o herói nos moldes que gostamos de volta, fica a pergunta: porque os roteiristas amam tanto as duplicadas do personagem?

 

“De Volta às Origens” resgata o clima das histórias do Homem-Aranha

 

Em “De Volta às Origens” vemos (mais uma vez) um incidente causar desordem na personalidade de Peter Parker. Dessa vez o personagem é dividido em dois sendo um deles o Homem-Aranha, que se comporta como um completo irresponsável, e o outro o o certinho e preocupado Peter Parker. Se fosse com outro personagem talvez não ficássemos tão surpresos mas sendo com o Teioso, que já foi clonado e tem várias duplicatas (Morales e o Aranha Escarlate mandam lembranças) circulando pelo Universo Marvel, fica a pergunta se era essa mesmo a melhor forma de resgatar o clima das histórias mais antigas.

A história não é ruim e diverte bastante por vermos diversos elementos clássicos voltando as histórias do herói. O que chama a atenção é que mais uma vez a trama principal conta com o “confronto” de Peter com o legado do Aranha. Essa aparente repetição nos deixa temerosos com o que esperar das próximas edições em termos de narrativa principal – não que isso vá nos tirar o prazer de ver o herói mais uma vez preocupado com o aluguel e com seu relacionamento com Mary Jane.

 

O clima mais leve e outros elementos estão de volta as histórias do Homem-Aranha

 

A Saga do Clone é uma das histórias mais polêmicas do personagem. Enquanto uns adoram (é o meu caso) outros detestam a história. O curioso é que isso parece ter virado uma assinatura particular do personagem que, cada vez mais, possui duplicatas, clones, versões alternativas e outros rodando pelo Universo Marvel. Será que esses personagens que habitam o universo regular e dividem o nome com o herói acabam aumentando o legado de Peter ou retiram as características únicas do personagem?

Particularmente, sou contra a existência de tantos heróis com as mesmas características no mesmo Universo – se fossem histórias alternativas ou encontros fechados (como em “Homens-Aranha”) a ideia de homenagem se mantém sem prejudicar o fator individualidade – Porque o Aranha possui tantas duplicatas e outros heróis não? Sabemos que isso tem ligação com a popularidade mas dentro das HQ´s isso parece não se justificar tanto assim já que o personagem não é necessariamente admirado como o Capitão América por exemplo.

 

Homem-Aranha salva Peter Parker em HQ “O Espetacular Homem-Aranha” da Marvel Comics

 

Duplicatas e clones fazem parte das HQ´s mas o quanto a noção de substituição pode atrapalhar o desenvolvimento do personagem? E o quanto a ideia utilizada diversas vezes no mesmo herói pode ser incômoda? Peter Parker e seu legado são extremamente vastos e ricos – me parece desnecessário ter tanta repetição e reciclagem de ideias em um cenário fértil como esse e com uma galeria de vilões que está, facilmente, entre as melhores das HQ´s. Queremos sim o clima clássico de volta e os laços importantes refeitos mas me parece razoável dizer que não queremos reboots ou reciclagens das melhores (ou mais polêmicas) tramas do herói. Nos resta torcer para que os roteiristas descubram e nos presenteiem com histórias realmente inéditas do Cabeça de Teia mais simpático da Casa das Ideias.

 

 


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